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Saturday, December 30, 2006

L'alphaBet-Campanha.Com-SEMFRONTEIRAS(Ong-animal)

L'alphaBet




MENSAGEM
from: Cristina Quintanilha
to: Posse Responsável, AME E CUIDE
sent: January 12, 2007 11:25 AM
subject: PARABENIZAR
***********************OLA PARABENS PELA COMUNIDADE...EU TENHO - UMA - ONG - SOSANIMAISPROTETORESSEMFRONTEIRAS@HOTMAIL.COM - AKI EM NITEROI RIO DE JANEIRO,E PRECISO CONSCIENTIZAR A POPULAÇAO SOBRE POSSE RESPONSAVEL..JA RETIREI DAS RUAS 198 ANIMAIS;ATUALMENTE SAO 56 Q MORAM COMIGO...MAS A LUTA CONTINUA,POIS 'O MAL DAS LEIS' - LEI Q ABANDONAR ANIMAL EM VIA PUBLICA E CRIME NAO FUNCIONA NO PAIS....E COM ISTO OS BICHANOS SAO DESCARTADOS COMO LIXO.... O SER HUMANO TA VALENDO MENOS Q UMA LACRAIA... DEIXO MIL BJS E OS MEUS 56 FILHOS MANDAM LAMBIDAS...

Saturday, December 23, 2006

L'alphaBet-Apresentação-BLOGGER

L'alphaBet



A P R E S E N T A Ç Ã O

I - P A R T E - B R A S I L

Ao que está acontecendo com os Animais, no BRASIL, se segue de uma organização sempre no seu início, onde, o trabalho feito por profissionais da àrea, tentando a todo custo, concluir um trabalho, da qual não se tem um resultado exato, consegue-se apenas os 'termos' - temos que "ajudar" de qualquer maneira, do geito que podemos, porque, além de ser sério o trabalho, se perde na multidão de problemas, não conseguindo visualizar um objeto-objetivo, de organismos formando a organização, para solucionar de imediato, junto à órgãos competentes e responsável apenas por esta àrea. Mas a dispersão é tamanha que a solução para se caminhar e dissolver o trabalho que já foi feito, torna-se perdido, e por assim dizer, 'ninguém fez nada'- é muito importante para um País, se tornar organizado perante um problema seríssimo e ajudar os profissionais que já estão engajados à várias décadas, a seguirem à um planejamento essencial e maduro e progressivo e visualiado, para que todo o trabalho contínuo seja e tenha o valor merecido.
SandraFrancisconi

I I - P A R T E - M U N D O


Neste momento, na vida, das pessoas, dos indivíduos, as muitas vezes, pela FOME, pela CULTURA mistificando-se e alienando-se; por espaços cruzados; por opções relativas ao TURISMO; por realmente adquirirem novos COSTUMES que se misturam à uma NOVA maneira de se encarar a vida junto com a fome, junto com os costumes sociais e junto com o indivíduo em si, à se manter como indivíduo no mundo de hoje, interpretado de várias e múltiplas maneiras de ser, parecer e fazer ser, nas mensagens relativas ao social, para manterem-se perto do mundo atual, completando o ciclo de sobrevivência, dentro da vida de hoje, lançados à tal maneira, que, manterem-se, significa, controlar seus instintos e realizações.
Ao passo, que perde-se o vínculo com o estar social, o estar e situar-se como indivíduo no mundo, que - se alimenta, se veste, se vê em seus rituais diários à cada região; com estes mesmos passos expressos-rápidos na história do mundo atual, onde o próprio mundo se tornou vazio por demais para o ser humano, à cada passo das explorações descontroladas, por ganâncias e virtudes; saberemos mais ! . . . o que - como - porque - "estamos colocando nas mesas" ; "o que estamos ingerindo como alimentação" - "como estamos nos portando socialmente dentro da pobreza irremediável" - "o porque a estarmos nos colocando como culturas misturadas e alienadas em cultivo à confusão" - que a era atual nos fornece, encantados estamos e desencantados ficamos, na imagem, na imaginação, percorrendo caminhos desastrosos e sem função, e morrermos pelo nada e por tudo.
SandraFrancisconi

E X E M P L O S P E L O M U N D O
. . . mas, por falar nisso tudo ingerido, - 'tudo' - cultura, alimento, alma, vida, ser, elemento, social, espírito, 'sobrevivência e vivência e vida' - partes-regiões da Africa, as pessoas; mulheres, homens e crianças, estão aderindo o hábito de caçar macacos como alimento principal que se colocam na mesa para - homens e turistas locais - que consomem a carne como elemento de vida e de morte.
(MACACOS - estão em extinção, algumas espécies e junto com nossa história, vão-se nossos animais) -
. . . partes da Austrália, (alguns dos Ïndios-regionais Australianos) estão ingerindo, comendo GATOS, como alimento principal, porque a população dos Gatos está se tornando maior ou quase maior que o ser humano, e assim, aderem este costume, e até gostam, pelas razões atuais.
. . . em outras partes do mundo, estão comendo CÃES - CAVALOS - ENTRE OUTRAS COISAS QUE POR AÍ SE VÃO . . . .

Mas, se começarmos a pensar muito no assunto, iremos chegar à triste conclusão de que, tirar este alimento, dos indivíduos, o seu último resgate contra os olhares da FOME do mundo, atacando à quase todos; não iria se querer, portanto, tirar da boca destas pessoas, destes indivíduos, o resgate de alimento algum, . . . mas, como encararmos isto, um dilema caro e que custou provavelmente a extinção de um lado, mas, que não foi o humano, e daí que perguntamos, - será que é extinção de um lado; sobrevivência de outro; vida após lutas, guerras, batalhas, confrontos, conflitos e portanto - dissemos, queremos - que os FATOS, continuem nesta FASE da VIDA !!!!!!!

. . . Como por exemplo, em uma outra parte, região da Ãfrica, o que estão fazendo, para conscientizar os indivíduos de que os animais são a própria vida de sobrevivência e extinção, - um SINAL - de que a vida está se esvaindo, perdendo o valor, perdendo costumes, . . . nesta parte de algum lugar da Ãfrica, estes mesmo indivíduos, falam a língua Francêsa, - onde estão sendo já socializados e reaprendendo o que é - "conscientização" para um futuro melhor. À estes novos jovens do futuro, a se iniciarem nas plantações, onde já estão inseridos nesta desordem social concluída !!! . . . a plantarem a comida básica, . . que é farinha, feijão, arroz, e por aí se vai indo com tantos produtos e fáceis de se plantarem e cultivarem . . .

Agora temos a pergunta básica para tudo isto : - IMAGINARAM se esta comida BÁSICA, não tivesse mais quem a plantar e teríamos o que "comer" !! o que nos "alimentar" - de quê nos alimentarmo !!! ????? E, se continuarmos assim, iremos sempre para o caminho mais fácil ao que tivermos na frente !!! ???? os próximos seremos nós ... CANIBAIS !!! ?????
SandraFrancisconi


I I I - P A R T E - O B J E T I V O S E O B J E T O S


. . . IMAGINEM ficarmos sem informações básicas para a vida; imaginem FICAREM SEM crianças; o mundo, sem os animais, selvagens ou domésticos, e estes mesmo, estarem em nossas casas, mas como alimento da própria sobrevivência !!!
Animais estes que motivos ou outros estão agindo como escudos protetores de extresses humanos, e já está sendo comprovado, um aliado contra a violência, com muitas experiências no mundo todo !
. . . IMAGINEM ficamos sem olhar para uma pessoa que amamos, não podendo compartilhar a vida com ela, por estar "DOENTE" . . . por algum motivo, fome, falta de remédios, falta de suprimentos, falta de GENTE que ajude, falta de VIVER por estar sempre na "cama" doente e por aí se vai indo sem parar . . . E VEMOS A SITUAÇÃO DOS ANIMAIS, sendo consumidos e doentes, quase que com a alimentação também sem os cuidados espeicias, como já têem acontecido, como epidemias alastradas e outrora controladas. Saberemos controlar tudo, no fim de todas as coisas, sobre todas as coisas ! Apenas uma imaginação, uma consequência, uma sobrevivência, e tal e tal .... pesando sobre a vida, pesando sobre os indivíduos.
. . . IMAGINEM que só temos "NÓS" mesmos, para cuidar dos animais, das epidemias de doenças, da vegetação, do alimento que vem da carne, das florestas e porque não, falarmos, o que todos vivem falando e dizendo por aí ... do MUNDO.
E o que irá acontecer com os animais, continuaremos correndo em busca da NÃO extinção; em busca do que se está perdendo, . . . ou já é hora de vermos o que fizemos até agora e vermos se teve progresso; se o que JÁ fizemos foi um esforço certo ou errado !! Que vivam em lares; que vivam nas florestas e campos e habitats próprios !!! ANIMAL TAMBÉM É VALOR, É VIDA. ESTÁ VIVO.
SandraFrancisconi

I V - P A R T E - C I Ê N C I A

Mensagem
28/12/06 16:45 ( Fonte: Reuters)
Consumir animais clonados é seguro, diz agência dos EUA
Por Missy Ryan
WASHINGTON (Reuters) - O leite e a carne de alguns animais clonados são seguros para o consumo e podem ser vendidos nos Estados Unidos, disse a Administração de Alimentos e Drogas (FDA) na quinta-feira, em uma histórica decisão que deixa essa polêmica tecnologia mais próxima dos carrinhos de supermercado dos norte-americanos.
Se receber aprovação final, a decisão permitiria pela primeira vez nos EUA a venda de carne bovina, suína e caprina clonada, mas não ovina.
A FDA disse que dificilmente recomendará alguma rotulagem especial para os alimentos clonados, mas que isso só será decidido após a consulta pública que começa agora, após a divulgação do relatório preliminar.
A agência disse não ter informações suficientes sobre a carne de cordeiro, mas que a de vaca, porco e cabra não precisa de salvaguardas adicionais.
A técnica da clonagem consiste em retirar células de um animal adulto e fundi-las com outras células antes de implantá-las numa "barriga de aluguel", criando cópias genéticas do animal original. Já há centenas de animais clonados, mas a maioria dos produtores decidiu não vendê-los antes da decisão do FDA.
Defensores dessa tecnologia esperam que ela ajude a produzir animais mais resistentes a doenças, que forneçam mais leite e uma carne magra e macia.
Mas alguns grupos religiosos e de defesa de consumidores se opõem à idéia, argumentando que os cientistas ainda desconhecem todos os efeitos da clonagem sobre a nutrição e a biologia. Eles também querem mais tempo para o debate público sobre a ética da clonagem.
Mais da metade dos consumidores entrevistados numa pesquisa divulgada em novembro pelo Conselho Internacional da Informação Alimentar disse que dificilmente compraria alimentos derivados de animais clonados, independentemente do que diga o governo.
Alguns setores potencialmente afetados também manifestam o temor de que as dúvidas sobre a clonagem afastem os consumidores.
"A clonagem animal é uma tecnologia relativamente nova, e é importante que tenhamos um profundo diálogo deliberativo em que as pessoas possam discutir abertamente quaisquer preocupações", disse nota da Associação Internacional dos Laticínios.
(Reportagem adicional de Susan Heavey)
(c) Reuters 2006. All rights reserved. Republication or redistribution of Reuters content, including by caching, framing or similar means, is expressly prohibited without the prior written consent of Reuters. Reuters and the Reuters sphere logo are registered trademarks and trademarks of the Reuters group of companies around the world.

Mensagem
Date: Wed, 28 Feb 2007 02:00:02 -0300
Subject: (PEA) a carne e o futuro do planeta
Editorial: a carne e o planeta
27/12 - 11:39 - The New York Times
http://ultimosegund o.ig.com. br/new_york_ times/2006/ 12/27/editorial_ a_carne_e_ o_planeta_ 226005.html

Quando pensamos sobre o crescimento da população humana ao longo do último
século, é muito fácil imaginar como um mero aumento do número de seres
humanos. Mas ao passo que nos multiplicamos, todas as coisas associadas a
nós também se multiplicam, incluindo os animais. No presente, existem cerca
de 1,5 bilhões de búfalos de gado ou domésticos e 1,7 bilhões de carneiros e
cabras. Junto com os porcos e aves, formam uma parte importante de nossa
enorme pegada biológica neste planeta.
Tal enormidade não estava realmente aparente até a publicação de um novo
relatório, chamado "Livestock's Long Shadow", pela Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e a Alimentação.
Considere estes números. A criação de gado em pastos e a produção de
alimentos usam "30% da superfície terrestre do planeta". O gado - que
consome mais comida do que produz - também compete por água diretamente com
os seres humanos. E a expansão de pastos destrói terrenos mais sensíveis
biologicamente, especialmente florestas, do que qualquer outra coisa.
Porém o mais surpreendente e alarmante é o fato do gado ser responsável por
cerca de 18% do aquecimento global, mais do que a contribuição dos
transportes. Os culpados são o metano - resultado natural da digestão
bovina - e o nitrogênio emitido pelo esterco. O desmatamento de terras de
pasto contribui para o efeito.
Não existem concessões fáceis quando o assunto é aquecimento global - como
diminuir o número de animais para dar espaço aos carros. A paixão humana
pela carne não irá acabar tão cedo. Como deixa claro "Livestock's Long
Shadow", nossa saúde e a saúde do planeta dependem da produção de gado com
direcionamento mais sustentável.

L'alphaBet-Campanha.Com-POSTOSCastrações-Esterilizações

L'alphaBet



..veja mais abaixo, Castrar Animais.

MENSAGEM
to: meus amigos
sent: January 11, 2007 6:15 PM
subject: PRA QUEM QUISER ESTERILIZAR OS BICHINHOS GRATUITAMENTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!
**POSTO : Prefeitura do Rio -
Mais de 10 mil esterilizações gratuitas de cães e gatos ==
A Secretaria Especial de Defesa dos Animais realizou, este ano, 10.484 esterilizações gratuitas de cães e gatos, número 28,5% maior do que o registrado no ano passado. Com essa iniciativa, a Prefeitura do Rio se consolida como a única no Brasil que realiza serviço dessa dimensão.
A Secretaria também vem realizando campanhas de vacinação e programas educativos sobre posse responsável de animais, e de adoção de cães e gatos. Informações sobre as atividades da secretaria, doação e adoção e também denúncias sobre maus tratos aos bichos podem ser encaminhadas aos telefones 2503-4654 e 2503-4577, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

MENSAGEM
POSTO : Cidade de São Paulo
to: meus amigos
sent: January 11, 2007 6:10 PM
subject: CASTRAÇÃO EM SÃO PAULO - R$ 35,00 - REPASSANDO
Repassando!
* * *
A DR GÉSSICA, NOS PROCUROU POIS DESEJA AJUDAR A CAUSA ANIMAL, COM CASTRAÇÕES A R$35,00( SOMENTE PARA PROTETORES)
OS PROTETORES PODERÃO ENTRAR EM CONTATO DIRETAMENTE COM ELA, NO FONE ABAIXO, PARA MARCAÇÃO.
DEVERÁ SER PREENCHIDA UMA FICHA CADASTRAL ONDE SERÁ ANEXADO CÓPIA DE RG E COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA.
SEGUE ABAIXO O TELEFONE E ENDEREÇO DAS MESMAS.
*"Amigos de Patas Clínica Veterinária"
*Estrada das Lágrimas, 814, Sacomã ( dentro da favela Heliópolis)
Tel: 6591-3541
*Horário de Atendimento
Seg. a Sexta 9h - 17h 30min
Sáb. 9h - 14h
*Veterinárias
Géssica S. Suto (CRMV 19890)
Cristiane B. Silva (CRMV 20037)
--
Lilian Rockenbach - APASFA
(11) 8415-4385
EM CADA CORPO DE ANIMAL, RESIDE UM ESPIRITO IMORTAL, EM EVOLUÇÃO RUMO A HUMANIZAÇÃO, ATRAVÉS DE SECULARES MILENIOS E INCONTÁVEIS REENCARNAÇÕES

MENSAGEM
Date: Thu, 26 Oct 2006 17:47:30 -0200
Subject: (PEA) Campanha de castração gratuita no Guarujá
Quinta-Feira, 26 de Outubro de 2006 - 15:49
Guarujá http://www.clicklitoral.com.br/02139.html
Canil Municipal realiza Campanha de castração gratuita no
Guarujá
Por: Depto. Imprensa - Prefeitura Municipal de Guarujá
Os donos de animais de estimação, interessados em
castrá-los, podem cadastrar-se no próximo dia 22, das 9 às 12 horas, na sede
da Divisão de Controle de Zoonoses, onde funciona o Canil Municipal (Rua
Profª Maria Lídia Rego Lima, 301 - Jardim Conceiçãozinha). A cirurgia é
gratuita e para realizar o cadastro é necessário apresentar cópias de RG,
comprovante de residência e de renda.
Após realizado o cadastro, as pessoas serão chamadas para
marcar as cirurgias O objetivo da ação é ultrapassar o número de animais
castrados no ano passado, que chegou a 3.305 animais.
Segundo o veterinário da Divisão, Ramiro Martins Dias,
castrar os animais, além de eliminar a chance de uma criação indesejada,
evita algumas doenças. Na fêmea, por exemplo, diminui o risco de tumor de
mama e infecção de útero, além de evitar o transtorno causado pelo estado de
cio, onde remédios anticoncepcionais não são mais necessários.
Juntamente com o trabalho de incentivo à castração, o
Canil realiza uma campanha de adoção de animais. Cães e gatos recolhidos das
ruas ou abandonados são encaminhados ao Canil e passam por uma consulta,
onde os animais são castrados, vacinados e passam por exames específicos.
Atualmente, o Canil tem disponibilizado cerca de 200 cães
e 50 gatos. Os interessados em adotar um animal devem ser maior de idade e
comparecer no local das 8 às 17 horas munido de RG.
Além destes serviços, o Canil Municipal disponibiliza aos
munícipes consultas de animais e vacinação anti-rábica o ano inteiro,
gratuitamente. As consultas devem ser marcadas com antecedência pelo
telefone 3387.7197 no horário de funcionamento.



P R O C E S S O D E C A S T R A Ç Ã O
sent: January 13, 2007 9:07 AM
subject: COMUNICADO
..............................................CASTRAÇÃO A PREÇO POPULAR EM S.P:
*Você sabia......
Que em 02 anos a Cadela é responsável pelo nascimento de 555 cãezinhos e em 07 anos a Gata é responsável por 420.000 filhotes. E destes, a maioria sofre abandono e maus tratos? Você pode mudar essa história castrando o seu animalzinho ou aquele animal abandonado em sua rua.
*Não compre animais adote.
Amigo não se compra
Você quer um animal ou uma raça ?
Doutora Valéria
*Castração a partir de 30,00 até dez quilos cachorros, gatos 25,00
*Agende castração conosco
fone 4169-74-19
9998-59-13
Estrada da Fazendinha n716 Jd Ana Estela Carapicuiba SP
conto c/ sua colaboração
Luciene Farias
Luciene Farias" <17718909076538792282@mail.orkut.com

C a s t r a r A n i m a i s é a M e l h o r S o l u ç ã o
Date: Fri, 03 Nov 2006 22:40:58 -0200
Subject:*****(espacial)-(PEA)Castrar Animais é a Melhor Solução para acabar com o Abandono.
Olá Amigos,
Para conhecer nosso trabalho clique:
http://anjosparaadocao.multiply.com/
Castrar Animais é a Melhor Solução para acabar com o Abandono
Existem algumas maneiras de se lidar com o problema dos animais
abandonados:
Você pode ignorá-los.
Pode também chamar a carrocinha e se livrar rapidamente deles.
Nestes dois casos, você os estará condenando à morte prematura e lhes
tirando toda chance de serem felizes e de fazer alguém feliz.
Ou pior ainda, os animais serão encaminhados para pesquisas, onde serão
torturados lentamente e sem compaixão até a morte.
A outra possibilidade, a castração, deveria ser patrocinada pelo poder
público que, infelizmente, não honra seu voto e nem seus impostos.
Você, por outro lado, pode dedicar aos animais um pouco de seu tempo e
encaminhá-los para uma vida digna.
A castração é a única saída para evitarmos a proliferação dos animais
abandonados.
A castração é a única possibilidade viável de acabarmos com as mortes
desnecessárias.
O desrespeito das pessoas e do poder público para com os animais só
será
amenizado quando a quantidade de animais de rua diminuir de forma
drástica.
Hoje tornou-se natural nosso contato diário com a miséria e o abandono.
Quando a miséria e a dor deixam de chocar as pessoas, pois o fato se
tornou banal, só a diminuição do problema pode surtir algum efeito:
quando as pessoas deixarem de ver animais morrendo pelas ruas o tempo
todo, irão se chocar com casos esporádicos.
E isto só poderá ocorrer se os animais forem castrados e pararem de
procriar. Com o passar do tempo, os que permanecerem nas ruas irão
morrer e não deixarão descendentes.
Você sabia que uma cadela de rua pode gerar, em 10 anos a seguinte
descendência:
Projeção feita com cadelas com 2 crias por ano e 2 a 8 filhotes por
cria:
1º ano – 12
2º ano – 66
3 ano – 382
4 ano – 2.201
5 ano – 12.680
6 ano – 73.041
6 ano – 420.715
8 ano – 2.423.316
9 ano – 13.968.290
10ano – 80.399.980
Temos que tentar fazer as pessoas compreenderem a necessidade de ter em
casa somente animais castrados e de doar sempre animais castrados.
Esta é a única saída para o problema do abandono e do excesso
populacional.
Para que a medida seja ainda mais eficaz, devemos também ensinar as
vantagens da castração de um animal:
ele ficará livre de várias doenças e terá uma vida muito mais longa e
saudável. A castração previne contra câncer de mama e útero nas fêmeas,
principal causa de morte em cadelas adultas e o câncer de próstata nos
machos. Ela ainda impede fugas e atropelamentos de machos que fogem
atrás de fêmeas no cio: 90% dos animais que se extraviam não são
castrados.
Você, que é cidadão consciente e não perdeu o respeito pela vida,
poderá
abrigar estes animais por breve período enquanto procura um lar para
acolhê-los. Além do prazer que é cuidar de um animal, você também se
sentirá gratificado por haver salvo uma vida.
Com isto, você estará diminuindo o problema do abandono e do excesso de
população de cães e gatos, proporcionado uma saída para animais sem
nenhuma chance e contribuindo para a valorização da vida.
Por isto não se omita, sempre que puder, castre um animal e salve uma
vida.
Maria Augusta Toledo

L'alphaBet-Campanha.com-BayerSITE-Identificação

L'alphaBet




M E N S A G E M
from: CASO LASSIE FOTOS PÓS CIRURGIA
to: meus amigos
sent: January 10, 2007 2:39 AM
subject: REPASSANDO- ESSA É UMA ÓTIMA INICIATIVA.
**************************************************** JIM STREET:
RECEBÍ ISSO DE UMA AMIGA MUITO ESPECIAL.
ACHEI UMA OTIMA INICIATIVA.
bayerapplications2.com.br/bayerpet/ (coloquem o www)
NESSE SITE DA BAYER VC PODE FAZER O CADASTRO DOS SEUS ANIMAIS, É MUITO RAPIDO E APÓS FAZER O CADASTRO VC RECEBE UMA MEDALHA DE IDENTIFICAÇÃO SE O SEU BICHINHO SUMIR E ALGUÉM ENCONTRA-LO A BAYER AJUDA A ENCONTRAR O SEU LAR.
PODEM ACESSAR E REPASSAR, ISSO É UTILIDADE PUBLICA GENTE, VAMOS MANDAR PRA TODOS OS CONTATOS.

Friday, December 22, 2006

L'alphaBet-PrevidênciaCompleta-2007 -

L'alphaBet




...UTILIDADE PÚBLICA...
February 18, 2007 9:38 PM 9:38 PM
Os trabalhadores autônomos e facultativos passarão a pagar uma alíquota de contribuição para a Previdência Social correspondente a 11% do valor do salário mínimo, em vez de 20%, como ocorre pelas regras atualmente em vigor. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto regulamentando o Plano Simplificado de Inclusão Previdenciária, beneficiando os segurados que não têm registro em carteira e que recolhem mensalmente por meio de carnê. O Plano passará a vigorar em abril deste ano, com o primeiro recolhimento em maio.
plano simplificado dará direito apenas a benefícios c/ valores de 1 salário mínimo (atualmente R$ 350).
De acordo c/ o ministro da Previdência, Nelson Machado, essa medida atende os contribuintes q trabalham por conta própria e p/ os quais a alíquota de 20% é muito elevada. "Com a alíquota reduzida aumentamos a cobertura da Previdência, q ñ é só aposentadoria, + também um seguro q permite uma renda quando não há condições p/ o trabalho", comentou o ministro.
A Previdência estima q pelo menos 3,5 milhões de pessoas, q hoje estão fora do INSS, tenham condições de aderir imediatamente ao seguro. Estima-se, no entanto, q pelo menos 18,5 milhões de brasileiros estejam s/ qq cobertura previdenciária.
Na prática, quem contribui p/ o Instituto Nacional do Seguro Social c/ base em um salário mínimo gasta hoje R$ 70 por mês (20% de R$ 350). Com a mudança, esse mesmo segurado passará a pagar à Previdência apenas R$ 38,50 (equivalente a 11% do salário mínimo).
Podem aderir ao Plano Simplificado os contribuintes individuais - q trabalham por conta própria - empresários ou sócios de sociedade empresária cuja receita bruta anual, no ano anterior, tenha sido de, no máximo, R$ 36 mil e os segurados facultativos. Esses últimos são pessoas c/ 16 anos, ou mais, s/ renda própria cuja filiação à Previdência ñ é obrigatória, como donas de casa, estudantes, síndicos de condomínios ñ remunerados, desempregados e estudantes bolsistas.
+ informações ligue no 135.
Abraços
Att, Cacá.


Especial : PREVIDÊNCIA


Plano ou seguro de saúde: qual é o melhor para você?
InfoMoney
SÃO PAULO - Se tomarmos como base a última pesquisa de orçamento feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) pode se constatar que os gastos com saúde respondem por 5,35% do total de despesas das famílias brasileiras.
Para quem considerou o percentual baixo, vale lembrar que se trata de uma média nacional de toda a população, o que inclui, por exemplo, pessoas que utilizam a rede pública de atendimento e, portanto, gastam bem menos com saúde.
De qualquer forma, não se pode negar que os gastos com saúde pesam cada vez mais no bolso do brasileiro, de forma que a contratação de algum tipo de cobertura nesta área passou a ser o objetivo de boa parte da população, mesmo a mais carente. Mas, o consumidor ainda se sente perdido na hora de escolher o produto mais adequado à sua necessidade e bolso.
Plano ou seguro saúde?
Em primeiro lugar, é preciso entender qual a diferença entre um plano e um seguro de saúde. Se você quer ter liberdade de escolha de médicos e hospital, os seguros são mais indicados, pois com eles é possível consultar médicos e entidades que não sejam conveniadas, o que já não acontece nos planos de saúde.
Apesar de reembolsarem gastos médicos em todo o país, o valor reembolsado vai depender do tipo de seguro que você escolheu. Infelizmente, na maioria dos casos o custo das consultas aumentou mais do que o valor de reembolso. Apesar do seguro ser mais flexível no que refere à escolha do médico de sua preferência, é mais econômico optar por médicos conveniados, pois o reembolso é total.
Ao contrário das administradoras de planos de saúde, que podem ser hospitais, cooperativas de médicos ou empresas de medicina de grupo, as seguradoras podem trabalhar com estes profissionais, mas não podem administrar diretamente hospitais ou clínicas médicas.
O que mudou com a Lei dos Planos de Saúde
A Lei dos Planos de Saúde, que ainda causa muita controvérsia, foi aprovada em 1998. Nela ficou estabelecido, por exemplo, que tanto as seguradoras quanto as administradoras de planos foram obrigadas a trabalhar com novos contratos, passando a oferecer basicamente dois tipos de planos.
 Planos de referência: oferecem uma cobertura mais completa (consultas, exames, hospitalar e obstetrícia) para todas as doenças listadas pela Organização Mundial de Saúde;
Planos segmentados: ao contrário dos planos de referência que são mais completos, estes planos não são tão completos e tendem a se especializar em alguns segmentos. Existem quatro tipos de planos segmentados: ambulatorial, hospitalar, hospitalar com obstetrícia e odontológico.
A Lei também regulamentou o aumento por faixa etária, que passou a ser permitido apenas aos 18, 30, 40, 50 e 60 anos, sendo que reajustes para segurados com mais de 60 anos só são possíveis com autorização da ANS e em casos especiais. A Lei também prevê que a diferença entre a primeira e a última faixa não pode ser de mais de seis vezes. Além disso, o contrato deve estabelecer os percentuais de reajuste para cada uma das faixas, permitindo que o consumidor planeje seus gastos.
Escolhendo o seu plano de saúde
As mensalidades dos planos de saúde dependem não só do seu perfil de risco, como também das coberturas a que você quer ter direito. Desta forma, a primeira coisa a fazer é determinar quais coberturas são absolutamente necessárias. Você está pensando em ter filhos? Você quer cobertura hospitalar?
Para aqueles que querem cobertura máxima, os planos de referência certamente são a melhor opção, mas como era de se esperar isto tem seu preço e estes tendem a ser os planos mais caros. Portanto, se você não tem como arcar com estes custos, o melhor é identificar suas necessidades e combinar alguns planos segmentados, permitindo uma garantia mais ampla sem custos exagerados.
Por exemplo, para um jovem solteiro a melhor opção pode ser a combinação de um plano ambulatorial com um hospitalar. Enquanto para mulheres em idade fértil o melhor pode ser a combinação do plano obstétrico com o ambulatorial.
O plano ambulatorial pode ser a melhor opção para quem não quer gastar muito, mas como não inclui opção de internação hospitalar o barato pode acabar saindo caro se você precisar ser internado, já que os maiores custos são exatamente os de internação. Em geral, as pessoas com crianças pequenas preferem este tipo de plano, pois a maioria dos gastos com saúde tende a ser consultas de controle preventivo, como consultas ao pediatra.

Pensando em contratar um plano de previdência, mas não sabe quanto investir?
Previdência: como os benefícios são determinados e podem ser recebidos?
Previdência: alocação da carteira é que define retorno
Investir custa. Pesquise e faça as contas!
Impostos: reduzindo sua carga tributária
Por que o diferimento fiscal é tão vantajoso?
Previdência: o que levar em consideração na escolha do seu plano?
Quais os planos existentes no mercado?
Previdência: você sabe qual o plano mais indicado para você?
Previdência privada: você corre riscos ao investir?
Previdência Privada: atenção na contratação de planos
Previdência: forma eficiente de transferência patrimonial
Para quem ainda não começou...
Mapa da mina: dicas para quem está começando a investir
Na hora de investir o seu dinheiro, o que considerar?
Na hora de investir, quanto antes melhor!
Não deixe o medo atrapalhar sua estratégia de investimento
Como você se sente com relação ao dinheiro?
Pensando em seu futuro: comece desde já a planejar sua aposentadoria
Dicas para planejar a sua aposentadoria
Aposentadoria: planeje o resgate do seu patrimônio
Tranqüilidade financeira ou viver em estilo: qual o seu objetivo ao se aposentar?
Expectativa de vida: como ela afeta o planejamento da sua aposentadoria?
Será que estou no caminho certo?
Erros que podem comprometer a sua aposentadoria
Finanças pessoais: metas de poupança devem ser revistas periodicamente
Passou dos 30 anos? Dicas de como colocar suas finanças em ordem
Cuidado com os fatores destruidores de riqueza!
Dicas para uma aposentadoria antecipada
Previdência ou imóvel: qual a melhor opção para sua aposentadoria?
Aposentadoria: como reduzir esforço de poupança
Planejando o futuro: dicas para quem ainda não chegou aos 40 anos
Faltando pouco tempo: ajustes finais
Mitos e verdades sobre a aposentadoria
Antes de se aposentar, reflita se seu planejamento foi realmente adequado
Planejando o futuro: o que fazer quando se está perto dos 60 anos?
Aposentadoria: como recuperar o tempo perdido?
Casais: aposentar junto nem sempre é melhor decisão
Aposentadoria: como decidir quando parar de trabalhar?
Que renda precisarei ter ao me aposentar?
Aposentadoria: será que você já juntou o suficiente?
Preparando-se para o inevitável
Ao planejar seu futuro, não inclua chance de herança
Com um bom planejamento, você pode viver de renda
Saiba fazer seu dinheiro render mais ao se aposentar
Curiosidades
Envelhecimento da população desafia a Previdência
Envelhecimento mundial: será que estamos preparados para viver mais?
Terceira idade e aposentadoria: cada país enxerga de uma forma
Pensando em casar com alguém mais jovem? Atenção ao seu plano de previdência!
Como investir seu dinheiro depois de ter se aposentado?
Aposentadoria: o que as pessoas esperam dela?
Risco de pobreza na velhice é maior entre as mulheres
Na hora de investir, mulheres precisam planejar mais!
Síndrome do Marido Aposentado afeta maioria das mulheres
Aposentadoria: estudo define as cinco fases emocionais desta época da vida
Simule suas contas!
Quanto preciso juntar antes de me aposentar?
Você vai alcançar seu objetivo?
Como alcançar meu 1º milhão

I – BLOCO
Pensando em contratar um plano de previdência, mas não sabe quanto investir?
InfoMoney
SÃO PAULO - Convencido da importância de começar a poupar para o seu futuro, você pretende contratar um plano de previdência privada, mas não sabe ao certo quanto investir. Em primeiro lugar, parabéns, a decisão mais importante, que é a de começar a poupar, você já tomou!
Talvez você não saiba, mas ao contratar um plano de previdência você pode optar por várias formas de contribuição. Esta é uma característica importante dos planos, que acaba contribuindo não só para uma escolha mais personalizada, afinal é possível adequar a freqüência das contribuições à sua realidade orçamentária, como, sobretudo, para ajudar a consolidar o hábito de poupar.
Comece o quanto antes, não importa com quanto!
Se você já arregaçou as mangas e definiu uma quantia mensal da qual pode dispor, certamente vale a pena optar pelas contribuições mensais. Mesmo que ainda não tenha conseguido organizar as suas contas a ponto de definir uma meta de poupança mensal, isso não é desculpa para não começar...
Comece efetuando um aporte único. Para isso, utilize aquele dinheirinho extra que conseguiu economizar, o dinheiro do 13º salário, das férias, ou do bônus que recebeu, e depois, quando tiver colocado o seu orçamento em ordem, avalie a possibilidade de efetuar contribuições mensais.
Não se esqueça de que aquilo que você poupa hoje garante o seu consumo no futuro, portanto, vale o ditado: quanto mais, melhor! Porém, é preciso manter o investimento. Assim, de nada adianta você efetuar contribuições elevadas, para depois de alguns meses sacá-las, parcial, ou integralmente. O dinheiro investido em previdência deve ser visto como uma aplicação de longo prazo, que não será sacada diante de uma emergência financeira. Para isso, você deve ter uma reserva de emergência, esta sim usada para este tipo de situação.
Quanto você quer juntar?
Portanto, a definição do quanto investir depende, em um primeiro momento, da sua disponibilidade financeira. Mas, também é preciso levar em consideração outra variável: do padrão de renda que você pretende ter ao se aposentar.
Mas esta renda vai depender de alguns fatores. O primeiro deles é do quanto você irá acumular e o segundo de quanto tempo irá durar a sua aposentadoria, sendo que esta última variável também é função de quando você pretende parar de trabalhar. Se você imagina trabalhar até os 65 anos, é importante que assuma uma sobrevida entre 15 e 20 anos, para estimar o quanto precisará acumular.
Resta agora definir qual será o seu padrão de vida ao se aposentar. Ainda que não exista uma regra única, pois isso varia de pessoa para pessoa, é de se esperar que seus gastos ao se aposentar variem entre 70-80% daquilo que você ganharia, se ainda estivesse trabalhando. Portanto, na hora de definir o quanto quer receber ao se aposentar, leve em conta este percentual e desconte o quanto pretende receber em benefícios da Previdência Social e/ou de planos corporativos (caso a sua empresa ofereça um), e outras fontes de renda.
A título de ilustração, uma vez que não existem dados semelhantes para o Brasil, pode-se constatar que, nos Estados Unidos, as fontes de renda dos aposentados com mais de 65 anos é composta da seguinte forma: previdência social (20%), previdência corporativa (21%), renda com patrimônio acumulado (28%) e outras rendas de trabalho (31%).
Tomando como base estes números, o recomendável é manter uma postura conservadora, assumindo que os benefícios com o plano terão que responder por, ao menos, metade da renda que você acredita precisará ter para se sustentar após aposentado. A razão para isso é simples: diante do envelhecimento da população e do desequilíbrio financeiro da Previdência Social, é provável que os benefícios futuros sejam menores do que aquilo que se imagina hoje. Daí a importância de você começar a garantir o seu futuro o quanto antes!
Exemplo prático
Vamos imaginar, por exemplo, uma pessoa que ganha R$ 5 mil, de forma que, ao se aposentar, tenha gastos de R$ 3,5 mil a R$ 4 mil. Suponha que receba R$ 800 de INSS e que planeje obter renda através de "bicos", ou outras fontes, de R$ 500. Neste caso, ela precisará contratar um plano que garanta entre R$ 2,2 mil e R$ 2,7 mil por mês.
Portanto, as contribuições mensais deverão ser estimadas de forma que seja garantida uma renda mensal deste montante. Este tipo de cálculo pode ser feito de forma mais detalhada e precisa junto à instituição financeira com a qual pretende contratar o plano, pois eles já incluem nos cálculos a expectativa de vida para uma pessoa com o seu perfil, assim como embutem custos e retorno, de acordo com o plano que você está contratando.
Mesmo que a contribuição necessária não caiba no seu orçamento atual, não é preciso se desesperar. Analise a possibilidade de efetuar novos cortes, de forma a ampliar a sua capacidade de poupança, aumente o valor contribuído à medida que sua renda for aumentando, ou opte por efetuar aportes esporádicos sempre que possível. O ideal é que destine entre 5-10% do seu orçamento para investimentos. Pode parecer difícil, mas com um pouco de esforço, você chega lá!
I – ITEM
Previdência: como os benefícios são determinados e podem ser recebidos?
InfoMoney
SÃO PAULO - O valor dos benefícios que você vai receber depende de alguns fatores, dentre eles, o tempo que contribuiu ao plano de previdência, quando pretende se aposentar, e o valor das contribuições efetuadas. O prazo de contribuição é, certamente, extremamente importante, porque quanto maior ele for, maior terá sido o efeito multiplicador dos juros e maior será o seu patrimônio acumulado.
Já a idade de saída determina quanto tempo os recursos acumulados terão que durar para lhe garantir um sustento. Isso porque, quanto maior a sobrevida, ou seja, mais tempo o dinheiro terá que durar, e, portanto, menor deve ser o valor dos benefícios mensais. Em outras palavras, se você juntou R$ 500 mil, e tiver uma sobrevida de 15 anos, certamente poderá ter uma renda maior, do que se sua sobrevida for de 20 anos.
Por último, não podemos esquecer da rentabilidade dos planos, isto é, o quanto eles rendem em juros. Basicamente os planos de previdência possuem duas formas distintas de cálculo da rentabilidade: garantia de retorno mínimo estabelecido em contrato ou repasse integral dos rendimentos da carteira de investimentos. Mais adiante discutiremos como este cálculo varia para cada um dos tipos de planos existentes no mercado.
Como receber: entendendo o pagamento de benefícios
Atualmente os planos são bastante flexíveis no que se refere a forma de pagamento dos benefícios, que podem ser recebidos de uma única só vez na hora em que você se aposentar, ou através do pagamento de uma renda mensal. No caso de recebimento de renda mensal existem formas distintas de pagamento, que variam apenas na duração (vitalícia ou temporária), e na possibilidade de reversão desses benefícios para outras pessoas no caso da sua morte.
Também vale lembrar que a concessão dos benefícios não precisa ser a mesma data em que você pretende se aposentar, e que os benefícios são atualizados com base em um índice de preços definido pelo contrato.


Renda Vitalícia Renda Temporária Renda Vitalícia Reversível Renda Vitalícia c/ Prazo Mínimo Garantido

Início Desde uma idade pré-estipulada no contrato de adesão Desde uma idade pré-estipulada no contrato de adesão Desde uma idade pré-estipulada no contrato de adesão Desde uma idade pré- estipulada no contrato de adesão

Duração dos benefícios Falecimento do titular Durante período estabelecido no contrato Após falecimento do titular seu beneficiário passa a receber. Nos planos tradicionais existe a opção de renda vitalícia por invalidez Após falecimento do titular, seu beneficiário passa a receber os benefícios durante o prazo mínimo garantido no contrato

Transferência para beneficiários Não é possível Não é possível É possível Somente durante o prazo mínimo garantido



Avalie as coberturas
Além da forma de recebimento dos benefícios é importante que você avalie as coberturas oferecidas pelos planos. Atualmente, além da opção de "pecúlio por morte", que consiste no pagamento de uma importância em dinheiro de uma única vez aos beneficiários do plano em caso de falecimento do titular, também é possível contratar renda nos casos de acidente com invalidez total e permanente.
Em geral, essas coberturas adicionais têm um custo bastante pequeno, de forma que não pesam no seu orçamento, mas garantem uma proteção maior para a sua família.
II – ITEM
Previdência: alocação da carteira é que define retorno
InfoMoney
SÃO PAULO - Você quer juntar uma reserva financeira que te proporcione uma boa qualidade de vida durante a aposentadoria, mas fica dividido entre as várias opções de investimento existentes. Não sabe quanto deve poupar por mês para poder resgatar daqui a alguns anos. A cada boa oportunidade que surge, opta pelo redirecionamento dos recursos, em busca de um bom retorno. Mas será que isso irá dar certo?
Se existe uma dica que pode ser útil para quem investe no longo prazo é de que é necessário ter bastante disciplina para que o investimento alcance o retorno esperado. Especialistas no assunto sugerem que, com um pouco de perseverança e planejamento, você pode obter melhores resultados para os seus investimentos.
Objetivos e limitações do investidor
Para definir uma estratégia de longo prazo, você deve considerar seus objetivos e suas próprias limitações. É importante que você tente estimar quanto pode poupar periodicamente. A quantia deve ser compatível com a renda e com os gastos da pessoa, contando inclusive com aquelas despesas imprevistas. O tempo estimado para a maturação do investimento também é um fator crítico.
A partir destas informações, você precisa definir em quais classes de ativos, como renda fixa, ações, moeda estrangeira entre outros, pretende investir, assim como determinar a forma como pretende efetuar esse investimento, ou seja, você pretende aplicar diretamente no mercado, ou através de fundos? Todas essas escolhas têm implicações significativas no tratamento tributário que o seu dinheiro irá receber.
Alocação de ativos: perseverança
Publicado recentemente no "Financial Analysts Journal" o estudo "Determinantes do Desempenho de uma Carteira de Investimentos" da consultoria Brinson, Beebower & Singer apontou que 91,5% do retorno de uma carteira de investimento são explicados pela alocação de ativos. Por sua vez, a seleção dos ativos e o "market timing" são responsáveis apenas por 2,1% e 1,8%, respectivamente.
Isso equivale a dizer que a maior parcela do retorno do seu dinheiro é definida pela forma como aloca os recursos. Nesse sentido, a consultoria conclui que quem investe em um horizonte de longo prazo não deve buscar ganhos pontuais, mas sim analisar mudanças estruturais do cenário econômico que justifiquem a realocação dos investimentos. Os modismos e tendências de curto prazo devem ser evitados por investidores com esse perfil.
A importância da disciplina no processo de investimento já tinha sido apontada por Benjamim Graham, que há 80 anos atrás publicou o livro "O Investidor Inteligente" e se transformou em guru para alguns dos mais bem sucedidos investidores norte-americanos. Na visão de Grahan, o maior inimigo do investidor é ele mesmo, pela dificuldade em focar seus esforços na implementação de sua estratégia de longo prazo, sem ser influenciado pela possibilidade de ganho "fácil" no curto prazo, onde as oportunidades nem sempre se repetem.
Atenção ao período
A utilização do veículo adequado é outra questão que você deve ficar atento. As regras de tributação dos produtos de vida e previdência, com alíquotas decrescentes em função do prazo aplicado, fazem com que o montante acumulado nestes planos seja, muitas vezes, superior a uma aplicação de um fundo de investimento com a mesma rentabilidade e taxa de administração.
Porém, estes benefícios só começam a valer depois de alguns anos de aplicação dos recursos. Uma sugestão, então, para definir o tipo de plano de previdência é a partir do prazo estimado para a sua aplicação. Nesse sentido, em comparação com um fundo de investimento tradicional, o PGBL é indicado para horizonte de investimento superior a quatro anos, enquanto o VGBL se torna mais vantajoso depois de oito anos de aplicação, considerando a mesma rentabilidade e taxa de administração.
Dificuldades para cumprir o plano?
Depois de planejar sua aposentadoria, começa a fase que parece ser a mais complicada, a da implementação. Nos primeiros meses, você poupa toda a quantia que estabeleceu como meta, mas depois de um tempo, começa a imaginar que a redução nesse ou naquele mês não fará uma diferença tal significativa na reserva total acumulada. Começa então a gastar aquele dinheiro que pouparia.
Isso se torna um problema, porque é difícil voltar a poupar toda a quantia depois. Aquela diferença que parece pequena no mês torna-se significativa com o tempo. Basta ver, por exemplo, o caso de uma pessoa que estabeleceu como meta poupar todos os meses R$ 500. Mas, que após dois anos cumprindo a meta, deixou de fazê-lo por seis meses consecutivos.
Passados dez anos, a diferença entre o que poderia ter acumulado se não tivesse deixado de contribuir por alguns meses é de R$ 7,5 mil, isso assume um retorno líquido de 1% da aplicação. Ou seja, você deixa de aplicar R$ 3mil, mas para repor essa diferença precisa colocar mais que o dobro! Obviamente quanto maior o período em que deixa de investir e a meta de investimento, maior a perda que incorrerá na hora do resgate. Reflita sobre isso, estabeleça uma estratégia e tente segui-la, ainda que com alguma flexibilidade. O resultado pode ser bastante satisfatório!
III – ITEM
Investir custa. Pesquise e faça as contas!
InfoMoney
Ao investir em previdência privada você tem que arcar com alguns custos. E, como era de se esperar, os custos variam de instituição para instituição, daí a importância de você pesquisar os custos antes de tomar a sua decisão. Aqui vale lembrar que, em se tratando de um investimento de longo prazo, o aspecto custo é ainda mais importante, uma vez que pequenas diferenças de retorno podem ter um impacto significativo no seu patrimônio!
Na maioria dos planos de previdência são cobradas as seguintes taxas:
Taxa de administração financeira: cobrada anualmente e que tem como objetivo remunerar o gestor pela aplicação dos recursos do plano, estas taxas variam entre 1% e 5% ao ano. Algumas instituições oferecem taxas decrescentes à medida que as reservas acumuladas, ou seja, o valor investido aumenta. Portanto, vale checar!
Taxa de carregamento: incide sobre cada contribuição ao plano e o seu valor depende do tipo de plano escolhido. Essas taxas incidem sobre o valor da contribuição e variam de acordo com o tipo de plano e da instituição, sendo que as diferença são significativas.
Muitas instituições não cobram taxa de carregamento para quem investe por um prazo mínimo, que pode variar de 36 a 60 meses, mas em outras é mantida uma taxa residual. As taxas variam entre 0% e 10%! Uma taxa de 5% significa que para cada R$ 1 investido apenas R$ 0,95 efetivamente é aplicado!
Taxa de saída: em geral esta taxa visa compensar as perdas com CPMF que a seguradora incorre ao transferir os recursos do fundo (que está em nome da seguradora) para a conta do segurado. A taxa está limitada em 0,38% do valor transferido, mas muitas seguradoras podem optar por não cobrar esta taxa como forma de atrair clientes.
IV – ITEM
Impostos: reduzindo sua carga tributária
InfoMoney
Em primeiro lugar, deve ficar claro que ao comprar um plano de previdência você está fazendo um planejamento fiscal, e não deixando de pagar impostos. Ao comprar qualquer plano de previdência você também pode diferir o pagamento do imposto de renda até a data de resgate dos recursos aplicados nesse plano. Com exceção dos novos seguros de vida com opção de previdência, lançados em março e discutidos abaixo, também é possível deduzir o valor das contribuições do seu imposto a pagar, desde que o valor da dedução não supere 12% da sua renda bruta anual.
Os benefícios fiscais dos planos de previdência foram estruturados para incentivar a poupança de longo prazo, visto que quanto mais tempo você deixar o seu dinheiro investido mais você se beneficiará do adiamento no pagamento de IR e na redução da base tributária.
A tabela abaixo ilustra o ganho fiscal potencial de um indivíduo cuja renda mensal bruta é de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais) e que realizou R$ 500 (quinhentos reais) em contribuições à previdência:


Sem previdência Com previdência

Renda bruta mensal R$ 4.500,00 R$ 4.500,00
Contribuições a previdência R$ 0,0 R$ 500,00
Base de cálculo de IR R$ 4.500,00 R$ 4.000,00
IR a pagar =27,5% de R$4.500,00 - R$ 502,58
=R$ 734,92 =27,5% de R$4.000,00 - R$502,58
=R$ 597,42

Ganho fiscal R$ 137,50


A alíquota de IR incide sobre a base ajustada, isto é depois de deduzida a contribuição até um limite de 12% da renda. Na tabela de IRPF 2007 (referente aos rendimentos de 2006), a alíquota de IR para rendimentos acima de R$ 2.512 é de 27,5% e a parcela a deduzir é de R$ 502,58. Desta forma, o ganho fiscal é de R$ 137,5 (cento e trinta e sete reais e cinqüenta centavos).
V – ITEM
Por que o diferimento fiscal é tão vantajoso?
InfoMoney
SÃO PAULO - O termo diferimento fiscal é conhecido por poucos investidores, e mesmo quem já ouviu falar sobre o assunto não sabe ao certo o que ele significa. Na verdade, trata-se de uma vantagem fiscal concedida em algumas aplicações, que deve ser analisada com cuidado por quem está planejando investir seu dinheiro.
A palavra diferimento nada mais significa do que adiar. Portanto, diferimento fiscal significa adiar o pagamento de impostos que são devidos quando você aplica seu dinheiro. Antes da entrada em vigor da conta de investimento, no último dia 1º de outubro, na maioria das aplicações financeiras o imposto era recolhido na fonte ao final de cada mês. Desde então, esse recolhimento passou a ser semestral, ao final dos meses de maio e novembro.
Porém, nas aplicações onde existe a possibilidade de diferimento o imposto só é cobrado somente na hora do resgate da aplicação. Desta forma, fica fácil entender que, para quem não tem pressa para sacar os recursos investidos, os investimentos com diferimento fiscal são particularmente atrativos, pois como o imposto não é descontado, as reservas acumuladas crescem mais rapidamente.
Ganho na ponta do lápis
O diferimento fiscal é um dos grandes atrativos dos produtos de previdência privada. Mas, ainda são poucas as pessoas que efetivamente entendem quais são as vantagens desse tratamento. A título de ilustração, vamos assumir um fundo de investimento tradicional cujo retorno bruto é de 1,25% ao mês, e que essa aplicação seja mantida por 36 meses, ou três anos.
Neste caso, a alíquota de tributação seria de 15%, sendo que o recolhimento aconteceria a cada seis meses. Por outro lado, se este mesmo fundo oferecesse a possibilidade de diferimento fiscal, então o que aconteceria é que o recolhimento só aconteceria no momento do saque, em 36 meses.
Assim, fica fácil entender que durante a fase em que o dinheiro estiver aplicado ele deve crescer a uma taxa maior (1,25%) do que cresceria se não houvesse diferimento (1,067%). Se forem aplicados R$ 5 mil, e o dinheiro ficar investido por um prazo de 5 anos, a diferença entre ter e não ter diferimento fiscal é de R$ 395, já que no primeiro caso as reservas acumuladas seriam de R$ 9,570 mil e no segundo de R$ 9,966 mil, ou 4% de diferença. Diferença esta que aumenta proporcionalmente ao montante investido e ao prazo de investimento.
Só para quem investe no longo prazo
Mas, se sua intenção é investir em previdência para ter o benefício do diferimento fiscal, é importante que tenha consciência de que na previdência, além da taxa de administração tradicionalmente cobrada nos fundos de investimento, também é cobrada uma taxa de carregamento sobre os valores investidos.
Na prática, isso significa que investir em previdência por alguns meses para ter acesso ao diferimento fiscal, não vale a pena, porque aquilo que você ganha por adiar o recolhimento do imposto, perde por ter que arcar com a taxa de carregamento. A vantagem realmente aparece quando o prazo de investimento é maior, não só porque o ganho com o diferimento aumenta, mas também porque as taxas de carregamento tendem a ser decrescentes com o prazo.
Portanto, optar por uma aplicação desta natureza somente vale a pena se a intenção for, efetivamente, deixar o dinheiro aplicado no longo prazo. Caso contrário, o que você ganha em termos fiscais pode perder ao pagar taxas mais altas do que os fundos de investimentos tradicionais.
Mesmo que a sua aposentadoria pareça uma realidade distante, já existem planos estruturados para o público jovem cujo objetivo não é garantir a aposentadoria, mas sim para uma viagem de estudos ao exterior, para um curso de pós-graduação, e até mesmo um dinheiro para ajudar na montagem de um negócio próprio.
Diferir não significa isentar
Porém, o que acontece na hora do resgate? Nesse momento, você terá que pagar o imposto devido com base no prazo em que manteve a aplicação. Aqui é importante ressaltar, entretanto, que o fato do imposto ter sido diferido não significa em absoluto que você está isento do pagamento de IR, ou seja, o rendimento em si não é isento.
Essa é uma diferença importante que muitas vezes gera confusão, pois no rendimento isento você nunca sofre tributação, enquanto no diferimento o pagamento é adiado até o resgate. Nesses casos o rendimento é considerado, para fins de declaração anual de IR, como rendimento com tributação exclusiva, e não é pago imposto adicional sobre ele a não ser o que já foi recolhido na fonte.

II – BLOCO

Previdência: o que levar em consideração na escolha do seu plano?
InfoMoney
SÃO PAULO - Depois de muito pensar, você finalmente decidiu que quer fazer um plano de previdência privada? Mas, como a grande maioria das pessoas, está perdido frente a tantas alternativas existentes no mercado? Gostaria de entender melhor como os planos diferem dos fundos, e qual a sua vantagem frente a esses?
Após se informar sobre os tipos de planos existentes, você definiu aquele que mais adequado às suas necessidades. Agora é hora de pesquisar o mercado: identifique quais as instituições que oferecem o produto no mercado e compare as taxas cobradas.
Escolhendo com quem investir
Em nossa opinião, o primeiro ponto a ser analisado é o histórico da instituição financeira. Afinal, estamos falando de um investimento de longo prazo, de forma que você precisa se assegurar que a instituição terá a solidez financeira necessária, para daqui a 20-30 anos arcar com o pagamento dos seus benefícios!
Analise por quanto tempo essa instituição opera no mercado, qual é o seu tamanho e se tem tradição no mercado brasileiro. No caso de uma instituição estrangeira, é bom pesquisar quem são seus donos e como ela atua em outros países.
Lembre-se: o importante não é apenas o retorno, mas também a solidez de quem vai cuidar do seu dinheiro, pois você quer ter certeza de que vai receber seus benefícios ao se aposentar. Afinal de contas, você só está pensando em fazer um plano para manter o seu estilo de vida durante a aposentadoria.
Aproveite para analisar a forma como a empresa aplica os recursos do plano, fique de olho para concentrações excessivas, liquidez, etc. Não analise apenas a rentabilidade histórica dos planos, mas também a sua capacidade de captação: novos investidores estão aplicando com a instituição, ou a maioria está resgatando suas aplicações?
Atenção na comparação dos custos!
Como era de se esperar, é preciso comparar esse histórico e desempenho com aquele oferecido por outras instituições. Comece entendendo os custos envolvidos na aplicação, quais são as taxas cobradas?
Em geral, a taxa que mais pesa no bolso do investidor é a de carregamento, porque incide sobre o valor das contribuições. Por sua vez, a taxa de administração é uma taxa anual cobrada sobre o total administrado. Assim, mesmo tendo uma taxa de administração mais alta, um plano pode ser mais atrativo do que outro se oferecer uma taxa de carregamento mais baixa.
Essa deve ser uma análise cuidadosa, porque em alguns casos a diferença desaparece com o tempo, e passa a favorecer o fundo que inicialmente cobrava uma taxa mais alta. Imagine, por exemplo, o caso de dois fundos com a mesma taxa de administração. Porém, o primeiro cobra uma taxa de carregamento fixa de 2%, enquanto o segundo cobra uma taxa decrescente de 4%, que cai para 0% após dois anos.
Como escolher entre esses dois planos? Essa não é uma comparação fácil. A melhor forma de analisar o impacto do custo é pedir à instituição financeira uma estimativa do quanto, caso contrate o plano, poderá acumular em um determinado período de tempo. Mas, aqui é importante que você se assegure que, em ambas as simulações, seja incluído o mesmo retorno dos investimentos. Só assim você consegue isolar o impacto dos custos!
Desempenho do gestor
Isso nos traz para outro fator importante na sua escolha. O retorno da carteira do fundo. Esse retorno depende da forma como a carteira é composta, mas também dos custos envolvidos no investimento e na capacidade de gestão da instituição.
Portanto, assumindo que dois planos tenham os mesmos custos e a mesma estratégia de investimento, ao comparar o retorno histórico você consegue avaliar quem conseguiu o melhor desempenho. Aqui, contudo, é de fundamental importância reforçar que retorno histórico não é garantia de retorno futuro, mas pode ajudar você entender um pouco mais a capacidade do gestor.
Em outras palavras, se você comparar o retorno de dois planos de previdência que investem apenas em títulos públicos é de se esperar que o retorno seja semelhante. Caso haja uma diferença grande, isso pode indicar ou que os custos são muito distintos, ou que o gestor não foi tão eficiente na administração da carteira.
Mais uma vez cuidado na análise. Não se empolgue pela rentabilidade alta no último mês, cheque a consistência dos resultados, não basta ter uma boa rentabilidade durante períodos curtos de tempo, pense sempre no longo prazo. Pese tudo com calma, e só ai tome sua decisão. Mas, não se esqueça no final das contas o fator mais importante é a confiança que você tem na solidez da instituição!
I – ITEM
Quais os planos existentes no mercado?
InfoMoney
Atualmente existem várias alternativas de planos de previdência: planos tradicionais, PGBLs, FAPIs, PAGPs, PRGPs, VGBLs, etc. Até 1998, quando foram introduzidos os PGBLs, os planos tradicionais do tipo benefício definido dominavam o mercado. Desde então a situação mudou e os planos de benefício definido têm perdido participação no mercado. A principal razão para a queda na participação dos planos de benefício definido reside no fato de que eles são mais caros para as instituições administradoras, que passaram a desestimular sua venda em favor de outros produtos do tipo contribuição definida.
Planos tradicionais
Plano Gerador de Benefício Livre (PGBLs)
Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI)
Novos Produtos de Previdência
Planos tradicionais Voltar


As principais desvantagens dos planos tradicionais em relação aos FAPIs e PGBLs, qeu serão discutidos a seguir, são a falta de transparência, custos elevados de gestão e o custo oportunidade de uma alternativa melhor no futuro. Ao contrário dos PGBLs e FAPIs esses planos não são estruturados como fundos, e portanto, você não pode acompanhar o valor das suas aplicações diariamente.

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBLs) Voltar

Os PGBLs surgiram em resposta à queda nas taxas de juros, que dificultou a garantia de um rendimento mínimo para os participantes dos planos tradicionais. Desta forma, a principal diferença dos PGBLs em relação aos planos tradicionais é que você não tem garantia de um rendimento mínimo, mas em contrapartida recebe integralmente o resultado financeiro, isto é o resultado das aplicações dos recursos captados com contribuições ao plano.

Os PGBLs foram inspirados nos planos 401(k) americanos e, como eles, permitem que você escolha entre perfis distintos de investimento. Por exemplo, no caso dos 401(K) os fundos são classificados de conservadores a agressivos, enquanto os PGBLs são classificados como soberanos, renda-fixa e compostos. Ao contrário dos planos tradicionais, cujo perfil de risco das aplicações do fundo é decidido pelo administrador, nos PGBLs você pode escolher a categoria mais adequada ao seu perfil de risco. Abaixo discutimos a carteira de investimentos dos três tipos de PGBLs:

Soberano: como o nome sugere, investe apenas em títulos do governo, ou seja, títulos ou Crédito Securitizados do Tesouro Nacional, ou Títulos do Banco Central;


Renda Fixa: além das aplicações acima, também permite o investimento em outros tipos de títulos de renda fixa, como CDB´s, debêntures, etc;


Composto: também permite aplicações em renda variável, como por exemplo, ações ou fundos de ações, commodities etc, desde que não ultrapassem 49% do patrimônio do fundo.


Resgates e transferências

A carência dos PGBLs é, em geral, de 60 (sessenta) dias, sendo que em caso de morte ou invalidez não existe carência e o saque pode ser efetivado em até 4 (quatro) dias úteis, sendo que a carência começa a contar da data de início do plano ou do último resgate.

Entretanto, talvez a maior vantagem dos PGBLs seja sua transparência, pois você pode checar o valor da cota do fundo diariamente no jornal, e o valor de resgate é calculado com base na cota no dia útil seguinte ao dia em que você efetuar o pedido de resgate.

Não existem restrições quanto à transferência de recursos entre fundos PGBLs de perfis diferentes, por exemplo, é possível transferir recursos entre planos soberanos e planos compostos. Assim como não há restrições na transferência para fundos de outra entidade de previdência aberta. O cálculo do valor de transferência é efetuado da mesma forma que o do valor de resgate, isto é, com base na cota do dia útil seguinte ao dia do pedido de transferência. O prazo de carência para a transferência também é de 60 (sessenta) dias, caso a transferência ocorra entre planos de mesmo titular também não haverá incidência de taxa de carregamento ou imposto de renda.

Por último, ao se aposentar você tem a opção de sacar os recursos do seu PGBL integralmente ou através de um rendimento mensal até o seu falecimento (renda vitalícia).

Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI) Voltar

Assim como os PGBLs, os FAPI permitem maior flexibilidade na escolha da carteira, não garantem um rendimento mínimo e repassam todo o resultado financeiro. As principais diferenças entre os PGBLs e os FAPIs são as seguintes:

Instituição administradora: seguradoras e entidades de previdência privada para os PGBLs e bancos para os FAPIs.


Carência para resgate: a carência para resgates varia no caso dos FAPIs, enquanto para os PGBLs é de 60 dias. Além disso, no caso dos FAPIs se houver resgate antes de um ano o segurado deverá pagar IOF de 5% o que não acontece no caso dos PGBLs.


Prazo de transferência: a transferência nos FAPIs só pode ser realizada a cada 6 (seis) meses, enquanto para os PGBLs é de 60 (sessenta) dias.


Saques na aposentadoria: devem ser feitos de forma integral não podendo ser transformados em renda vitalícia como no caso dos PGBLs.


Apesar de terem surgido antes dos PGBLs, em uma tentativa dos bancos de inovar em relação aos planos tradicionais, os FAPIs perderam participação de mercado com a introdução dos PGBLs devido a sua menor flexibilidade do ponto de vista de resgate, transferência e tratamento fiscal.

Os FAPIs e PGBLs não são planos exclusivos de indivíduos e também podem ser adotados por empresas para os seus funcionários. No caso dos FAPIs as contribuições devem ser no mínimo equivalentes a 50% da contribuição dos funcionários, enquanto nos PGBLs quem define os limites são definidos pela empresa.

Novos Produtos de Previdência Voltar

A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) aprovou a regulamentação de dois novos produtos de previdência (PAGPs e os PRGPs), cujo objetivo é revitalizar os antigos planos tradicionais, que perderam competitividade no mercado. Os novos planos também são estruturados como fundo de investimento financeiro exclusivo (FIFE), permitindo que o participante possa checar o valor da cota do fundo diariamente através do jornal.

Planos de atualização garantida (PAGPs): durante a fase de acumulação, ou seja período em que você ainda está fazendo contribuição ao fundo, os planos de atualização garantida (PAGPs) não garantem um rendimento mínimo, mas garantem que os recursos que você aplicou serão ajustados com base na variação de um índice econômico e pelo repasse do excedente financeiro. Por exemplo, se você investiu R$ 100 e a inflação foi de 10%; a seguradora terá de fazer um aporte de R$ 110 mais a parcela do excedente financeiro, mas você não recebe juros.


Planos de remuneração garantida (PRGPs): seguem o mesmo princípio dos PAGPs durante a fase de acumulação, com a diferença que, além do ajuste com base na variação de um índice econômico e do repasse do excedente financeiro deve se acrescida uma taxa de juros de 6%. Os PRGPs foram desenvolvidos para garantir a sua renda ou benefícios.


Pode-se dizer que, enquanto os PAGPs foram desenvolvidos para garantir o valor do seu patrimônio (recursos investidos), os PRGPs foram desenvolvidos para garantir a sua renda ou benefícios.

Os novos planos não passam de uma versão mais aprimorada dos planos tradicionais e deverão concorrer principalmente com os PGBLs, já que os planos tradicionais praticamente não são mais comercializados. Como os novos planos assumem que os saldos dos fundos devem ser ajustados pela variação de um índice de inflação, deverão adotar uma política de investimento mais conservadora. De forma que devem competir apenas com os fundos PGBLs mais tradicionais, representando uma boa alternativa de investimento para indivíduos com um perfil mais conservador. A tabela abaixo compara as principais diferenças entre as quatro opções de planos de previdência privada:


Plano Remuneração Atualização Participação no excedente

PGBL Função da rentabilidade da carteira do fundo em que estão aplicados os fundos (FIFE) Não há Totalidade da rentabilidade é repassada ao participante

Planos tradicionais Contratada até 6% ao ano Com base em índice de preços contratado Pode ou não ser prevista, em geral varia entre 20 e 50%

PRGP Contratada até 6% ao ano Com base em índice de preços contratado Obrigatória e estipulada no contrato

PAGP Sem remuneração Com base em índice de preços contratado Obrigatória e estipulada no contrato



Seguro de vida com opção de previdência
A grande novidade em termos de previdência privada certamente fica com o lançamento dos novos seguros de vida com opção de previdência. A expectativa é que sejam lançados três tipos de produtos: VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), VRGP (Vida com Remuneração Garantida) e VAGP (Vida com Atualização Garantida), que combinam os tradicionais seguros de vida com características dos planos de previdência privada que já existentes, no caso, os PGBLs, PRGps e PAGPs.

A indenização desses seguros poderá ser paga de uma única vez, como os seguros de vida; ou sob a forma de renda, como os planos de previdência do tipo renda vitalícia. Outra vantagem é que o investidor poderá transferir seus recursos acumulados entre seguradoras, sem ter que pagar taxas adicionais.

Vida Gerador Benefício Livre (VGBLs)
Durante a chamada fase de acumulação, isto é, quando você ainda estiver investindo e não tiver começado a resgatar os benefícios, a seguradora repassa integralmente os ganhos com investimentos, já descontados os custos de administração e carregamento.

Como acontece com os PGBLs, nos quais os VGBLs foram inspirados, os benefícios que você deve receber ao se aposentar vão depender do total acumulado durante a fase de acumulação, isto é, a soma de contribuições e ganhos de investimento. A indenização desses seguros poderá ser paga de uma única vez, como os seguros de vida; ou sob a forma de renda, como os planos de previdência do tipo renda vitalícia.

Deve-se lembrar que a seguradora não é obrigada a vender o VGBL acoplado a um seguro de vida e pode, se preferir, comercializá-lo como um plano de previdência comum. Por outro lado, o investidor poderá transferir seus recursos acumulados entre seguradoras, sem ter que pagar taxas adicionais.

A grande diferença em relação aos PGBLs é tributária. Nos PGBLs você pode deduzir do valor do seu importo a pagar a soma de todas as contribuições feitas ao plano até um limite de 12% da renda bruta anual do segurado. Nos VGBLs, por sua vez, isso não é possível. Em contrapartida, na hora do resgate você paga menos imposto, pois este é calculado sobre o ganho de capital e não sobre o total do montante acumulado, como acontece nos PGBLs.

Desta forma, os VGBLs foram desenhados para quem declara IR pelo formulário simplificado, quem é isento ou para trabalhadores autônomos, que não se beneficiam do tratamento fiscal concedido nos PGBLs. A alíquota varia de acordo com a tabela progressiva de IR.

VAGPs e VRGPs
Já os VAGP e os VRGP não garantem o repasse integral da rentabilidade. Nos VAGPs o investidor se beneficia da atualização monetária dos valores aplicados, enquanto no caso dos VRGP eles recebem uma garantia de um rendimento mínimo. Neste sentido, não passam de versões mais modernas dos planos tradicionais, que também não repassam integralmente os ganhos, mas garantem uma rentabilidade mínima de IGP-M+6% ao ano. A vantagem frente aos planos tradicionais está na transparência, já que como os recursos dos planos serão aplicados em um fundo de investimento específico, cujas cotas são publicadas periodicamente nos jornais.

Vantagem dos novos seguros
Os novos seguros têm como objetivo complementar os planos de previdência existentes. Por exemplo, se você já tem um PGBL e deduz o valor limite de 12% da sua renda bruta, mas está interessado em ampliar sua renda na aposentadoria, então uma alternativa pode ser a compra de um seguro de vida do tipo VGBL, que assegura menor taxação no resgate. Os novos produtos foram desenvolvidos como alternativas de poupança de longo prazo, pois após o período de acumulação o cliente tem assegurado o recebimento de uma renda, da mesma forma que os planos de previdência já existentes no mercado.

Benefício Definido: nesse tipo de plano você contribui hoje sabendo quando receberá ao se aposentar, pois o valor do benefício é definido na data de contratação do plano. O valor das contribuições não é fixo pois depende do valor do futuro benefício mensal que você espera receber.


Contribuição Definida: ao contrário do plano de benefício definido, nestes planos as contribuições são fixas na contratação do plano, mas os benefícios não. Os benefícios são proporcionais ao valor acumulado e capitalizado ao longo do período de contribuição, que depende da rentabilidade das aplicações do fundo (feitas com base nas suas contribuições).


As principais desvantagens dos planos tradicionais em relação aos FAPIs e PGBLs, qeu serão discutidos a seguir, são a falta de transparência, custos elevados de gestão e o custo oportunidade de uma alternativa melhor no futuro. Ao contrário dos PGBLs e FAPIs esses planos não são estruturados como fundos, e portanto, você não pode acompanhar o valor das suas aplicações diariamente.

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBLs) Voltar

Os PGBLs surgiram em resposta à queda nas taxas de juros, que dificultou a garantia de um rendimento mínimo para os participantes dos planos tradicionais. Desta forma, a principal diferença dos PGBLs em relação aos planos tradicionais é que você não tem garantia de um rendimento mínimo, mas em contrapartida recebe integralmente o resultado financeiro, isto é o resultado das aplicações dos recursos captados com contribuições ao plano.

Os PGBLs foram inspirados nos planos 401(k) americanos e, como eles, permitem que você escolha entre perfis distintos de investimento. Por exemplo, no caso dos 401(K) os fundos são classificados de conservadores a agressivos, enquanto os PGBLs são classificados como soberanos, renda-fixa e compostos. Ao contrário dos planos tradicionais, cujo perfil de risco das aplicações do fundo é decidido pelo administrador, nos PGBLs você pode escolher a categoria mais adequada ao seu perfil de risco. Abaixo discutimos a carteira de investimentos dos três tipos de PGBLs:

Soberano: como o nome sugere, investe apenas em títulos do governo, ou seja, títulos ou Crédito Securitizados do Tesouro Nacional, ou Títulos do Banco Central;


Renda Fixa: além das aplicações acima, também permite o investimento em outros tipos de títulos de renda fixa, como CDB´s, debêntures, etc;


Composto: também permite aplicações em renda variável, como por exemplo, ações ou fundos de ações, commodities etc, desde que não ultrapassem 49% do patrimônio do fundo.


Resgates e transferências

A carência dos PGBLs é, em geral, de 60 (sessenta) dias, sendo que em caso de morte ou invalidez não existe carência e o saque pode ser efetivado em até 4 (quatro) dias úteis, sendo que a carência começa a contar da data de início do plano ou do último resgate.

Entretanto, talvez a maior vantagem dos PGBLs seja sua transparência, pois você pode checar o valor da cota do fundo diariamente no jornal, e o valor de resgate é calculado com base na cota no dia útil seguinte ao dia em que você efetuar o pedido de resgate.

Não existem restrições quanto à transferência de recursos entre fundos PGBLs de perfis diferentes, por exemplo, é possível transferir recursos entre planos soberanos e planos compostos. Assim como não há restrições na transferência para fundos de outra entidade de previdência aberta. O cálculo do valor de transferência é efetuado da mesma forma que o do valor de resgate, isto é, com base na cota do dia útil seguinte ao dia do pedido de transferência. O prazo de carência para a transferência também é de 60 (sessenta) dias, caso a transferência ocorra entre planos de mesmo titular também não haverá incidência de taxa de carregamento ou imposto de renda.

Por último, ao se aposentar você tem a opção de sacar os recursos do seu PGBL integralmente ou através de um rendimento mensal até o seu falecimento (renda vitalícia).

Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI) Voltar

Assim como os PGBLs, os FAPI permitem maior flexibilidade na escolha da carteira, não garantem um rendimento mínimo e repassam todo o resultado financeiro. As principais diferenças entre os PGBLs e os FAPIs são as seguintes:

Instituição administradora: seguradoras e entidades de previdência privada para os PGBLs e bancos para os FAPIs.


Carência para resgate: a carência para resgates varia no caso dos FAPIs, enquanto para os PGBLs é de 60 dias. Além disso, no caso dos FAPIs se houver resgate antes de um ano o segurado deverá pagar IOF de 5% o que não acontece no caso dos PGBLs.


Prazo de transferência: a transferência nos FAPIs só pode ser realizada a cada 6 (seis) meses, enquanto para os PGBLs é de 60 (sessenta) dias.


Saques na aposentadoria: devem ser feitos de forma integral não podendo ser transformados em renda vitalícia como no caso dos PGBLs.


Apesar de terem surgido antes dos PGBLs, em uma tentativa dos bancos de inovar em relação aos planos tradicionais, os FAPIs perderam participação de mercado com a introdução dos PGBLs devido a sua menor flexibilidade do ponto de vista de resgate, transferência e tratamento fiscal.

Os FAPIs e PGBLs não são planos exclusivos de indivíduos e também podem ser adotados por empresas para os seus funcionários. No caso dos FAPIs as contribuições devem ser no mínimo equivalentes a 50% da contribuição dos funcionários, enquanto nos PGBLs quem define os limites são definidos pela empresa.

Novos Produtos de Previdência Voltar

A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) aprovou a regulamentação de dois novos produtos de previdência (PAGPs e os PRGPs), cujo objetivo é revitalizar os antigos planos tradicionais, que perderam competitividade no mercado. Os novos planos também são estruturados como fundo de investimento financeiro exclusivo (FIFE), permitindo que o participante possa checar o valor da cota do fundo diariamente através do jornal.

Planos de atualização garantida (PAGPs): durante a fase de acumulação, ou seja período em que você ainda está fazendo contribuição ao fundo, os planos de atualização garantida (PAGPs) não garantem um rendimento mínimo, mas garantem que os recursos que você aplicou serão ajustados com base na variação de um índice econômico e pelo repasse do excedente financeiro. Por exemplo, se você investiu R$ 100 e a inflação foi de 10%; a seguradora terá de fazer um aporte de R$ 110 mais a parcela do excedente financeiro, mas você não recebe juros.


Planos de remuneração garantida (PRGPs): seguem o mesmo princípio dos PAGPs durante a fase de acumulação, com a diferença que, além do ajuste com base na variação de um índice econômico e do repasse do excedente financeiro deve se acrescida uma taxa de juros de 6%. Os PRGPs foram desenvolvidos para garantir a sua renda ou benefícios.


Pode-se dizer que, enquanto os PAGPs foram desenvolvidos para garantir o valor do seu patrimônio (recursos investidos), os PRGPs foram desenvolvidos para garantir a sua renda ou benefícios.

Os novos planos não passam de uma versão mais aprimorada dos planos tradicionais e deverão concorrer principalmente com os PGBLs, já que os planos tradicionais praticamente não são mais comercializados. Como os novos planos assumem que os saldos dos fundos devem ser ajustados pela variação de um índice de inflação, deverão adotar uma política de investimento mais conservadora. De forma que devem competir apenas com os fundos PGBLs mais tradicionais, representando uma boa alternativa de investimento para indivíduos com um perfil mais conservador. A tabela abaixo compara as principais diferenças entre as quatro opções de planos de previdência privada:


Plano Remuneração Atualização Participação no excedente

PGBL Função da rentabilidade da carteira do fundo em que estão aplicados os fundos (FIFE) Não há Totalidade da rentabilidade é repassada ao participante

Planos tradicionais Contratada até 6% ao ano Com base em índice de preços contratado Pode ou não ser prevista, em geral varia entre 20 e 50%

PRGP Contratada até 6% ao ano Com base em índice de preços contratado Obrigatória e estipulada no contrato

PAGP Sem remuneração Com base em índice de preços contratado Obrigatória e estipulada no contrato



Seguro de vida com opção de previdência
A grande novidade em termos de previdência privada certamente fica com o lançamento dos novos seguros de vida com opção de previdência. A expectativa é que sejam lançados três tipos de produtos: VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), VRGP (Vida com Remuneração Garantida) e VAGP (Vida com Atualização Garantida), que combinam os tradicionais seguros de vida com características dos planos de previdência privada que já existentes, no caso, os PGBLs, PRGps e PAGPs.

A indenização desses seguros poderá ser paga de uma única vez, como os seguros de vida; ou sob a forma de renda, como os planos de previdência do tipo renda vitalícia. Outra vantagem é que o investidor poderá transferir seus recursos acumulados entre seguradoras, sem ter que pagar taxas adicionais.

Vida Gerador Benefício Livre (VGBLs)
Durante a chamada fase de acumulação, isto é, quando você ainda estiver investindo e não tiver começado a resgatar os benefícios, a seguradora repassa integralmente os ganhos com investimentos, já descontados os custos de administração e carregamento.

Como acontece com os PGBLs, nos quais os VGBLs foram inspirados, os benefícios que você deve receber ao se aposentar vão depender do total acumulado durante a fase de acumulação, isto é, a soma de contribuições e ganhos de investimento. A indenização desses seguros poderá ser paga de uma única vez, como os seguros de vida; ou sob a forma de renda, como os planos de previdência do tipo renda vitalícia.

Deve-se lembrar que a seguradora não é obrigada a vender o VGBL acoplado a um seguro de vida e pode, se preferir, comercializá-lo como um plano de previdência comum. Por outro lado, o investidor poderá transferir seus recursos acumulados entre seguradoras, sem ter que pagar taxas adicionais.

A grande diferença em relação aos PGBLs é tributária. Nos PGBLs você pode deduzir do valor do seu importo a pagar a soma de todas as contribuições feitas ao plano até um limite de 12% da renda bruta anual do segurado. Nos VGBLs, por sua vez, isso não é possível. Em contrapartida, na hora do resgate você paga menos imposto, pois este é calculado sobre o ganho de capital e não sobre o total do montante acumulado, como acontece nos PGBLs.

Desta forma, os VGBLs foram desenhados para quem declara IR pelo formulário simplificado, quem é isento ou para trabalhadores autônomos, que não se beneficiam do tratamento fiscal concedido nos PGBLs. A alíquota varia de acordo com a tabela progressiva de IR.

VAGPs e VRGPs
Já os VAGP e os VRGP não garantem o repasse integral da rentabilidade. Nos VAGPs o investidor se beneficia da atualização monetária dos valores aplicados, enquanto no caso dos VRGP eles recebem uma garantia de um rendimento mínimo. Neste sentido, não passam de versões mais modernas dos planos tradicionais, que também não repassam integralmente os ganhos, mas garantem uma rentabilidade mínima de IGP-M+6% ao ano. A vantagem frente aos planos tradicionais está na transparência, já que como os recursos dos planos serão aplicados em um fundo de investimento específico, cujas cotas são publicadas periodicamente nos jornais.

Vantagem dos novos seguros
Os novos seguros têm como objetivo complementar os planos de previdência existentes. Por exemplo, se você já tem um PGBL e deduz o valor limite de 12% da sua renda bruta, mas está interessado em ampliar sua renda na aposentadoria, então uma alternativa pode ser a compra de um seguro de vida do tipo VGBL, que assegura menor taxação no resgate. Os novos produtos foram desenvolvidos como alternativas de poupança de longo prazo, pois após o período de acumulação o cliente tem assegurado o recebimento de uma renda, da mesma forma que os planos de previdência já existentes no mercado.
II – ITEM
Previdência: você sabe qual o plano mais indicado para você?
InfoMoney
SÃO PAULO - Agora que você já está convencido de que pretende investir em um plano de previdência, resta escolher qual tipo de plano é mais adequado às suas necessidades. Mas, para isso é preciso que você tenha uma boa idéia do tipo de risco está disposto a correr (seu perfil de risco), da forma como pretende receber o benefício (renda mensal vs saque único), e, é claro, da sua situação fiscal (isento ou não de IR).
A seguir iremos abordar cada um desses pontos, para ajudá-lo nesse processo de decisão.
Qual o seu perfil como investidor?
Antes de investir num plano de previdência privada, você deve conhecer seu perfil de investidor, ou seja, sua disponibilidade de correr riscos. É o seu perfil que vai definir o tipo de plano. Nos PGBLs e VGBLs é possível escolher entre carteiras distintas de investimento, o que permite a escolha da mais em linha ao seu perfil de risco. Essa possibilidade não existe nos planos tradicionais.
Em geral, são apresentadas até quatro carteiras de investimento, sendo a diferença entre elas a parcela alocada para renda variável, que pode ser de 0%, 15%, 30% e 40%. Portanto, quanto maior seu apetite por risco, e mais longo o prazo de investimento, maior pode ser a parcela direcionada para a renda variável, e vice versa. A parcela aplicada em renda variável tem como objetivo aumentar o retorno do seu plano no longo prazo, mas é preciso cuidado, pois ela embute riscos maiores!
Rendimento garantido?
Se você não gosta de arriscar, os planos tradicionais podem ser uma boa opção, já que são os únicos que oferecem um retorno mínimo garantido, que, em geral, é estipulado em relação ao IGP-M. Além disso, quando o retorno obtido pelo plano supera o mínimo garantido, a empresa incorre no que se costuma chamar de excedente financeiro, que é repartido com o investidor de acordo com taxa estipulada em contrato.
A desvantagem é que esses planos, por garantirem um retorno mínimo, não permitem que o investidor escolha a forma de alocação dos recursos. Portanto, se você é daqueles que gosta de tomar suas próprias decisões, ou tem um perfil mais agressivo, os planos do tipo PGBL e VGBL são mais recomendados. Nestes planos, não é oferecida garantia de retorno mínimo, mas você recebe 100% do retorno obtido pelo plano.
Renda ou saque integral?
Ao escolher um plano você pode optar como pretende receber seus benefícios. Em geral, os contratos estipulam uma data a partir da qual o investidor irá receber os benefícios. Nesta data você pode sacar a reserva acumulada, ou optar, como a maioria das pessoas faz, pelo recebimento de uma renda.
Independente se a renda for paga durante toda a vida (renda vitalícia), ou por um período determinado de tempo (renda temporária), o pagamento dos benefícios se inicia na data pré-determinada no contrato do seu plano.
Além disso, os planos mais novos também oferecem outros tipos de coberturas de risco (vida e invalidez), e permitem a transferência dos benefícios aos dependentes do titular em forma temporária (Renda Vitalícia com Prazo Mínimo Garantido) ou até o seu falecimento (Renda Vitalícia Reversível a um Beneficiário).
Qual sua situação fiscal?
Outro ponto importante na sua decisão do seu plano é a sua situação fiscal. Muitas pessoas acabaram comprando PGBL, atraídas pela possibilidade de deduzir o valor das contribuições do imposto de renda devido, para então se darem conta de sequer declaram pelo modelo completo!
Assim, portanto, se você é isento, ou seja, tem rendimento tributável mensal abaixo de R$ 1.257,12, ou declara pelo modelo simplificado, então você até pode contratar um plano tradicional ou um PGBL, mas não poderá se beneficiar da dedução das contribuições do valor do imposto devido. Isso ocorre, pois no modelo simplificado adota-se uma dedução única de 20% do imposto devido e não é permitido detalhar as deduções.
Se você se encaixa nesse perfil, o VGBL é uma opção mais atrativa para você. Nesses planos você não pode deduzir o total das contribuições do imposto devida, mas, em contrapartida, na hora do resgate dos benefícios, você só recolhe imposto sobre os rendimentos auferidos e não sobre o capital acumulado, como acontece no PGBL e no plano tradicional.
Mas, essa não é a única situação em que os VGBLs são indicados. Se você declara pelo modelo completo, mas já estourou o limite permitido de dedução, que é de 12% da sua renda bruta anual, então deve efetuar contribuições adicionais a um plano do tipo VGBL, pois neste caso obtém a vantagem fiscal no resgate.
Portabilidade entre planos iguais
Você pode transferir seus investimentos de um plano para outro, sem tributação, desde que aguarde o prazo mínimo de carência. A portabilidade desses recursos, entretanto, só é possível entre aplicações de mesmo tipo. Portanto, você não pode transferir os recursos acumulados em um plano tradicional para um PGBL, mas pode fazê-lo entre dois PGBLs, por exemplo.
Vale lembrar que, com a entrada em vigor da conta de investimento, em 1º de outubro de 2004, os planos de previdência podem, eventualmente, receber recursos resgatados de outras aplicações, sem que haja incidência de CPMF. Da mesma forma, recursos sacados de planos de previdência que estejam no âmbito da conta de investimento podem ser aplicados em outros tipos de investimentos.
Fundos ou previdência?
Mas se a sua dúvida reside em aplicar em um fundo de investimento ou em um plano de previdência, então a escolha é mais simples. Nos fundos, o imposto não pode ser diferido, e é recolhido na fonte a cada seis meses, enquanto nos planos ele é recolhido só no resgate dos benefícios. Portanto, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, maior a vantagem em favor dos planos de previdência.
Contudo, diante das recentes mudanças na legislação tributária, é preciso analisar também a diferença entre as alíquotas destas duas formas de aplicação por prazo de investimento. Enquanto nos fundos as alíquotas variam menos, entre 15% e 22,5%, na previdência elas variam entre 10% e 35%, dependendo do prazo médio de acumulação dos recursos.
Estudos conduzidos por instituições financeiras que atuam no setor de previdência constatam que se compararmos um fundo e um plano de previdência com um retorno real de cerca 8%, o plano de previdência oferece um retorno superior para prazos acima de 7 anos.
Ainda que o prazo de investimento pareça ser o fator que separa fundos de previdência, é importante lembrar que na previdência você também pode contratar cobertura de vida e invalidez, assim como garante o recebimento dos benefícios como renda, o que facilita o planejamento financeira na aposentadoria. Finalmente, como discutimos em artigo separado, os planos de previdência oferecem uma forma mais eficiente de transferência patrimonial.
III – ITEM
Previdência privada: você corre riscos ao investir?
InfoMoney
SÃO PAULO - Para quem investe, um dos fatores levados em consideração é a segurança da aplicação, ou seja, a garantia de que o capital investido será preservado, e de que, no momento do resgate dos recursos, esse dinheiro terá sido corrigido de maneira adequada.
Essa questão ganha ainda mais importância quando o prazo para o investimento é longo, como no caso dos planos de previdência, cuja expectativa é de que os recursos só sejam resgatados depois de vários anos.
Avanço foi grande em 25 anos
A legislação brasileira avançou muito nos últimos 25 anos no que refere a regulamentação e fiscalização dos planos de previdência privada. Para quem ainda tem em mente a crise financeira que abalou o setor de previdência privada, há quase 40 anos, vale lembrar que com a promulgação da Lei 6435, em 1977, existe uma legislação específica para a previdência privada.
Desde então, investir em previdência se tornou mais seguro, visto que existe mais controle sobre as entidades e sobre a forma como investem os seus recursos. Também é importante lembrar, que boa parte dos problemas enfrentados no passado pelos planos de previdência estava relacionada com a falta de indexadores que garantissem a correção do dinheiro ao longo do tempo.
A queda da inflação, e a mudança da estrutura dos planos, que passaram a garantir um retorno mínimo, no caso dos planos tradicionais, ou repassar todo o retorno, no caso do PGBL e VGBL, fez com que isso deixasse de ser um problema. Atualmente, quem contrata um plano de previdência tem uma idéia clara de quanto irá receber e qual deverá ser a correção dos benefícios quando se aposentar.
Quem fiscaliza o setor?
Se mesmo sabendo dos avanços na legislação, você ainda teme investir em previdência, pois não sabe ao certo como esse mercado é regulado ou fiscalizado vale lembrar que as autoridades fiscalizadoras variam de acordo com o tipo do plano, como iremos discutir a seguir.
Cabe a Susep (Superintendência de Seguros Privados) regulamentar e fiscalizar todo o setor de previdência privada, em outras palavras, a Susep garante que a legislação será cumprida. Trata-se de um órgão do governo que recebe mensalmente relatórios oficiais das seguradoras, para apuração de todos os valores e aplicações dos participantes.
As empresas de previdência privada são obrigadas a constituir reservas técnicas garantidoras do pagamento dos benefícios futuros de seus participantes. Essa reserva técnica é acompanhada pela Susep continuamente, o que permite antecipar e identificar soluções para possíveis problemas de solvência que a entidade de previdência privada venha a ter.
Além disso, caso você suspeite que a empresa onde aplicou seu dinheiro está enfrentando dificuldades financeiras pode sempre optar pela transferência dos recursos para outro plano. Isso é possível porque a portabilidade entre planos de previdência é permitida, desde que os recursos sejam transferidos para planos do mesmo tipo. Ou seja, se você investe em um plano tradicional deve transferir o dinheiro para outro plano tradicional.
Planos tradicionais são regulados apenas pela Susep
Esses planos são regulados apenas pela Susep e são comercializados por seguradoras e pelas entidades abertas ou fechadas de previdência complementar. Importante destacar que os recursos que você aplica nesses planos não estão separados das reservas da seguradora. Isso pode representar um risco, caso a seguradora passe por dificuldades financeiras.
Na maioria dos planos tradicionais, você recebe um rendimento garantido equivalente a IGP-M + 6%, mais uma parte do chamado excedente financeiro. Diante do maior risco que as próprias empresas correm ao comercializar esse tipo de plano, pois precisam garantir um retorno, e caso isso não seja possível têm que arcar com a diferença com o próprio capital, muitas empresas optaram por não vender mais esses planos.
Banco Central também fiscaliza PGBL
Enquanto os planos privados tradicionais obedecem apenas às normas da Susep, há produtos que atendem outras exigências reguladoras. Nos Planos Geradores de Benefício Livre (PGBLs), por exemplo, o dinheiro é colocado em um fundo exclusivo de investimento que é fiscalizado pelo Banco Central.
O mesmo acontecerá com os novos planos, o Plano com Remuneração Garantida e Performance (PRGP) e o Plano de Atualização Garantida e Performance (PAGP), que têm uma fiscalização mais especializada que os tradicionais. É uma grande vantagem desses novos planos, que oferecem mais transparência e, portanto, menos riscos para quem investe.
Diariamente as instituições precisam informar a rentabilidade e o fluxo financeiro do fundo para o Banco Central. É necessário também enviar mensalmente a composição da carteira, para atestar que o dinheiro realmente está investido. Isso tudo graças à separação dos recursos, ao constituir fundos exclusivos.
De maneira simplificada pode se dizer que no PGBL cabe a Susep garantir que as reservas estão sendo constituídas de forma adequada, enquanto o Banco Central fiscaliza como o dinheiro dessas reservas está sendo aplicado.
Invista com quem você confia
Mais e mais pessoas se interessam pelos planos de previdência privada, com o objetivo de manter o padrão de vida durante a aposentadoria. Porém, ninguém quer ser surpreendido com a notícia de que, após anos de muito esforço e poupança regular, a instituição na qual aplicava seu dinheiro quebrou e não tem como arcar com o pagamento dos benefícios acordados.
Mas, como fazer para evitar esse risco? Ainda que os planos estejam sob a fiscalização do Banco Central e da Susep, cabe a você escolher uma entidade administradora em que confie. Lembre-se que é da sua reserva financeira que estamos falando, portanto, mais do analisar o retorno que está sendo oferecido, procure entender bem os riscos a que você está exposto. Portanto, mais do que se preocupar com o retorno dedique bastante tempo à escolha da instituição onde vai investir, no longo prazo esse é o melhor caminho.
IV – ITEM
Previdência Privada: atenção na contratação de planos
InfoMoney
SÃO PAULO - Depois de algum esforço, você conseguiu achar um espaço no seu orçamento para começar a investir no longo prazo. Como a sua intenção é garantir uma renda complementar ao se aposentar, optou imediatamente pelos planos de previdência. Sem dúvida você está no caminho certo, visto que eles oferecem vantagens fiscais que aumentam à medida que o prazo de investimento cresce.
Assim sendo, se sua intenção é investir para a sua aposentadoria, nada melhor. Mas, se pretende efetuar saques antecipados, deve estar preparado para uma queda no rendimento da aplicação. Pois, neste caso, o benefício fiscal é menor!
Mesmo para quem não pretende sacar o dinheiro antes do início do pagamento dos benefícios, é preciso alguns cuidados na contratação dos planos, como sugere o diretor presidente do IBEDEC (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo), Dr. José Geraldo Tardin.
Flexibilidade reduz risco de saque antecipado
A principal recomendação do presidente do IBEDEC está relacionada à flexibilidade do plano. É importante lembrar que, quanto maior a flexibilidade do plano, menor é a chance de você se ver forçado a resgatar antecipadamente a aplicação. Afinal, em um momento de aperto financeiro você pode, por exemplo, deixar de efetuar as contribuições, ou simplesmente diminuir o valor das mesmas.
Tardin também recomenda aos interessados em contratar um plano de previdência que verifiquem a possibilidade de se antecipar a data de resgate dos benefícios. Esta opção pode ser útil para quem, faltando poucos anos para se aposentar, perde o emprego. Neste caso, antecipar o pagamento dos benefícios é mais vantajoso do que efetuar um resgate parcial antecipado.
É sempre bom lembrar que a flexibilização deve ser vista como uma alternativa para ajudá-lo no seu planejamento financeiro. O seu objetivo deve ser o mesmo: poupar frequentemente com o intuito de formar uma reserva financeira para a sua aposentadoria.
Retorno vale a pena?
Os críticos dos planos de previdência alegam que as taxas cobradas são muito elevadas, o que torna a aplicação pouco atrativa frente aos fundos de investimento. Esta é uma análise simplista da coisa, pois não considera os benefícios fiscais.
Em outras palavras, o retorno que você analisa nos jornais não inclui o pagamento de imposto de renda. E nos planos de previdência você só paga IR no resgate, o que possibilita um crescimento mais rápido do dinheiro aplicado do que nos fundos, onde o imposto é pago a cada seis meses.
É bem verdade que nos planos de previdência você arca, além da taxa de administração, com a taxa de carregamento, mas muitas administradoras já oferecem taxas decrescentes e isentam o investidor que aplica o dinheiro por mais de 2 anos. Assim é importante que, ao escolher o seu plano, procure instituições que ofereçam taxas atrativas de administração dos recursos (até 2,5% ao ano), mas, sobretudo, de carregamento (decrescente de 3% a 0% após 2 anos).
Como tem sido o desempenho?
Para quem mantiver as premissas discutidas acima, ou seja, não sacar no curto prazo e procurar planos com taxas atrativas, a previdência certamente trará um rendimento mais atrativo no longo prazo. Senão, ao menos pelo fato de ajudar na criação do hábito de se poupar regularmente.
Mas de nada adianta pagar menos taxas e impostos, se o desempenho da carteira do seu plano é muito ruim. Os planos em geral se enquadram em três categorias de risco: conservadores, moderados e agressivos. Analise o desempenho histórico do seu plano nos últimos dois a três anos e verifique se efetivamente está alcançando os objetivos de retorno atrativo.
Sobretudo, no caso dos planos mais agressivos, que investem em ações, analise o desempenho por um prazo mais longo, pois é assim que você tem uma idéia mais realista do quanto pode esperar de retorno no longo prazo.
Transparência e segurança
E, falando de investimento no longo prazo, vale recomendar que você tenha absoluta confiança na administradora do plano. Analise com cuidado o histórico da instituição, e tente verificar o grau de solidez da mesma.
Mas não basta ser uma instituição sólida, se a comunicação com o investidor não é direta, transparente. Procure se informar com outras pessoas que já investem com a instituição, verificando se estão satisfeitas com o atendimento prestado.
O IBEDEC lembra que, para garantir um mínimo de segurança aos investidores, a Lei 6.435 de 1977 impõe que as seguradoras e bancos emitam extratos das aplicações e informes sobre o desempenho da carteira de investimento do plano. Com estas informações em mãos, você está preparado para começar a planejar sua aposentadoria.
V – ITEM
Previdência: forma eficiente de transferência patrimonial
InfoMoney
SÃO PAULO - Como já foi discutido anteriormente, um dos grandes atrativos dos planos de previdência complementar é, sem dúvida, permitir que você possa planejar a forma como irá receber o seu benefício. Ao recebê-lo através de renda, você consegue se programar melhor: afinal, pode acomodar seus gastos ao padrão de renda.
Mas as vantagens não terminam aí! Outro aspecto interessante dos planos previdenciários, que ainda é pouco explorado, é o fato de que facilita o planejamento sucessório das pessoas. Como? Simples, ao contratar um plano, você pode definir que a renda que está recebendo seja transferida a outro beneficiário após o seu falecimento.
Mais flexibilidade
Assim, você tem controle sobre quem irá efetivamente receber o dinheiro acumulado através do plano de previdência, pois desde que respeitada a legítima, você pode designar quem quiser como seu beneficiário.
Além disso, como previsto no artigo 791 do Código Civil, você também pode alterar o beneficiário indicado no plano sempre que quiser, o que confere maior flexibilidade ao planejamento sucessório.
Outra vantagem importante reside no fato de que os recursos acumulados no plano são transferidos de forma rápida ao(s) beneficiário(s), uma vez que não estão sujeitos a inventário. Em alguns casos, os herdeiros podem receber o dinheiro do plano em apenas uma semana, e não têm que aguardar o processo de inventário, que leva no mínimo seis meses e, em casos freqüentes, pode se estender por anos a fio.
Economia com tributos
Não se pode esquecer, também, do aspecto custo. Ao optar por transferir seu patrimônio, ou parte dele, através de um plano de previdência privada, você consegue economizar com: tributos, despesas processuais e honorários advocatícios.
Em seminário recente sobre o tema, o presidente da Anapp (Associação Nacional das Entidades de Previdência Privada Aberta), Oswaldo Nascimento, citou alguns exemplos. No Estado de São Paulo, por exemplo, os bens alvo de transferência estão sujeitos ao ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis), cuja alíquota é de 4% sobre o valor da transmissão.
A estes gastos deve se juntar o custo judicial cobrado pelo Estado, que em São Paulo é de 1% sobre o valor da causa, que no caso equivale ao espólio (conjunto de bens, direitos, rendimentos e obrigações) deixado pelo falecido. Isso sem falar, é claro, nos honorários do advogado, que variam de profissional para profissional, mas podem chegar a 20% do valor da causa.
Outra vantagem reside no fato de que as entidades isentam o investidor do pagamento de taxa de carregamento no caso de quantias mais elevadas, como é o caso das pessoas interessadas em transferência patrimonial. Segundo especialistas do setor, o ideal é direcionar entre 10% e 20% do patrimônio para esse tipo de produto, pois essa quantia pode ser rapidamente repassada aos herdeiros, enquanto o resto segue o curso normal do inventário.
Proteção Patrimonial
Por mais que o tema ainda seja polêmico, há consenso de que, devido à sua natureza distinta dos demais investimentos financeiros, os recursos acumulados nestes planos não sejam incluídos no inventário de uma pessoa.
Na prática, antes mesmo do falecimento, isso permite que os recursos aplicados em um PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), não precisem ser incluídos na Declaração dos Bens Patrimoniais da declaração anual de imposto de renda. Tratamento distinto, contudo, é conferido aos valores investidos em VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que nada mais é que um seguro de vida estruturado como plano de previdência. Neste caso, os valores investidos devem ser lançados na declaração de bens da pessoa.
Apesar do tratamento distinto durante a fase de acumulação, a partir do momento em que você passa a receber benefício, ou seja, quando os recursos são transformados em renda, os planos passam a ser considerados como tendo natureza alimentar. Desta forma, como estabelecido pelo artigo 649 do Código de Processo Civil, não são passíveis de penhora ou alienação. Nascimento ressalta, contudo, que operações estruturadas com o intuito de fraudar podem ser consideradas nulas, o que levaria à penhora dos valores recebidos através do plano.


III – BLOCO

Mapa da mina: dicas para quem está começando a investir
InfoMoney
SÃO PAULO - Ninguém se transforma em um investidor bem-sucedido da noite para o dia. Entender o funcionamento do mercado, assim como a sua personalidade enquanto investidor, exige tempo e paciência. E, mais do que tudo, disposição para aprender com os próprios erros! Afinal, se é assim que funciona no mundo real, por que haveria de ser diferente no mundo dos investimentos?
Seguem abaixo os primeiros passos que uma pessoa deve dar ao começar a investir.
Qual é o seu destino?
Uma estratégia de investimento bem-sucedida não é feita por decisões esporádicas e pontuais, e sim de muito planejamento. E, como o objetivo de todo plano é estabelecer onde você está e onde quer chegar, podemos comparar a decisão de investir com a de uma viagem.
Qual é o seu destino (montante)? Em quanto tempo pretende alcançá-lo (prazo)? Quais os recursos com os quais poderá contar (capacidade de poupança)? Estabelecido o seu destino, é preciso planejar como alcançá-lo.
Use um mapa!
Se você vai viajar e não está seguro do caminho, certamente irá se informar, talvez até mesmo compre um mapa: afinal, você precisa entender para onde ir. O mesmo raciocínio vale para a decisão de investir, com a diferença que aqui a informação irá ajudá-lo na sua tomada de decisão.
Por meio da informação, você reduz o componente irracional de suas decisões. Afinal, ao investir é preciso estar preparado para entender tanto os aspectos técnicos (fundamentos financeiros) como os abstratos (finanças comportamentais).
Uma vez que se sinta mais seguro quanto aos conceitos, é hora de definir quais as regras que funcionam para você. Aqui vale a pena lembrar algumas das regras básicas de investimento do milionário Warren Buffet: se não consigo entender, não invisto! Se, de um lado, esse tipo de postura fez com que ele perdesse oportunidades com o avanço da tecnologia, por outro evitou que perdesse muito dinheiro com a explosão de tecnologia em 2000.
Você se conhece bem?
Ninguém, nem mesmo o consultor financeiro mais experiente, conhece você tão bem quanto você mesmo. Assim, na hora de decidir o que é melhor para você, não há ninguém mais qualificado. Isso não significa que você não possa contar com a ajuda de outras pessoas ou profissionais, mas sim que deve confiar em você.
Nesse sentido, vale a pena tentar entender melhor o seu perfil enquanto investidor. Porém, lembre-se que, independente do seu perfil, uma estratégia bem-sucedida de investimento exige que administre seus principais ativos financeiros de forma sistemática e disciplinada.
Conheça seus inimigos
Tenha os amigos perto e os inimigos mais ainda. Pois bem, em investimentos os seus amigos são os livros, artigos especializados e cursos através dos quais aprende a tomar suas decisões de investimento.
No que refere aos inimigos, além dos fatores destruidores de riqueza, não existe nenhum maior do que você mesmo! Surpreso? Não deveria! Afinal, como sugerem os estudos de Finanças Comportamentais, muitas vezes a nossa incapacidade de separar emoções e investimento coloca em risco nossa estratégia de acumulação. Assim, seja honesto consigo mesmo e procure superar o seu viés ao investir.
Defina o seu caminho
Cada pessoa tem uma estratégia distinta, na hora de investir. Algumas preferem diversificar, e não colocar todos os ovos na mesma cesta. Outras abrem mão da diversificação, mas acompanham de perto a sua cesta. Finalmente, existem aquelas que combinam essas duas estratégias.
Se você ainda não possui uma reserva de emergência equivalente a, ao menos, seis meses de despesas, comece com uma carteira de baixo risco. Dependendo dos valores envolvidos, não será fácil diversificar. Uma vez alcançado esse objetivo, e à medida que você aprende sobre o mercado e ganha confiança, novos valores investidos podem ser direcionados para aplicações mais arriscadas.
De qualquer forma, a menos que você tenha acumulado um patrimônio substancial, o ideal é não direcionar mais do que 30% dos seus investimentos em aplicações de risco mais elevado.
Disciplina e perseverança
Pois é, você pode até estar cansado de ouvir isso, mas a verdade é que, na hora de investir, não há nada melhor do que a disciplina e a perseverança. Investir pouco sempre é melhor do que esperar para investir muito.
Além da freqüência do investimento, é importante ter disciplina e seguir o caminho estabelecido. À primeira vista, pode parecer chato, mas lembre-se que você refletiu bastante sobre isso, e que suas chances de ser bem-sucedido aumentam com o prazo do seu investimento. Isso não significa que você não deve rever sua estratégia de tempos em tempos, mas sim que isso deve acontecer apenas quando houver uma mudança nas condições sob as quais definiu a estratégia anterior.
Uma coisa é certa: aprender a investir é uma tarefa que exige investimento constante, e quando o assunto é educação, trata-se de um processo dinâmico. Você precisa estar preparado para isso e, mais do que tudo, para não encarar os seus erros como fracassos, mas sim como novas oportunidades de aprendizado. Vibre quando acertar, mas nunca se esqueça de aprender com os seus erros.
I – ITEM
Na hora de investir o seu dinheiro, o que considerar?
InfoMoney
SÃO PAULO - Depois de muito esforço e algumas tentativas fracassadas, você finalmente conseguiu estabelecer o hábito de poupar. Feliz com a conquista, você se sente inseguro e não sabe ao certo o que fazer com o dinheiro. Afinal, o esforço envolvido foi grande e você teme perder aquilo que conseguiu juntar.
Porém, ao contrário do que muita gente acredita, não existe uma resposta única à questão, uma vez que a decisão de onde investir varia de acordo com o objetivo de cada um de nós.
O que pretende fazer com o dinheiro?
Assim, antes de decidir como investir o seu dinheiro, você precisa ter em mente qual o seu objetivo: você quer comprar uma casa, pagar seus estudos, garantir um pé de meia para emergências? É com base em suas metas que poderá definir, por exemplo, o prazo pelo qual poderá manter o dinheiro aplicado. Prazo este que terá implicações sobre o risco e liquidez da sua aplicação.
Como? Simples: quanto mais tempo (prazo) você tiver para alcançar o seu objetivo, mais risco pode correr, pois caso venha a sofrer perdas, terá tempo para recuperá-las. Raciocínio semelhante permite entender que, quanto maior o prazo, menor a necessidade de liquidez. Para quem não sabe, a liquidez de uma aplicação é determinada como sendo o tempo necessário para transformá-la em dinheiro. Portanto, quando o prazo é longo, você tem mais tempo para isso, e a necessidade de liquidez é menor.
Que tipo de risco quer correr?
É extremamente difícil chegar a uma medida de risco que valha para todas as pessoas, já que cada um encara riscos de uma forma distinta. Podemos usar esportes para ilustrar isso: para alguns, o paraquedismo pode parecer extremamente arriscado, enquanto que para outros é perfeitamente seguro.
Não bastasse isso, muitas vezes a percepção que o investidor tem de si não reflete o seu real perfil de risco. Assim, não são raros os casos de pessoas que se dizem conservadoras, mas que na prática adotam estratégias de investimento excessivamente agressivas, ou vive-versa.
De maneira geral, pode-se afirmar que, se você perde o sono com a oscilação de preço dos seus investimentos, e tem como maior preocupação a proteção do seu dinheiro, o melhor é optar por aplicações mais conservadoras, como a renda fixa, por exemplo. Por outro lado, se você está preparado para as oscilações do mercado e tem como objetivo fazer o seu dinheiro crescer, provavelmente se interessará por aplicações mais arriscadas, como é o caso da renda variável.
Risco não depende apenas do seu Perfil
Porém, ainda que o seu "apetite" para risco seja importante, ele não é o único fator a ser considerado na definição do tipo de risco que você pode correr. Na verdade, o fator mais importante na definição do risco ao qual você pode se expor é a sua situação financeira e patrimonial.
E aqui temos em mente não apenas o quanto você tem disponível para investir, mas também a forma como aplica o dinheiro que acumulou até o momento (o seu patrimônio). O valor a ser aplicado é importante, pois algumas aplicações exigem um valor mínimo de investimento, ou só se tornam lucrativas a partir de uma determinada quantia investida.
A análise da composição do seu patrimônio também é importante, porque determina o grau de liquidez das suas aplicações, o que lhe permite definir o espaço que possui para correr riscos. Para quem não está familiarizado com o termo liquidez, pode ser definido como sendo a rapidez com que um determinado ativo se transforma em dinheiro. Quanto mais líquidas forem as suas aplicações, maior a sua flexibilidade para correr alguns riscos extras.
Por outro lado, se você já tem a maior parte do seu patrimônio investida em ativos de baixa liquidez, então deve optar por aplicações mais líquidas e de baixo risco. A lógica aqui é simples: se você precisar efetuar um resgate de emergência, não pode ter o dinheiro aplicado em ativos de longo prazo, ou que sofrem forte oscilação, pois você pode ser forçado a sacar com desconto ou quando a aplicação acumula perdas.
Melhor retorno possível...
Quando o assunto é dinheiro, todos nós temos o mesmo objetivo: fazê-lo crescer o máximo possível! Exatamente por isso, ao escolher onde investir o seu dinheiro você não pode analisar exclusivamente o retorno que a aplicação oferece.
Este é um erro comum entre os investidores iniciantes. Animados com o bom desempenho do mercado acionário, muitos investidores colocam todo o seu dinheiro nestas aplicações, esquecendo-se que se trata de um investimento com alta volatilidade indicado para quem investe no longo prazo. Passados alguns meses, necessitam sacar o dinheiro, são surpreendidos por um momento de queda da bolsa e forçados a realizar perdas.
Ao tomar esta decisão, o investidor se esqueceu que o retorno passado de uma aplicação NÃO pode ser considerado como garantia de rentabilidade futura. Ainda que não tenha errado ao tentar maximizar o retorno do seu investimento, sua análise deveria ter considerado apenas aplicações que se enquadram ao seu objetivo em termos de: valor aplicado, prazo, liquidez e risco. Somente uma análise dessas variáveis em conjunto permitirá que você tome uma decisão de investimento acertada.
Agora que está mais familiarizado com estes conceitos, é importante que não se esqueça de diversificar a forma como aplica o seu dinheiro. Desta forma, você consegue reduzir o risco dos seus investimentos obtendo a melhor relação de risco e retorno para você. Para uma discussão mais detalhada sobre o tema, clique aqui.
II – ITEM
Na hora de investir, quanto antes melhor!
InfoMoney
SÃO PAULO - Quando o assunto é investimento, existem várias estratégias que podem ser adotadas. Cada uma busca atender a um objetivo específico de investimento. Mas, se existe uma regra que se adapta a qualquer estratégia, é a de que quanto antes você começar a investir, melhor.
Ainda que nunca seja tarde para começar a investir, é inegável que, quanto antes você iniciar, mais poderá usar o tempo a seu favor. Mesmo que já tenha passado dos 50 anos e que só agora tenha percebido que não acumulou nenhuma reserva de emergência, isso não significa que deva simplesmente abandonar este objetivo, pois a segunda regra de ouro no que refere a investimento é que antes tarde do que nunca!
Muitas pessoas acreditam, contudo, que é preciso acumular uma certa quantia para começar a investir, ou que é preciso ter um certo conhecimento, caso contrário, fica-se à mercê dos bancos. Isso não é verdade.
Dinheiro parado é corroído pela inflação
Mesmo quem conta com uma pequena quantia para investir, e pouco conhece do mercado, pode optar pela aplicação em poupança e certamente estará melhor do que se não tivesse investido. Aqui é importante lembrar que dinheiro parado não está protegido, pois é diariamente corroído pela inflação.
Mesmo em aplicações de baixo retorno como a poupança, investir é muito melhor do que deixar o dinheiro parado na conta corrente, ou gastar em consumo, visto que em ambos os casos o patrimônio do investidor provavelmente teria diminuído. Para quem argumenta que o bem consumido poderia sofrer valorização, resta lembrar que, em geral, isso não ocorre e na maioria das vezes as pessoas sequer conseguem vender esse tipo de bem pelo preço que pagaram.
Corrigindo a tempo
O tempo funciona a favor de quem investe, em primeiro lugar porque permite a correção de erros na sua estratégia. Já imaginou começar a investir aos 40 anos, e logo de cara perder boa parte do capital? Neste caso, o tempo que você tem para recuperar o dinheiro perdido é bem menor do que se tivesse começado a investir alguns anos antes.
Além disso, quanto antes você começar a investir mais rápido aprende; conseqüentemente, as perdas decorrentes dos seus erros tendem a ser menores. Em outras palavras: é bastante provável que, ao começar a investir, você logo conte com um volume menor de recursos; portanto, suas perdas tendem a ser menores. E, como em geral aprendemos com nossos erros, quanto antes você se arriscar melhor.
De grão em grão...
Esta é, sem dúvida, a maior vantagem de se investir o quanto antes. Para ilustrar melhor a situação, vamos assumir duas pessoas distintas. As duas optaram pelo mesmo tipo de aplicação em renda fixa, que rende em termos líquidos, por exemplo, 0,64% ao mês.
A primeira pessoa começou a investir aos 20 anos, e efetuou aportes mensais de R$ 500 por 10 anos, depois do que apenas manteve o dinheiro aplicado por outros 35 anos, quando então se aposentou aos 65 anos. Ao final do período, esta pessoa acumulou R$ 1,318 milhão.
Porém, veja o que aconteceria se esta mesma pessoa começasse a poupar, aos 45 anos, o equivalente a R$ 500 por mês, até completar 65 anos. Mesmo tendo feito aportes por 20 anos, ao invés de 10 anos como no caso anterior, ela acumularia uma quantia bem menor, de pouco menos do que R$ 285 mil.
A diferença se deve ao que chamamos de poder multiplicativo dos juros. Mesmo tendo feito aportes menores, de R$ 60 mil, o fato de ter mantido o dinheiro aplicado por 45 anos garantiu o acumulo de uma reserva mais do que quatro vezes maior do que se tivesse feito um porte maior, de R$ 120 mil, mas investisse por apenas 20 anos.
Quando o tempo é benéfico
É importante notar que investir implica em riscos, e que é praticamente impossível garantir que uma aplicação irá pagar um retorno fixo por um período de 65 anos. Porém, o que se pode afirmar com certeza é que, assumindo uma aplicação em renda fixa extremamente conservadora, e isenta de taxas e impostos, pode se isolar o efeito multiplicador dos juros.
Não há dúvidas de que, dependendo da estratégia adotada, você irá correr riscos, e pode até perder parte do patrimônio investido. Muito provavelmente optará ainda pela diversificação de investimentos, o que certamente implicará no pagamento de algumas taxas e impostos, visto que somente a poupança é completamente isenta.
Mesmo sob essas circunstâncias, em que não se pode prever o retorno de forma tão precisa como na ilustração acima, uma certeza é possível ter: quanto antes você começar a investir, maiores as chances de alcançar o seu objetivo financeiro. Pois, pelo menos em investimento, o tempo sempre está a seu favor.
III – ITEM
Não deixe o medo atrapalhar sua estratégia de investimento
InfoMoney
SÃO PAULO - Depois de algum tempo aprendendo a poupar, você finalmente passou para a segunda etapa: a de investir. Porém, diante de tantas opções, é tomado por grande insegurança e, literalmente, "trava": opta por deixar tudo como está!
Console-se. O medo de investir é mais comum do que se imagina. Porém, trata-se de uma situação simples de ser resolvida: você precisa conhecer melhor os riscos, antes de temê-los. Caso contrário perderá boas oportunidades!
Perigo e oportunidade
Eliana Bussinger, especialista em gestão de finanças e autora de publicações sobre o tema, utiliza-se da cultura oriental para definir risco, traduzindo-o como uma mistura de perigo e oportunidade.
Desta forma, fica bastante claro que o medo pode bloquear boas chances de realizar sonhos, que precisam ser planejados com cautela e informação sobre o tema.
E quando se pensa em risco, logo se atribui a culpa a fatores externos: e se o banco "quebrar?", e se a inflação subir?, e se o Governo lançar alguma medida que possa me fazer perder dinheiro?
No entanto, os riscos individuais, que passam quase despercebidos, são também bastante prejudiciais para quem planeja investir.
Riscos Individuais
A maneira de agir ou de reagir a determinadas situações pode afetar, e muito, a boa condução das finanças. Eliana Bussinger destaca algumas atitudes bastante comuns no dia-a-dia, que muitas vezes não são notadas, mas que precisam ser vigiadas e corrigidas por quem quer investir:
 Delegação - representa deixar a tarefa de decidir para outra pessoa. Você pode e deve gerenciar o que é seu e tem condições para isso. No entanto, precisa agir!

 Procrastinação - trata-se do famoso "deixar para amanhã". Com isso, você adia as decisões e, conseqüentemente, a realização de seus objetivos.

 Segurança - o fato de se sentir seguro diante de uma situação, mesmo que seja uma falsa sensação, o impede de mudar. É preciso avaliar periodicamente a sua vida financeira. Mesmo que o momento seja positivo, isto não é motivo para deixar tudo como está.

 Alocação - investir não significa simplesmente colocar todos os recursos que você tem em uma modalidade de investimento e deixar as coisas acontecerem. A forma como aloca seu dinheiro é decisiva para um bom resultado. Opte por diversificar.

 Esquecimento - você precisa acompanhar seu investimento. Confiar os recursos a alguém não dá garantia nenhuma de que sempre lhe oferecerão as melhores perspectivas de rendimento. O dinheiro é seu e cabe a você fazê-lo crescer.

 Paralisia decisória - significa, no momento de investir, travar diante de tantas opções. Na maioria das vezes isso ocorre por insegurança, nutrida pela falta de informação.
Riscos do mercado financeiro
Não há como negar que os riscos atrelados a fatores externos (e alheios à vontade de cada indivíduo) existem. O mercado financeiro possui alguns aspectos importantes que podem afetar um investimento, e você deve conhecê-los.
O momento político que um determinado país atravessa e a forma como é conduzido pelo governo, seus índices de inflação, as taxas de juro e as leis que regem determinada nação são alguns aspectos que podem afetar este mercado.
Entretanto, não se trata de um motivo a mais para temer a tarefa de aplicar melhor seus recursos. A melhor forma de gerenciar riscos e aproveitar oportunidades é mesmo através da informação. Quanto mais você buscar conhecer o assunto, melhor poderá gerir suas finanças e saberá "temer" na dose certa.
Inclui-se aqui o hábito de interessar-se um pouco mais pela economia brasileira, estar a par dos acontecimentos políticos e conhecer melhor as opções de investimento oferecidas pelo mercado.
Portanto, antes de consultar o gerente de seu banco sobre o caminho a tomar, é importante que você tenha em mente onde quer chegar e quais os meios que dispõe para isso. Esta é uma boa, e segura, forma de começar!
IV – ITEM
Como você se sente com relação ao dinheiro?
InfoMoney
SÃO PAULO - Um dos principais objetivos da educação financeira é ajudar as pessoas a estabelecerem uma relação mais saudável com o dinheiro. Ao entender melhor o funcionamento dos produtos, você aprende a tomar decisões inteligentes para o uso do seu dinheiro, o que se traduz em benefícios financeiros e favorece ainda mais o seu relacionamento com ele.
Mas, antes de chegar lá, você precisa fazer uma análise sincera do que sente quando ouve a palavra "dinheiro". Em seu livro "It´s more than money, it´s your life", que em português pode ser traduzido como "É mais do que dinheiro, é a sua vida!" as autoras norte-americanas Candance Bahr e Ginita Wall propõem um exercício bastante interessante para tentar avaliar os sentimentos de uma pessoa para com o dinheiro.
Como você se sente?
As autoras desenvolveram uma tabela (ver abaixo) com duas colunas, na qual listam uma série de sentimentos que as pessoas têm em relação ao dinheiro. Feito isso, sugere-se que a pessoa marque nas duas colunas as palavras com as quais mais se identifica.

Coluna A - Positivo Coluna B - Negativo
Seguro Desorientado
Auto-confiante Enfraquecido
Em controle Pobre
Amado Culpado
Respeitado Desvalorizado
Dominante Preocupado
Independente Dependente
Em harmonia Inibido
Tranqüilo Restrito
Satisfeito Indefeso
Flexível Deprimido
Bem-sucedido Limitado
Rico Descontrolado
Capaz Solitário
Completo Sobrecarregado
.tabela { COLOR: #353535; FONT-FAMILY: Verdana, verdana, Arial; FONT-SIZE: 8pt; LINE-HEIGHT: 8pt; MARGIN-BOTTOM: 10pt;}
Você tem um sentimento positivo ou negativo com relação ao dinheiro? Quanto mais palavras da coluna "A" você tiver selecionado, mais positiva é a sua atitude com relação à sua situação financeira. Em contrapartida, quanto mais palavras você tiver circulado na coluna B, maior deve ser o seu esforço para melhorar a forma como se relaciona com o dinheiro.

Recuperando a confiança
Para isso, elas propõem que você use os adjetivos incluídos na coluna A para superar os sentimentos negativos da coluna "B". Como? Simples. Concentre-se nas características que você identificou na coluna A e identifique soluções para os temores que marcou na coluna B. Por exemplo: se você circulou na coluna B a palavra "Descontrolado", porque você gasta de forma compulsiva, procure refletir sobre como resolver o seu problema. Mas, ao propor uma solução, comece com "Eu posso":
 Eu posso...fazer uma planilha de controle dos meus gastos, para tentar entender melhor o quanto do meu orçamento está sendo desperdiçado;

 Eu posso...estabelecer uma meta de gastos extras mensais;

 Eu posso... estimar o total das minhas dívidas e tentar estabelecer um plano de quitação;

 Eu posso...só gastar aquilo que ganho;

 Eu posso...só fazer compras à vista e com dinheiro etc.
As autoras defendem que, após elaborar uma lista de soluções da forma acima, selecione aquelas que você efetivamente acredita poder seguir e utilize-as para estabelecer um plano financeiro próprio.

Com o tempo, você irá recuperar a sua confiança em sua capacidade de se relacionar com dinheiro e se identificará com mais palavras da coluna A. Sem perceber, você conseguirá mudar a forma como se sente em relação ao dinheiro, o que certamente irá contribuir para a sua independência financeira e um futuro mais tranqüilo.

IV – BLOCO

Pensando em seu futuro: comece desde já a planejar sua aposentadoria
InfoMoney
SÃO PAULO - Se você é jovem, estudante ou recém-formado e ainda não está casado, certamente deve ter uma infinidade de planos para a sua vida. Coisas do tipo: comprar uma casa na praia, ter um apartamento em uma região nobre da cidade, fazer várias viagens, ou cursos para reciclagem profissional etc.
Para que tudo isto se torne realidade, não tenha a ilusão de que é só achar uma lâmpada, esfregá-la e esperar que saia dali um gênio lhe dando direito a três pedidos. Não, para alcançar tais objetivos é necessário que você tenha em mente uma palavra muito importante: planejamento. E quando falamos em planejamento, estamos falando tanto de planejamento de curto quanto de longo prazo.
A importância de se pensar no longo prazo
Mas como isto funciona? Bem, vamos começar a partir de uma situação simples, na qual todo o mês você tem uma determinada renda. Para que você consiga planejar de forma adequada as suas finanças durante toda a sua vida, é importante que você destine parte de sua renda para a alocação no curto prazo. Afinal de contas, todos nós temos que arcar com gastos com alimentação, transportes, lazer etc.
É muito importante, também, que uma outra parcela de sua renda seja destinada para o futuro, de forma a garantir a sua renda pós-aposentadoria. Neste ponto você deve estar se perguntando: como assim, aposentadoria? Mal entrei no mercado de trabalho e já começo a pensar em quando vou me aposentar? A resposta é sim, uma vez que o futuro, como você bem sabe, é um assunto sério e, assim, deve ser tratado de igual maneira.
Além disso, quando você começa a acumular dinheiro, não necessariamente você desfrutará deste capital apenas depois de sua aposentadoria. Na verdade, você pode retirar parte do dinheiro investido antes mesmo de se aposentar, para resolver algum problema financeiro ou mesmo para realizar algum de seus "sonhos de consumo".
Onde, então, aplicar o meu dinheiro?
Tendo isto esclarecido, cabe a pergunta: onde então devo guardar o meu dinheiro? Bom, a primeira coisa que poderia vir à sua cabeça poderia ser a caderneta de poupança. Afinal de contas, você já teve estar mais familiarizado com este tipo de aplicação, até mesmo porque seus pais, avós, tios etc. certamente a utilizavam para guardar suas "economias". Porém, antes de pegar o seu dinheiro e aplicar na poupança, você deve fazer um exercício de comparação.
Isso mesmo! Você não entendeu errado! Atualmente, existem várias alternativas de investimento, que podem ser bem mais interessantes do que a tradicional caderneta de poupança. Uma destas alternativas são os chamados planos de previdência privada, que são comercializados tanto por seguradoras quanto por bancos, e que aplicam seus recursos de maneira variada, mas em geral garantem uma rentabilidade maior que a poupança. Especialmente se a intenção é investir por prazos mais longos de tempo.
Mas é preciso ir com calma, já que existem vários tipos de planos de previdência, que diferem entre si pelo rendimento, pelo tratamento fiscal etc. Dessa maneira, é preciso ter em mente qual o plano que melhor se adapta ao ser perfil e necessidades, comparando benefícios e custos.
Quanto mais cedo, melhor
Quando o assunto é planejamento de sua renda no longo prazo, então alguns fatores devem ser levados em consideração. Dentre os vários aspectos a serem analisados na hora de decidir quando e onde colocar os seus recursos, os mais importantes são os seguintes:
Tempo de contribuição ao fundo:
Este é o período conhecido como fase de acumulação, já que é nesta ocasião que o seu dinheiro está rendendo. A duração do período de acumulação depende, basicamente, de dois fatores: em primeiro lugar, com quantos anos você começou a contribuir e, segundo, com quantos anos você deseja se aposentar. A regra geral é que quanto maior o período de acumulação, maior tende a ser a sua renda no futuro.
Dessa maneira, quanto antes você começar a contribuir para algum fundo, melhor, já que isto tende a aumentar o efeito multiplicador dos juros, além de elevar o seu patrimônio total, sobre o qual incidirão os juros. A idade de saída, por sua vez, determina quanto tempo os recursos acumulados terão que durar para lhe garantir um sustento. Quanto maior a sobrevida, mais tempo o dinheiro terá que durar, e, portanto, maior deverá ser o montante acumulado se você quiser garantir o recebimento de uma determinada renda após se aposentar.

 Fase de benefícios:
Neste período, você estará basicamente recebendo a renda proveniente do seu período de acumulação. A maior parte dos planos de previdência dá ao participante a opção de se programar para receber o benefício de uma só vez, ou então através de uma renda mensal.
Caso você opte pelo recebimento de uma renda mensal, existem formas distintas de pagamento, que variam apenas na duração (vitalícia ou temporária), e na possibilidade de reversão desses benefícios para outras pessoas no caso da sua morte.
Na ponta do lápis
Certamente você já ouviu a expressão ao investir no longo prazo você faz o dinheiro trabalhar para você. Mas, será que você tem uma idéia clara do que isso significa? Na prática isso quer dizer que, quanto antes você começar a poupar, por mais tempo manterá o dinheiro aplicado, e maior será o peso dos juros no total acumulado.
Assim, por exemplo, como ilustrado abaixo, se poupar desde os 25 anos para alcançar R$ 1 milhão ao se aposentar aos 65 anos, então 25% do total acumulado será derivado da sua poupança mensal, e 75% do poder multiplicador dos juros.
Por outro lado, se esperar até os 45 anos para começar o seu esforço, então para juntar o mesmo patrimônio, sem correr riscos extras, terá que poupar quase quatro vezes mais do que no exemplo anterior. Apesar disso, do total acumulado, os juros serão responsáveis por 47% do total. Em outras palavras, o fato de ter investido por menos tempo fez com que o poder multiplicador dos juros fosse menor, e você tivesse que trabalhar mais do que o seu dinheiro.
Outro ponto importante de se investir por um prazo mais longo é que isso permite rever possíveis erros na hora de investir o seu dinheiro. Diante disso, deixar para amanhã o que pode ser feito hoje é a pior decisão para o seu futuro que pode tomar, então por que esperar?
I – ITEM
Dicas para planejar a sua aposentadoria
InfoMoney
SÃO PAULO - Por mais que as pessoas estejam vivendo mais, isso ainda não se refletiu no mercado de trabalho, de forma que, com exceção de quem tem um negócio próprio, a aposentadoria muitas vezes é obrigatória e não acontece após os 60 anos.
Diante dessa realidade, planejar a aposentadoria é algo cada vez mais importante e, ao contrário, do que a maioria das pessoas imagina, não precisa ser uma tarefa árdua. Para ajudá-lo, selecionamos abaixo algumas dicas do que levar em consideração na hora de elaborar o seu planejamento.
 O que você quer
A primeira etapa de qualquer planejamento financeiro é definir onde você quer chegar, em outras palavras, o seu objetivo. No caso da sua aposentadoria, não poderia ser diferente: sem um objetivo em mente, você não tem como traçar um plano de execução.
Portanto, comece refletindo sobre questões bastante básicas como, por exemplo, quando você pretende se aposentar. Essa é uma variável importante para o planejamento da sua aposentadoria, que não pode ser esquecida. Um erro comum entre as pessoas é decidir parar por impulso, em geral, porque se sentem desmotivadas no emprego, ou fisicamente cansadas. Você pode não acreditar, mas alguns anos podem fazer muita diferença em termos de planejamento.
Com que receitas você poderá contar?
Nos dias de hoje contar, com a Previdência Social para se sustentar na aposentadoria é uma estratégia extremamente arriscada. Em geral, recomenda-se assumir que a Previdência irá responder por, no máximo, 20% da sua renda na aposentadoria virá desta fonte.
Com que outras fontes de renda você poderá contar? Por acaso você contribui para um plano de previdência corporativo, ou para um plano individual, de forma que poderá contar com esses benefícios ao se aposentar? Afora os investimentos em previdência complementar, você consegue identificar outras fontes de renda financeira?
Some tudo e procure estimar com o quanto poderá contar ao se aposentar. A diferença terá que ser equilibrada com renda de trabalho, ou seja, você terá que se manter na ativa, ou através de uma redução no seu padrão de vida.
Estime o quanto precisará juntar
Sonhar com uma aposentadoria tranqüila é uma coisa, estimar o quanto ela irá lhe custar é outra bem distinta. Comece estimando o padrão de gastos que terá ao se aposentar. Ainda que algumas despesas devam cair, como os gastos com filhos, outras devem subir, como os gastos com saúde.

Ainda assim, na maioria dos casos, os gastos após a aposentadoria tendem a cair em até 20%. Na hora de fazer as contas do quanto precisará juntar, seja conservador. Você provavelmente irá viver mais do que imagina, portanto, projete sua necessidade de renda assumindo que irá viver ao menos até os 90 anos.
Quanto poupar para atingir esse patrimônio?
Uma vez definida a sua meta de patrimônio ao se aposentar, é hora de calcular como irá alcançar essa meta. Com base na sua data de aposentadoria, estime quanto tempo ainda tem para acumular esse patrimônio.
Traduza isso em termos de uma poupança mensal. Para tanto, é preciso fazer uma previsão de retorno para o dinheiro investido. Seja conservador, e assuma um retorno anual de 6% acima da inflação, ou, 0,486% ao mês. Para ajudá-lo nessa conta, utilize a nossa calculadora e objetivo.
Comece o quanto antes e seja regular
O ideal é que você comece o quanto antes a investir. Mas, se ainda não começou, lembre-se de outro ditado: antes tarde, do que nunca! Para quem tem dificuldade em estabelecer uma estratégia de poupança, o ideal é estabelecer alguma forma de investimento automático.
Uma boa opção são os planos de previdência, sobretudo, os corporativos, pois trabalham com o conceito de contribuições mensais. Além disso, sob as novas regras de tributação, o investidor se beneficia de alíquotas decrescentes quanto maior o prazo de investimento.
Coloque seu plano em ação
Com todas essas informações em mãos, é hora de agir! Se você constatou que não consegue poupar o necessário para juntar o patrimônio necessário antes de se aposentar, reveja seus planos. Provavelmente você terá que se aposentar mais tarde.
E, como poupar nada mais é do que decidir adiar uma decisão de consumo, você terá que refletir se vale a pena manter o seu estilo de vida hoje, em detrimento do seu padrão na aposentadoria. Ou se, alternativamente, não seria melhor cortar gastos hoje, de forma a poder se aposentar na data planejada.
Reveja periodicamente sua estratégia
De tempos em tempos, avalie o seu planejamento. Você está alcançando as suas metas, ou não? Será que é preciso revê-lo? Seu salário aumentou, não vale a pena aproveitar o momento e poupar mais do que o planejado?
Lembre-se: ainda que o seu objetivo seja o mesmo, isso não se aplica às suas metas de poupança, que devem ser ajustadas para refletir o seu ciclo financeiro. O ideal é que você poupe mais quando pode, para fazer frente aos momentos de maior dificuldade financeira.
Agora que você tem uma idéia geral do processo, que tal arregaçar as mangas e começar? Nada de desespero! Lembre-se: o objetivo aqui não é o descontrole emocional, mas sim garantir que com um pouco de planejamento você tenha sim controle sobre o seu futuro financeiro.
II – ITEM
Aposentadoria: planeje o resgate do seu patrimônio
InfoMoney
SÃO PAULO - Uma aposentadoria tranqüila exige mais do que o acúmulo de um patrimônio: é preciso saber administrá-lo. Uma gestão eficiente exige uma boa estratégia de investimento e o planejamento dos resgates, que serão efetuados.
Além de garantir a maior duração do seu patrimônio, o planejamento da taxa de resgate mensal permite que você, caso queira, defina o quanto pretende deixar de herança. A taxa de resgate não é função apenas do seu patrimônio acumulado, mas também das outras fontes de renda (ex. previdência, aluguel etc.) que planeja ter ao seu aposentar e do estilo de vida que pretende manter.
Qual será o seu custo de vida?
Um erro comum entre as pessoas, ao planejar a sua aposentadoria, é acreditar que estão poupando para um futuro melhor. Isso não é verdade. Ao poupar, você está apenas garantindo sua capacidade de manter o seu padrão de vida quando parar de trabalhar.
Faça as contas. Calcule qual a renda que você precisaria ter ao se aposentar para manter o seu estilo de vida. Feito isso, compare o resultado com a renda que você acredita que poderá contar do recebimento de benefícios da Previdência Social e do plano privado que contratou. O ideal é que a diferença seja coberta pela renda financeira líquida (já descontado imposto) obtida do patrimônio que acumulou.
Mas, se isso não for suficiente, é possível que você acabe resgatando uma quantia maior o que, aos poucos, acaba erodindo o seu patrimônio e colocando em risco a sua capacidade de sobreviver durante a aposentadoria.
Expectativa de vida e inflação
Esta é uma variável importante no planejamento da sua taxa de resgate, pois define por quanto tempo o seu patrimônio deve durar. Ainda que seja possível verificar a expectativa de vida do brasileiro por idade e sexo no IBGE, é provável que você acabe vivendo mais do que isso.
Basta ver que a última tábua divulgada prevê que uma pessoa hoje entre 30 e 40 anos tem uma expectativa de vida que varia entre 72 e 79 anos. Mas isso reflete uma média, de forma que, quanto maior a sua renda e qualidade de vida, maiores as chances de você viver pelo menos 10 anos a mais do que o previsto, o que teria um impacto na sua renda.
Nos EUA, a maioria dos consultores financeiros já planeja que os seus clientes irão sobreviver pelo menos até os 90 anos (homens) e 95 anos (mulheres). Pode parecer exagero, mas vale a pena avaliar o impacto que uma sobrevida deste tipo teria no seu patrimônio, e na taxa de resgate permitida.
Qual a taxa de resgate?
Muito vai depender do tipo de retorno que você vai ter para os seus investimentos. Porém, como estamos falando de planejamento, o melhor é adotar uma postura conservadora. Assim, projete um retorno entre 4-6% acima da inflação ao ano.
A questão agora é saber qual será o imposto de renda sobre este rendimento. Sob as regras atuais, a alíquota pode variar de 15% a 22,5%, uma vez que assumimos que quem aplicou em previdência não irá efetuar resgates antes de 6 anos, prazo no qual a alíquota já cai para 20%.
Desta forma, pode-se estimar que o retorno líquido acima da inflação para os vários cenários de alíquota ficaria entre 3,1% e 5,1%. Assim, uma taxa de resgate neste intervalo parece adequada.
Diante destes números, reveja o seu planejamento. Definida a renda necessária, veja se resgatar entre 3% e 5% do patrimônio ao ano garantirá o seu padrão de vida. Agora refaça as contas, assumindo que vai viver até os 90 anos. Frente aos novos números, avalie o que precisa ser revisto no seu planejamento.
III – ITEM
Tranqüilidade financeira ou viver em estilo: qual o seu objetivo ao se aposentar?
InfoMoney
SÃO PAULO - Todos os dias somos forçados a tomar decisões que podem ter um impacto significativo nas nossas vidas. Mas, será que estamos preparados para tomar as decisões necessárias para que nossas escolhas sejam possíveis?
Vejamos o exemplo da pergunta: ao se aposentar, o que você gostaria de alcançar? A maioria das pessoas provavelmente escolheria aposentar-se em estilo. Mas, será que estamos preparados para tomar as decisões que permitem o alcance deste objetivo?
Nos dois casos é preciso planejar
Nosso primeiro instinto é dizer que sim. Mas, antes de responder a isso, é preciso entender o que faz a diferença entre ter uma aposentadoria financeiramente tranqüila e outra em estilo? Certamente planejamento financeiro não é a resposta, pois nos dois casos ele é necessário.
Muita gente acredita que o planejamento da aposentadoria começa aos 40 anos, quando faltam cerca de 20-25 anos para nos aposentarmos. Mas, a verdade é que um planejamento eficiente começa bem antes: no primeiro dia em que você começou a trabalhar.
Você pode até não ter percebido, ou tido consciência disso, mas o planejamento da sua aposentadoria começou há anos: quando aprendeu a tomar decisões inteligentes para o seu dinheiro. Na época não pareceu muito, mas aos poucos você foi percebendo uma das regras mais importantes do planejamento: mais do que o montante investido, o importante é a regularidade do investimento.
Até aí tudo bem, você já entendeu. Mas, como superar o objetivo inicial de alcançar a tranqüilidade financeira e se transformar em alguém realmente rico. Para quem questiona o porquê de uma pessoa que tem esta resposta ainda estar trabalhando, vale a dica: talvez eu não esteja preparada para tomar as decisões necessárias para atingir este objetivo.
Sucesso vem do conhecimento
Pois bem, se o primeiro passo necessário a uma aposentadoria tranqüila ou em estilo é aprender a planejar e, conseqüentemente, poupar, o que mais é preciso? São precisos mais dois passos. O segundo é até relativamente simples, e se você está lendo esse artigo, provavelmente você já está fazendo algo do tipo. Afinal, o segundo passo é investir na sua capacitação.
Para isso, leia o máximo que puder sobre investimentos, livros e artigos, participe de eventos especializados, faça um curso de especialização, etc. Aos poucos, você começa a entender a estratégia de grandes investidores como Warren Buffett, por exemplo, e aprende a definir uma em linha com o seu estilo e necessidade.
À medida que ler sobre esses grandes investidores, você perceberá que boa parte do sucesso se deve ao fato de terem comprado ativos de qualidade quando estavam baratos, e mantido a sua estratégia. Os investidores bem sucedidos aplicaram em empresas que tinham perspectivas positivas, mas isso era algo que poucos sabiam.
Diferencial está na avaliação dos riscos
Se você já fez tudo isso, e ainda não ficou rico, então é porque ainda não conseguiu dar o terceiro e último passo. Esse é também é o mais difícil deles. Para ficar realmente risco, mais do que entender o funcionamento do mercado, você precisa saber avaliar quando ele está superestimando ou sub-avaliando um determinado risco.
Para tanto, você precisa estar preparado para ignorar o que o mercado faz ou pensa, para comprar rumor e vender fato. Para quem investe em ações é preciso estar preparado para absorver uma queda significativa na sua carteira com a tranqüilidade: afinal, você sabe que o mercado está superestimando o risco.
Você precisa estar preparado para ler uma manchete de jornal, que a princípio coloca em risco suas aplicações, e não tomar decisões precipitadas. Além de aprender a avaliar o risco, para ser realmente rico você precisa aprender a aceitar seus erros, e crescer com eles. Afinal, até mesmo os maiores investidores já erraram em algum momento.
Mas, se você ainda está disposto a ouvir a opinião de alguém, lembre-se: algumas coisas que parecem arriscadas, efetivamente o são. Algumas ações de empresas de transporte aéreo são bons exemplos disso.
IV – ITEM
Expectativa de vida: como ela afeta o planejamento da sua aposentadoria?
InfoMoney
SÃO PAULO - Preocupado com o futuro você começou, desde cedo, a planejá-lo. Tanto já se sente confortável que, quando parar de trabalhar, terá acumulado um patrimônio adequado para manter o seu padrão de vida.
Em seu planejamento, você assumiu que os seus investimentos irão render 6% acima da inflação ao ano. Mas, como não sabe ao certo a alíquota sob o qual este rendimento vai ser tributado, você planejou não resgatar mais do que 4% ao ano do patrimônio que acumulou.
Seu planejamento parece perfeito, não fosse o fato que planejou viver até os 80 anos. Por mais que, aos 40 anos, isso pareça muito, é provável que você viva mais do que isso, sobretudo se for mulher. Isso porque a expectativa média de vida das mulheres brasileiras é, em média, seis anos e meio superior a dos homens.
Quanto você vai viver?
Esta é uma pergunta difícil de responder, pois não está sob o seu controle, pelo menos não inteiramente. Porém, uma análise dos seus familiares pode lhe dar uma indicação da longevidade familiar, assim como o estilo de vida e cuidados com a saúde que você mantém.
Se o seu pai era fumante, sedentário e faleceu aos 70 anos, é provável que você, que corre diariamente e não fuma, tenha uma vida mais longa. Não só devido aos hábitos mais saudáveis, mas também devido aos avanços da medicina. Atualmente, a expectativa média de um brasileiro com idade entre 30 e 40 anos varia entre 72 e 79 anos. De forma que parece razoável assumir que você viverá até os 80 anos.
Porém, o que se constata é que a expectativa de vida, no mundo todo, vem crescendo de forma assustadora. Tanto que, em muitos países, os próprios governos ao planejarem o desembolso que terão com os aposentados já consideram uma sobrevida de pelo menos 90 anos, ou seja, uma década a mais do que você planejou.
Na ponta do lápis
Mas, o que esta década a mais faria para o seu planejamento? Vejamos o caso de uma pessoa que se aposentou aos 60 anos com R$ 500 mil, e que planeja ter um retorno de 6% ao ano acima da inflação nas suas aplicações. Considerando uma alíquota de 15% de imposto de renda, já que é provável que se trate de investimento de longo prazo, estamos falando de um retorno líquido de 5,1% ao ano, ou 0,41% ao mês.
Caso a pessoa planeje utilizar integralmente o patrimônio acumulado durante os 20 anos, que planeja viver após a aposentadoria, seria possível ter um resgate mensal de R$ 3.295. Caso planeje deixar uma herança de R$ 100 mil para os filhos, o saque mensal cai para pouco mais de R$ 3 mil. Ou seja, a decisão de deixar, ou não, uma herança, causou uma diferença de 7,4% na sua renda.
E se você vivesse mais dez anos, o que isso faria para a sua renda? Nesse caso sua renda cairia 21% para R$ 2,6 mil (assumindo que não deixe herança), ou quase três vezes mais do que a redução necessária para deixar uma herança para os seus filhos. É provável que, com o passar do tempo, você percebesse o erro cometido. Mas aí fica mais difícil ajustar o seu planejamento.
O ideal é que avalie esta possibilidade agora, que ainda está poupando para a sua aposentadoria. Caso contrário, ao invés de deixar uma herança para os seus filhos, você acabaria tendo que depender deles para garantir o seu padrão de vida.


V – BLOCO

Erros que podem comprometer a sua aposentadoria
InfoMoney
SÃO PAULO - Para a maioria das pessoas, o planejamento da aposentadoria termina quando elas deixam de trabalhar. Afinal, tendo acumulado uma reserva adequada, acreditam que não seja preciso se preocupar com o futuro. Mas, não é bem assim!
Ainda que o planejamento na fase de acumulação (como é conhecido o período no qual você ainda está na ativa e poupa para acumular um patrimônio) seja importante, ele não é suficiente para garantir seu futuro. Afinal, a sua tranqüilidade vai depender da forma como irá administrar estes recursos após a aposentadoria: o que inclui não só a decisão de onde investir, como a definição do quanto sacar mensalmente.
O que afeta a duração do seu patrimônio?
São comuns os casos de aposentados que, animados com a maior disponibilidade de tempo, acabam sacando uma parcela significativa do seu patrimônio nos primeiros anos de aposentadoria, o que acaba comprometendo a sustentabilidade do patrimônio. Em outras palavras, se este ritmo de resgate for mantido, muito provavelmente o patrimônio não durará o tempo previsto.
De maneira geral, os especialistas em gestão patrimonial concordam que a duração do seu patrimônio será função de quatro fatores:
 Taxa de resgate mensal
Deve ser expressa em termos do valor do patrimônio inicial, ou seja, aquele que você tiver acumulado ao se aposentar. Por mais que os juros estejam elevados, e que seja possível investir em renda fixa e obter um ganho líquido superior a 1% ao mês, isso não significa que você possa sacar integralmente o rendimento que obteve.
Em primeiro lugar porque, como já discutimos anteriormente, o patrimônio precisa ser preservado da erosão causada pela inflação. Além disso, é preciso conservadorismo na definição do retorno de longo prazo do seu patrimônio: o ideal é projetar que o patrimônio terá um retorno de 5% ao ano acima da inflação. Na prática isso equivale a dizer que você pode sacar até 5% do seu patrimônio sem comprometer a sua sustentabilidade.
Contudo, esta hipótese não assume um valor residual do patrimônio. Porém, caso o retorno da carteira seja maior, de 6% acima da inflação, o diferencial de 1% poderá ser deixado como herança para os seus beneficiários. Alternativamente, pode-se considerar este valor excedente como uma reserva para possíveis gastos extraordinários, sobretudo na área de saúde, que são bastante comuns no caso de pessoas idosas.
Forma como o patrimônio é investido
Ainda que, ao se aposentar, muito provavelmente a sua expectativa de vida supere os 10 anos, o que é considerado como sendo longo prazo, isso não significa, contudo, que não seja preciso rever a sua estratégia de investimento e reduzir a parcela direcionada em ativos de risco.
Afinal, você agora terá que viver da renda deste patrimônio, de forma que é importante dar preferência para ativos líquidos e de baixo risco, que possibilitem rápido redirecionamento caso o cenário econômico exija. Afinal, é preciso fazer o seu dinheiro render após a aposentadoria.
Imagine, por exemplo, a situação de uma pessoa que acumulou um patrimônio de R$ 600 mil, e que se planejou para sacar 5% deste patrimônio no ano, o que equivaleria a R$ 30 mil. Imagine que este aposentado tenha 30% do seu patrimônio em ações, e que em determinado mês o Ibovespa registre queda de 5% e que o restante do patrimônio esteja em renda fixa rendendo 1,5% ao mês. O retorno no mês do patrimônio seria negativo de 2,7%.
Mesmo que esta perda seja temporária, como o aposentado vive da renda destas aplicações, terá que sacar o dinheiro. Como, diante da queda de valor da parcela investida em ações, ao final do mês o valor do patrimônio será menor, na prática o saque efetuado naquele mês será superior ao resgate planejado de 5%. Quanto mais tempo esta queda durar, maior será o volume de perdas realizadas, e mais difícil a recomposição do patrimônio.
Prazo de duração do patrimônio
Este prazo nada mais é do que a sua expectativa de vida. Mas, caso seja casado (a), o mais aconselhável é que considere a expectativa de vida do cônjuge mais novo. Ou seja, se você já tem 70 anos (expectativa é de 13,1 anos), mas o seu cônjuge ainda está com 65 anos (a expectativa é de 18,5 de expectativa), é a expectativa dele que deve ser usada e não a sua.
Afinal, a menos que queira que ele volte a trabalhar quando você vier a falecer, o ideal é que o patrimônio dure enquanto ele estiver vivo. Um erro de cinco anos, que equivale à diferença de expectativa de vida entre o marido e a esposa, teria um impacto significativo no planejamento.
Voltando ao exemplo acima, imagine que o patrimônio de R$ 600 mil foi acumulado com a expectativa de renda 4% acima da inflação e para durar 20 anos. Neste caso, seria possível ter uma renda de R$ 3,6 mil. Mas se o prazo for 5 anos maior, esta renda cai para R$ 3,1 mil. Pode não parecer muito à primeira vista, mas quando acumulado pelo prazo de 20 anos, equivale a R$ 120 mil, que é a quantia que poderia ter deixado para a sua esposa viver após o seu falecimento.
Herança que pretende deixar
Ninguém tem obrigação de deixar herança para outra pessoa. Mas, em alguns casos, esta é uma meta pessoal, de forma que é preciso levá-la em conta. A forma mais fácil de assegurar um valor residual para o seu patrimônio, é sacar menos do que os 5% discutidos acima. Um resgate entre 3% e 4% do patrimônio permitirá que você assegure uma herança para os seus beneficiários sem maiores dificuldades.
Não é difícil ver que um erro na definição de alguma das variáveis acima pode comprometer significativamente sua Qualidade de vida durante a aposentadoria. Exatamente por isso, mesmo que já esteja aposentado, e só agora tenha consciência de ter cometido alguns erros de planejamento, saiba que nunca é tarde para rever a sua estratégia de investimento. Boa sorte!
I – ITEM
Finanças pessoais: metas de poupança devem ser revistas periodicamente
InfoMoney
SÃO PAULO - Nos dias de hoje, quando as pessoas são diariamente incentivadas a realizar um sonho de consumo imediato, ao invés de planejar seus gastos, poupar é cada vez mais uma tarefa para poucos. Mesmo as pessoas comprometidas em poupar regularmente podem acabar fracassando, seja porque estabeleceram metas pouco realistas de poupança, ou porque sua situação financeira mudou.
Assim como em uma dieta, não adianta você estabelecer regras muito rígidas, porque certamente irá se desanimar. Estabelecer uma estratégia de poupança programada exige perseverança e, mais do que tudo, objetivos claros e realistas. Exatamente por isso as estratégias bem sucedidas de poupança programada envolvem a revisão periódica das metas de poupança.
Ao longo da vida, todos nós passamos por mudanças significativas em nossa situação financeira, já que nossos ganhos tendem a aumentar à medida em que crescemos profissionalmente, mas o mesmo tende a acontecer com as nossas despesas. Daí a importância de se rever periodicamente suas metas de poupança, de forma a garantir que você não irá desistir no meio do caminho.
Dentre as variáveis que podem influenciar o padrão de poupança de um indivíduo podemos citar: a idade, o estágio da carreira profissional, situação civil, número de dependentes, patrimônio já acumulado, etc.
Começar é o mais difícil
Se você está começando agora o seu programa de poupança programada, a primeira coisa a fazer é montar uma planilha detalhada com seus gastos mensais. Com base nesta planilha, estime o quanto sobra no final do mês, mas seja realista, e faça esforços, senão o mais provável é você acabar vendo que não sobra nada!
O cálculo do montante disponível para poupança mensal deve ser feito com base apenas nas despesas correntes que você tem, excluindo-se gastos de consumo que não sejam absolutamente necessários. Reveja seu orçamento e estabeleça como meta poupar pelo menos 2-3% do que ganha todos os meses.
Caso isto não seja possível, estabeleça alguns cortes. Não é difícil achar "gordura" no orçamnto que compense os 2-3% que pretende poupar. À medida em que se sentir confortável com o seu novo orçamento, você pode rever este percentual para cima, de forma que o mesmo passe a refletir com maior precisão sua realidade financeira.
Uma dica de ouro é assumir que o seu salário líquido é menor do que o que efetivamente tem, ou estabelecer alguma forma de investir diretamente do seu salário, por exemplo, estabelecendo um sistema de depósitos mensais em seu fundo de investimento, ou na poupança.
Para quem está iniciando a carreira
Se você está começando agora sua carreira profissional, e ainda está solteiro (a), então o melhor é começar aos poucos. Estabeleça como meta mínima de poupança algo entre 3-5% da sua renda mensal.
Em geral fazem parte deste grupo pessoas mais jovens que acabaram de conseguir sua independência financeira, e que, por isso mesmo, têm necessidades de consumo reprimidas. Neste caso é recomendável que se estabeleça inicialmente um percentual mais baixo de poupança, de cerca de 3% e, aos poucos, à medida em que essas necessidades de consumo forem sendo atendidas, o mesmo pode ser elevado até cerca de 10%.
O ideal é que, passada essa fase inicial, esse jovem consiga poupar pelo menos 5% da sua renda mensal. É importante lembrar que cada pessoa é diferente, e que esses percentuais devem ser vistos como indicadores, e não como números fixos, pois devem refletir a realidade de cada um. Alguns jovens, mesmo sendo solteiros, têm que sustentar os pais e, por isso, poupar pode ser mais difícil.
Estado civil e dependentes influenciam poupança
Com o passar do tempo esse jovem tende a crescer profissionalmente, o que se reflete na sua remuneração, mas também é possível que se case, o que pode acarretar gastos extras por um período de tempo, como por exemplo, com a organização do casamento, compra da casa própria, etc.
Por outro lado, se o cônjuge também trabalha, a renda familiar também aumenta. Neste caso é preciso rever as metas de poupança, e decidir com seu cônjuge quais as metas que pretendem manter como casal. Isso é importante, pois caso contrário, se só você poupar e seu cônjuge gastar tudo, pode surgir uma certa frustração, o que não é saudável. Em geral, no caso de casais sem filhos, o percentual recomendável de poupança varia entre 5 e 15%, sendo o mesmo aplicado sobre a renda familiar.
Essa é a época em que você deve mais se preocupar em poupar, pois com a chegada dos filhos, os seus gastos tendem a aumentar, e provavelmente você vai estar em um estágio profissional mais estável, em que aumentos significativos de renda são menos freqüentes. Com a chegada dos filhos, a capacidade de poupança desse casal deve baixar para algo entre 5 a 10%, sendo que o limite inferior se aplica aos casos em que as crianças já estão na escola, e o superior para os casos em que ainda não estão.
Poupando até a aposentadoria
Com o passar do tempo, os filhos irão terminar os estudos e se encaminhar profissionalmente, atingindo uma independência financeira, que permite ao casal aumentar o percentual de poupança mensal, sobretudo, se ambos ainda estiverem trabalhando.
Considerando que a idade em que as pessoas decidem ter filhos tem aumentado e que a independência financeira dificilmente é alcançada antes da conclusão do ensino médio ou superior, nesta fase você estará com 50 a 60 anos. Diante do aumento significativo da expectativa de vida das pessoas, ao contrário do que se poderia imaginar, o recomendável é que você aproveite a redução das despesas e maior padrão salarial para aumentar a sua capacidade de poupança.
Afinal, ainda que seja possível se aposentar com 65 anos, o mais provável é que você ainda sobreviva por mais 10 a 15 anos e nesse caso, se quiser ter uma aposentadoria tranqüila, o ideal é poupar cerca de 15 a 20% da sua renda mensal até a data da aposentadoria.
II – ITEM
Passou dos 30 anos? Dicas de como colocar suas finanças em ordem
InfoMoney
SÃO PAULO - Pouco tempo atrás, você estava planejando a sua formatura, depois veio o casamento, em alguns casos a separação, ou os filhos, e agora, sem saber ao certo como, você chegou na tão temida meia-idade. É bem verdade que as pessoas estão vivendo cada vez mais, e que muitos de nós, a custo de uma alimentação saudável e atividade física, vamos superar tranqüilamente a barreira dos 80 anos.
Se, de um lado, isso significa mais tempo para aproveitar a vida, por outro implica que sua reserva financeira deve garantir-lhe por mais tempo. O grande problema é que a maior expectativa de vida das pessoas ainda não se reflete no lado profissional, pelo menos não no que refere aos empregos corporativos formais.
Tanto que muitas empresas obrigam seus funcionários a se aposentarem quando alcançam entre 50 e 60 anos, apesar de estarem no auge de sua capacidade profissional. E é por isso que, mesmo vivendo mais, as pessoas não gozam de mais tempo para juntar seu patrimônio. Daí a importância de refletir sobre a sua situação financeira ao chegar à meia idade, o que no Brasil tecnicamente equivale a chegar aos 35 anos, visto que a expectativa de vida média da população é de 71 anos.
Como você está encarando a meia-idade?
Quem já não ouviu falar na famosa crise da meia-idade? O grande problema dela é que, muitas vezes, acaba levando as pessoas ao descontrole financeiro, visto que, para compensar a frustração de não terem alcançado aquilo que esperavam, tanto no âmbito profissional quanto pessoal, pode levá-las a compensarem este sentimento de fracasso através do consumo por impulso.
Por isso, antes de gastar dinheiro com a compra de bens que só vão lhe trazer uma compensação temporária, ou de mudar radicalmente a sua vida, faça uma análise detalhada do que efetivamente não está funcionando.
Qual é a origem de tanta frustração? Você está frustrado porque a sua vida pessoal é um desastre, ou porque profissionalmente ainda não alcançou aquilo que estabeleceu quando completou 30 anos? Até que ponto esta situação está afetando a sua realidade financeira, e o que efetivamente pode ser feito para melhorar sua situação atual.
Aprendendo com erros
Mesmo que esteja frustrado com as suas realizações pessoais e profissionais, você não deve se deixar consumir por este sentimento. Reflita sim sobre os erros que cometeu, mas para aprender com eles, e não para se desanimar. Lembre-se: o objetivo deste exercício é corrigir erros de planejamento, caso eles tenham ocorrido.
Por exemplo, se você comprometeu, por três anos, sua capacidade de investimento porque resolveu financiar um carro importado, ao menos agora sabe que financiar é bom, mas que deve ser algo analisado com cuidado. Não pense no que gastou a mais com juros, mas pense no quanto pode economizar se, na troca do seu próximo carro, planejar a compra, e pagar à vista.
Com este espírito, reveja com cuidado a sua situação financeira. Quanto efetivamente você acumulou em patrimônio? Para onde vai o dinheiro do seu salário? Por patrimônio, entenda-se a soma do valor dos imóveis e bens que possui, menos as dívidas que acumulou. Com estas informações em mãos, você pode entender se está, ou não, no caminho certo para um final de vida tranqüilo.
Dívidas nunca mais!
Se você tem dívidas no cartão, no cheque, ou no banco, esta é a hora para resolver pendências. Ninguém consegue acumular um patrimônio, se estiver atolado em dívidas. Aqui é importante enfatizar que nem toda dívida é ruim. Existem situações em que levantar crédito é saudável, pois ajuda na construção do seu patrimônio. Um bom exemplo disso é o financiamento imobiliário.
A questão que se coloca aqui é o endividamento que garante apenas um conforto material, mas não ajuda no crescimento do patrimônio. Se você tem dívidas no cartão de crédito, porque não resistiu à tentação de consumo, está na hora de rever esta situação.
Um erro comum entre as pessoas é esquecer de descontar as dívidas do patrimônio que possuem. Pois é, se você tem R$ 150 mil no banco, e já acumula dívidas de R$ 30 mil, não pode continuar gastando como se o seu patrimônio fosse de R$ 150 mil, pois, na verdade, ele é 20% menor. Seus amigos podem até achar que você tem um bom patrimônio, a julgar pelo estilo de vida que leva, mas se este estilo só for possível graças ao levantamento de dívidas sucessivas, mais cedo ou mais tarde perderá o controle da situação.
Sem poupar você nunca vai chegar lá!
Depois de vários anos brigando com a balança, você finalmente se convenceu de que as dietas milagrosas não adiantam. Pois bem, está na hora de você se convencer que a situação é semelhante quando falamos de acúmulo de reserva financeira.
Somente depois que você cortou os excessos à mesa e passou a se exercitar é que você perdeu peso. Em finanças pessoais a situação é a mesma: você só vai conseguir acumular algum patrimônio se cortar os excessos do seu orçamento, e poupar de maneira consistente por toda a sua vida.
Portanto, se você ainda não acumulou o patrimônio que gostaria, não há outra saída senão rever o seu orçamento. Daí a importância de saber exatamente para onde vai o dinheiro, porque você vai precisar priorizar gastos. Se você vive em família, ou seja, tem cônjuge e filhos, todos devem participar do esforço e, se preciso, da mudança de hábitos.
Por mais que não pareça, sempre existe espaço para cortar despesas desnecessárias. O que falta, muitas vezes, é um empurrãozinho. Faça um teste: ande por uma semana com um bloquinho na mão e, sempre que fizer uma compra, anote no bloco. Mas, é preciso incluir tudo, até mesmo a balinha que você comprou enquanto esperava no carro a abertura do sinal.
Muitas pessoas acabam se surpreendendo com os chamados "gastos invisíveis" que acumulam no mês. São eles que consomem o seu orçamento, e que devem ser cortados para que finalmente comece a poupar.
Fazendo as contas
Agora que você tem uma idéia mais clara do que já acumulou e do quanto pode poupar, é preciso ver se isso vai ser suficiente, ou se, efetivamente, você terá que rever sua meta de renda na aposentadoria, ou aumentar a sua poupança até lá.
Calcule quantos anos faltam para você se aposentar, considerando que sobreviverá, ao menos, até os 80 anos. Feito isso, especifique o tipo de renda que pretende ter. Mas seja realista! A menos que você ganhe na loteria, mudanças significativas de padrão de vida são difíceis, sobretudo para quem adiou o planejamento até a meia-idade.
Por mais que ainda se considere jovem, e provavelmente o é, em termos de planejamento financeiro não lhe restam tantos anos assim! Um erro comum entre muitos profissionais bem-sucedidos, que gozam de bons empregos, é acreditar que sempre poderão contar com esta renda, e que, portanto, podem deixar para depois o seu planejamento.
Lembre-se: a vida é cheia de mudanças, e é para fazer frente ao impacto financeiro que elas podem ter na nossa vida que o planejamento é importante!
III – ITEM
Cuidado com os fatores destruidores de riqueza!
InfoMoney
SÃO PAULO - Depois de muitos anos, você finalmente conseguiu acumular um patrimônio do qual se orgulha. Está longe de ser considerado uma pessoa rica, mas o que acumulou é suficiente para lhe garantir tranqüilidade financeira.
Mas, como bem sabe, tudo isso pode mudar de uma hora para outra, bastando que tome uma decisão errada com relação à forma com que este dinheiro é administrado. Aqui vale lembrar, contudo, que existem algumas situações especiais que podem acabar comprometendo de maneira significativa o patrimônio de uma pessoa.
O que pode colocar em risco este patrimônio?
São denominados fatores destruidores de riqueza aqueles que podem acabar comprometendo não apenas a taxa de crescimento do seu patrimônio. Muitas vezes, a ocorrência de alguns desses fatores pode acabar fazendo com que seu patrimônio perca valor. Abaixo, os mais relevantes:
 Partilha de bens: divórcio e sucessão
Obviamente não há nada que seja mais destruidor do que a partilha do seu patrimônio. E, por mais que você queira evitar que isso ocorra, nem sempre isso é possível. Para quem é casado, por exemplo, não se pode descartar o risco de uma separação. Neste tipo de situação, o melhor é que as partes tentem evitar a disputa judicial, e entrem em acordo sobre os bens e a forma de partilha.
Além de evitar o desgaste da disputa judicial, que por si só pode comprometer ainda mais o patrimônio, já que é preciso arcar com os honorários dos advogados, o simples fato de se preocupar com a disputa acaba fazendo com que dedique menos tempo à administração do seu patrimônio, o que pode comprometer seu crescimento, ou até mesmo implicar em perdas.
Mais ainda, em caso de posse conjunta de empresa, o dinheiro que antes seria investido na sua ampliação, e que, por sua vez, poderia ajudar no crescimento do seu patrimônio, pode ter que ser usado para a compra das ações do seu cônjuge, levando assim a uma redução imediata do patrimônio. Se as partes não conseguem trabalhar juntas, ao menos é possível manter a composição acionária, de forma a evitar desembolsos desnecessários.
Situação semelhante, mas que pode ser minimizada, ocorre na partilha de bens devido à sucessão. Não são raros os casos de pessoas que demoram anos para acumular um patrimônio razoável, mas que não se preocupam em deixar definida a forma como estes bens serão partilhados em um testamento. Em decorrência, o patrimônio acaba sendo dilapidado, devido à falta de entendimento entre os herdeiros, que acabam dedicando mais tempo na determinação de como os bens serão divididos do que na administração propriamente dita destes bens.
Esta é uma situação bastante comum no caso de empresas familiares, em que a disputa pelo controle da empresa pode, por exemplo, acabar comprometendo a sua gestão. O mesmo vale para bens imóveis que, devido a este tipo de disputa, podem demorar a ser vendidos. Não bastasse o tempo perdido, que pode levar o bem a perder valor de mercado, como no caso da empresa, em geral os custos deste tipo de disputa acabam reduzindo o ritmo de crescimento do patrimônio.

 Decisões de investimento equivocadas
Se o seu patrimônio é composto da diferença entre os ativos que possui e as dívidas que não quitou, basta cometer um erro na gestão dos seus ativos, que seu patrimônio fatalmente será comprometido.
A diversificação é a forma mais indicada de minimizar este tipo de risco. Afinal, mesmo que cometa um erro ao comprar algumas ações, o fato de ter uma parte do seu patrimônio em outras aplicações impede que estas perdas sejam significativas, a ponto de colocar em risco o seu patrimônio. Mas isso não significa simplesmente investir em aplicações distintas, e sim em mercados distintos.
Vamos imaginar uma situação em que parte do seu dinheiro esteja em um fundo DI, parte em um CDB Pós, e parte em uma letra hipotecária. Neste caso, apesar de se tratar de aplicações distintas, você está exposto ao mesmo risco: de que os juros caiam. Assim, quando falamos em diversificação, temos em mente a aplicação do seu dinheiro em mercados com correlação negativa. Em outras palavras, em mercados que reagem de forma oposta a um mesmo evento.
Este tipo de alocação só é possível quando se estabelece uma estratégia de investimento. Portanto, outra forma de minimizar o impacto de uma decisão equivocada no seu patrimônio é evitar decisões por impulso, e não tome decisões de investimento com base exclusivamente em dicas.

 Dificuldades no negócio próprio
Além da diversificação, outro aspecto importante na gestão do seu patrimônio é a liquidez, pois permite, caso necessário, que você ajuste rapidamente a forma como aplica seu patrimônio. Um erro comum, sobretudo, entre empresários, é investir uma parcela excessiva do seu patrimônio na própria empresa.
Caso o negócio enfrente dificuldades, você corre o risco de ver desaparecer uma parcela significativa do seu patrimônio. Analise com cuidado o custo oportunidade de investir na sua empresa. Avalie qual a taxa de retorno do empreendimento, e o quanto pretende investir na empresa, de forma a manter a liquidez do seu patrimônio.
Às vezes, apesar dos juros, pode valer mais a pena levantar um financiamento, do que concentrar uma parcela elevada do seu patrimônio no capital da empresa. Afinal, do ponto de vista de gestão de patrimônio, a sua empresa é apenas uma das aplicações possíveis!

 A erosão da inflação
Ainda que a inflação tenha caído para patamares mais administráveis, ela não pode ser ignorada, sobretudo, quando analisamos a evolução do seu patrimônio no longo prazo. Para quem viveu a época da hiperinflação e se acostumou com taxas mensais acima dos 10%, uma inflação de 0,6% ao mês pode não parecer muito.
Mas, basta que você não faça nada, que, depois de alguns anos, uma parcela significativa do seu patrimônio pode ter perdido o valor devido à corrosão causada pela inflação. Neste sentido, é importante refletir sobre formas de investimento do seu patrimônio que permitam que ele cresça a uma taxa superior a inflação. Caso contrário, mesmo crescendo em termos absolutos (ou nominais) o seu patrimônio acaba perdendo o valor com o tempo.
Basta ver, por exemplo, que hoje você precisaria de R$ 100 mil para comprar um determinado bem. Assumindo que o valor deste bem seja corrigido com a inflação, e que essa seja de 0,60% ao mês. Passados 60 meses, ou cinco anos, você precisaria ao menos de R$ 43 mil a mais para comprá-lo.

 Crises financeiras
Engana-se quem pensa que administrar um patrimônio é mais fácil do que acumulá-lo. As crises financeiras podem gerar boas oportunidades de investimento, mas em outros casos podem acabar implicando em perdas significativas.

Nestas situações é importante manter em mente a sua estratégia de investimento, e não se deixar empolgar. Tente entender o porquê de alguns ativos terem perdido valor frente à crise. Muitas vezes se tratam de ajustes temporários, e é possível fazer seu patrimônio crescer ao direcionar uma parcela do dinheiro para estas aplicações. Porém, em outros casos, os ajustes são permanentes, e aquilo que parecia um ganho rápido pode se transformar em perda não recuperável.
Nunca mude a forma de aplicar o seu patrimônio antes de refletir com muito cuidado sobre a sua decisão. Afinal, foram anos para chegar onde está, e você não quer perder tudo em poucas horas! Faça revisões periódicas da sua situação patrimonial e de tempos em tempos avalie se não é o momento de rever a sua estratégia de investimento.


VI – BLOCO

Dicas para uma aposentadoria antecipada
InfoMoney
SÃO PAULO - Mesmo que as chances de você ganhar na loteria sejam pequenas, você não deve abandonar o sonho de conseguir se aposentar antes do tempo. Mas, para isso, é preciso começar logo e não deixar para a última hora o planejamento de sua aposentadoria.
Um dos maiores obstáculos ao planejamento da aposentadoria é o fato de que muitas pessoas não conseguem sequer sair do vermelho, e vivem constantemente rolando suas dívidas, seja no cartão de crédito ou no cheque especial. Mesmo entre os que não têm dívidas, conseguir poupar uma quantia fixa todos os meses parece uma tarefa quase impossível. Diante deste cenário, qual a melhor forma de começar?
Que tipo de vida você quer ter?
Comece analisando o seu padrão de gastos, procure entender o custo de se bancar todos os meses e estabeleça que tipo de padrão de vida você quer ter ao se aposentar.
Não esqueça que se a sua intenção é se aposentar cedo você terá que acumular uma quantia maior, pois o dinheiro Terá que ser suficiente para lhe sustentar pelo resto da vida. Em seu planejamento de gastos, não deixe de considerar algumas mudanças inevitáveis no seu padrão, como, por exemplo, um aumento nas despesas com saúde e com lazer.
De que adianta você se aposentar antes se pretende ficar fechado dentro de casa? Afinal, a idéia é aproveitar o tempo extra para curtir a vida, e isso implica em gastos. Por outro lado, a menos que queira arcar com o custeio da educação dos seus netos, ou continuar ajudando seus filhos mesmo após terem saído de casa, os gastos com educação, habitação, alimentação e vestiário, entre outros, devem cair drasticamente.
Em duas etapas
Elabore seu plano financeiro considerando duas etapas distintas da sua vida. A primeira reflete o período antes de completar 60 anos, e a segunda após esta idade. Seu primeiro objetivo deve ser garantir o seu sustento após os 60 anos e, neste caso, deve combinar contribuições à Previdência Social, com contribuições à Previdência Complementar, ou outras formas de investimento.
Considerando que existe um teto de contribuição à Previdência Social, e que provavelmente os benefícios que pretende receber não serão suficientes para arcar com o seu padrão de vida após se aposentar, é de fundamental importância encontrar formas alternativas de renda.
Analise com cuidado o seu patrimônio e verifique qual a parcela que está alocada em ativos que geram algum tipo de retorno financeiro. Ter vários carros na garagem ajuda a aumentar o seu patrimônio, mas faz muito pouco em Termos de crescimento dos seus investimentos.
Maximize a parcela de investimentos
Pode valer a pena trocar os carros novos por outros usados de menor valor, de forma a liberar uma quantia para investimento. Raciocínio semelhante pode ser feito em termos do imóvel onde mora, por exemplo. Se seus filhos estão crescendo e já não passam tanto tempo em casa, daqui a alguns anos pode valer a pena trocá-la por um imóvel menor.
Lembre-se que a venda de seu imóvel único, desde que efetuada por até R$ 440 mil, é isenta do recolhimento de imposto de renda, e isso pode gerar uma boa economia e ajudar no crescimento do seu patrimônio. Enquanto isso não é possível, transforme todos os bens que não usa, ou precisa, em ativos com potencial de ganho. Aproveite para ganhar algum dinheiro.
Acompanhe de perto os seus investimentos, e procure balancear suas aplicações de forma a ter um retorno adequado ao risco que está correndo. Informe-se com o seu gerente sobre alternativas de investimento que oferecem um retorno mais atrativo e direcione até 30% do que você dispõe nestas opções. Porém, tenha bom senso; invista de acordo com o que já acumulou e com o seu perfil de investidor. Se não acumulou o suficiente, espere um pouco mais antes de aplicar de maneira mais agressiva.
Aproveite as vantagens fiscais
Faça um planejamento tributário mais eficiente dos seus investimentos. Ou seja, procure se informar sobre formas de investimento que permitem o diferimento fiscal, ou a adoção de alíquotas mais baixas.
Dentre as aplicações isentas de imposto de renda, além da poupança, existem as letras hipotecárias, os recebíveis imobiliários etc. Outra alternativa é investir uma parcela do seu patrimônio em ações, e aproveitar-se da isenção concedida nos ganhos de vendas até R$ 20 mil por mês. Neste caso, por exemplo, se o ganho relacionado com a venda fosse de R$ 2 mil, a economia por mês seria de R$ 300, o que, em um ano, equivale a R$ 3,6 mil!.
Com as novas regras de tributação, vale a pena montar uma escala de investimentos, nos quais os de curto prazo, que são usados para complementação de renda ou emergência, são investidos em fundos de curto prazo, e os destinados a prazos mais longos ficam aplicados por mais tempo, de forma a se beneficiar de uma alíquota menor.
Investir em imóveis, por exemplo, pode gerar uma renda de aluguel atrativa e implica em uma alíquota mais baixa de tributação, 15%. Finalmente, você pode optar pela contratação de produtos voltados à previdência, que oferecem diferimento fiscal.
Minimize custos e seja regular ao investir
Na hora de investir, procure minimizar seus custos, ou seja, procure por fundos cuja taxa de administração é mais baixa, e efetue suas transações no âmbito da conta de investimento, de forma a evitar o pagamento de CPMF (Contribuição Provisória por Movimentação Financeira) em caso de migração de recursos entre aplicações distintas.
Uma alternativa de investimento para quem gosta de renda fixa é a compra de títulos públicos, pois oferece retorno semelhante ao de muitos fundos referenciados DI, a custos mais baixos. Da mesma forma, se você conhece bem o mercado de ações, pode optar pelos clubes de investimento, ou pela aplicação direta ao invés dos fundos de ações, onde é preciso pagar taxa de administração.
Igualmente importante é a consistência do investimento. Ou seja: mantenha a disciplina e poupe uma quantia todos os meses. Procure ajustar este valor às várias fases de sua vida, de forma que, à medida que seus rendimentos cresçam, ou seus gastos diminuam, você aumente o montante poupado.
Mas, lembre-se: quanto mais próxima estiver a sua aposentadoria, menor deve ser o risco embutido nos seus investimentos. Afinal, você precisa contar com eles para garantir a sua renda ao se aposentar, de forma que volatilidade não é bem-vinda.
Mantenha o curso, não desvie
Se você quer se aposentar antes do tempo é preciso se planejar com antecedência, e ter muita disciplina. Isso significa evitar gastos com juros, ou despesas desnecessárias, de forma que consiga poupar mais e alcançar seu objetivo financeiro mais rapidamente.
A escolha é simples. O que mais vale a pena na sua opinião? Manter um padrão de vida elevado, ou acumular um patrimônio maior ao longo da vida? Cabe a você escolher. Mas, uma vez feita sua escolha, se ela for a favor do acúmulo de patrimônio, você não deve se desviar do seu plano. Coloque tudo no papel e siga à risca. O tempo neste caso está a seu favor, como discutimos anteriormente. Quanto antes você começar, melhor, pois o dinheiro acumulado terá mais tempo para render.
I – ITEM
Previdência ou imóvel: qual a melhor opção para sua aposentadoria?
InfoMoney
SÃO PAULO - Apesar das várias mudanças que ocorreram no mercado financeiro do País, com a introdução de novas alternativas de aplicação, como os fundos de investimentos ou planos de previdência privada, os imóveis seguem sendo uma das preferências nacionais.
Muitas pessoas ainda investem quase todo o dinheiro que possuem em imóveis, apostando na renda de aluguel como garantia de rendimento para quando se aposentarem. Mas será que esta é a melhor estratégia?
Imóveis: uma aplicação de risco
Muitas pessoas considerarem o investimento em imóveis como conservador. Mas, na verdade, existe um risco considerável associado a este tipo de aplicação. Isto porque estamos falando de investimentos de grande porte com baixa liqüidez. Mas qual o problema da liqüidez? O problema é que, quanto menor ela é, maior a dificuldade que terá para resgatar o dinheiro que aplicou, caso venha a precisar.
Desta forma, não há como negar que o grau de liqüidez de um fundo de investimento é infinitamente maior do que o de um imóvel. Ao contrário da aplicação em fundos, em que você pode sacar praticamente quando quiser, em alguns casos até mesmo diariamente, no investimento em imóvel você precisa encontrar um comprador ou inquilino, o que pode levar algum tempo.
Isto sem falar nos custos da aplicação em si, que podem ser bem elevados. É verdade que nas aplicações em fundos de investimento você paga uma taxa de administração anual, além dos impostos. No entanto, os custos associados à compra e/ou venda de um imóvel também podem ser bem elevados: corretagem, escritura, registro em cartório e imposto de transmissão. Os altos custos associados ao investimento em imóveis são a principal razão pela qual são considerados investimentos de longo prazo.
Aluguel ou renda garantida?
O valor do aluguel vai depender da localização do imóvel (possibilidade de melhorias), condições do imóvel (se você tiver que gastar muito em reformas, pense duas vezes), idade do imóvel, etc. Se você decidir alugar o imóvel, então pode esperar um retorno bruto, ou seja, antes de impostos, de 0,5% a 1,1% do seu valor por mês.
Para se ter uma idéia, a rentabilidade média dos fundos DI e dos fundos de renda fixa, por exemplo, é de aproximadamente 1,2% ao mês, valor que já embute a taxa de administração. Já os fundos de previdência, cujos custos são maiores do que nos fundos de investimento tradicionais, apresentam uma rentabilidade média pouco abaixo de 1% ao mês. Além disso, na maioria dos planos os benefícios, mesmo após o início do pagamento, são corrigidos pela inflação, o que, dependendo do imóvel, pode não acontecer devido ao excesso de oferta no mercado.
Análise fiscal exige atenção
Outro aspecto importante é o tratamento fiscal, e esse não é fácil analisar após as mudanças introduzidas tanto nos planos de previdência quanto nos imóveis. Uma coisa é certa, você terá que recolher mensalmente imposto através do carnê-leão sobre o rendimento com aluguel, com base nas alíquotas da tabela regressiva de IR, isto é, 15% para quem recebe até R$ 2.512,08 e 27,5% para quem recebe acima deste valor por mês.
Mais ainda, em alguns casos é possível que tenha que pagar 15% a título de ganho de capital. Porém, essa mordida diminuiu com a nova Medida Provisória do Bem, pois os ganhos com a venda de um imóvel que forem usados na compra de outro imóvel estão isentos desde que a compra seja efetuada em até 180 dias da venda do primeiro imóvel. Outra vantagem é que passou a ser permitida a correção do valor do imóvel ao longo dos anos, o que também deve contribuir para a redução da mordida do leão no que refere ao ganho de capital em imóveis.
Já na previdência privada, o valor da contribuição pode ser abatido do imposto devido, desde é claro que você opte pelos planos do tipo PGBL ou tradicional. É bom lembrar que a dedução está limitada a 12% da sua renda tributável anual. Outra vantagem é que você não precisa pagar imposto de renda até a data em que efetivamente efetuar o resgate do benefício. Porém, a alíquota de tributação vai depender do regime tributário a que optar (progressivo ou regressivo), e o prazo durante o qual tiver mantido a aplicação.
Diversificação é sempre melhor alternativa
Para quem tem mais do que 30% do seu patrimônio aplicado em imóveis, uma alternativa pode ser direcionar parte do dinheiro atualmente aplicado em imóveis para os planos de previdência para se beneficiar dos incentivos fiscais.
A maior facilidade de diversificação é na verdade uma vantagem dos planos de previdência em relação aos imóveis, pois basta comprar planos com perfis distintos para conseguir diversificar suas aplicações. Enquanto isso, no investimento em imóveis é mais difícil reduzir a concentração, pois isso implica em investir em mais de um imóvel. Mesmo os fundos imobiliários ainda concentram sua carteira em poucos imóveis, isso sem falar que gozam de liqüidez menor do que os planos de previdência.
Em termos de perfil de investimento, existem hoje basicamente três tipos básicos de planos de previdência: os mais conservadores, que aplicam preferencialmente em títulos de dívida pública, e que antes eram chamados de soberanos; os planos de renda fixa, que aplicam em outros tipos de títulos de renda fixa além dos títulos públicos, e os compostos, que combinam aplicações em renda fixa com renda variável.
Como muitos dos planos de previdência, principalmente os do tipo PGBL, são estruturados como fundo de investimento, também existe a vantagem da transparência. Isto porque é possível acompanhar o valor do seu investimento diariamente, através do valor da cota do plano no jornal.
Este tipo de transparência é menor nas aplicações em imóveis, onde é preciso contratar especialistas para saber o valor do seu imóvel e do aluguel a ser cobrado. Apesar do mercado de fundos imobiliários ter crescido, ainda não goza do mesmo grau de liqüidez que o de previdência, e isso deve ser levado em consideração.
II – ITEM
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III – ITEM
Planejando o futuro: dicas para quem ainda não chegou aos 40 anos
InfoMoney
SÃO PAULO - O planejamento da aposentadoria pode ser dividido em três etapas principais: fase de acumulação, antes dos 40 anos, a fase que antecede a aposentadoria e a fase de aposentadoria, propriamente dita.
Naturalmente, seus objetivos e desafios mudam em cada uma destas etapas. À medida que você se aproxima da aposentadoria, seu objetivo financeiro deve mudar, gradualmente, de acúmulo de riqueza para preservação de patrimônio.
Mas não são apenas os objetivos que mudam: sua tolerância ao risco também se altera. Aqui é importante entender que, ainda que esteja disposto a correr riscos, o fato de estar se aproximando da aposentadoria exige que você se exponha a riscos menores. Afinal, uma crise de mercado afeta mais o seu futuro financeiro quando estiver com 50 anos do que aos 25, certo?
Objetivo deve ser acúmulo patrimonial
Ainda que seja importante estabelecer uma estratégia de investimento desde o início da sua vida profissional, essa não é uma tarefa fácil para quem está iniciando a sua vida profissional.
Porém, à medida que você passa dos 30 anos e se aproxima dos 40, é importante que já tenha estabelecido o hábito de poupar regularmente. Seu objetivo nesta fase deve ser o de acumular o máximo possível. Ou, em outras palavras: maximizar o retorno do seu patrimônio. E a melhor forma de fazer isso é assumir alguns riscos.
Uma postura um pouco mais agressiva nesta fase do seu processo de acumulação pode fazer muita diferença para o seu patrimônio. Afinal, você ainda tem tempo para recuperar possíveis perdas.
Poupe regularmente e corra riscos
Estabeleça como meta poupar ao menos 10% do seu salário bruto. Pode parecer muito, mas um esforço inicial maior pode fazer uma grande diferença no acúmulo do seu patrimônio.
Lembre-se do famoso fator multiplicador dos juros: aquele que garante que quanto antes você começar, mais irá acumular.
Esta é a fase para correr riscos: investir em poupança toda a vida não irá lhe garantir uma aposentadoria tranqüila. É possível mesmo que a poupança não consiga, sequer, proteger-lhe da inflação no longo prazo.
Seja cuidadoso e estabeleça uma estratégia que combine renda fixa e renda variável. Para quem tem aversão ao risco, reconsidere o investimento em fundos multimercados. Apesar de ainda estarem elevados, a tendência dos juros é de queda, o que exige que você considere outras opções de investimento fora da renda fixa.
Não ignore a renda variável
Até porque seu prazo de investimento é longo: certamente maior do que 20 anos. Nesse horizonte de investimento, as aplicações em ações oferecem retorno mais atrativo do que a renda fixa. Mas, é preciso saber escolher as ações corretas. Na dúvida, opte pelos fundos de ações, você sempre pode contar com a experiência do gestor. Os clubes também são boas opções para quem se sente mais confortável com ações.
Correr riscos é importante. Mas, poupar regularmente, sobretudo nesta fase inicial do seu planejamento, é ainda mais. Porém, isso só é possível se a sua vida financeira estiver em ordem.


VII– BLOCO

Mitos e verdades sobre a aposentadoria
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SÃO PAULO - Se você faz parte dos quase nove milhões de brasileiros que, no último Censo 2000, afirmaram ter entre 45 e 49 anos, então hoje você já está com mais de 50 anos, e é de se esperar que já venha pensando sobre como seria a sua vida após se aposentar.
Porém, se somente agora você começou a refletir sobre o assunto, é bom ficar atento, pois existem muitos mitos a respeito do tema, que podem atrapalhar o seu planejamento financeiro.
Uma coisa é certa: muito mudou desde a época em que os seus pais se aposentaram. De um lado, a Previdência Social vem dando sinais cada vez mais evidentes de estrangulamento financeiro e, conseqüentemente, reduzindo o valor dos benefícios concedidos aos aposentados. Por outro, a Previdência Complementar cresceu e se tornou mais abrangente, o que veio facilitar a tarefa de quem investe no longo prazo.
Abaixo discutimos em maior detalhe alguns dos mitos, que há muito deixaram de ser válidos, e que exigem de quem pretende se aposentar mais esforço e planejamento.
Mito 1. Basta garantir renda por 15 anos.
Em primeiro lugar, é preciso entender quando efetivamente você pretende parar de trabalhar e passar a viver somente da renda que possui. Afinal, a resposta a esta questão terá um impacto significativo sobre quanto tempo sua reserva financeira terá que durar.
A expectativa de vida média do brasileiro ao nascer é de 71,3 anos. Mas, para quem já chegou aos 50 anos, ela é sete anos maior, ou seja, de 78,2 anos. E, como era de se esperar, existe muita diferença se você for mulher ou homem. Se você tem 50 anos e é mulher, é provável que consiga completar os seus 80 anos mas, se for homem, a perspectiva é de que viva um pouco menos, e chegue aos 76!
Em 2000, o equivalente a 3,7% da população brasileira já possuía mais do que 70 anos. Considerando que a expectativa de vida desta parcela da população varia entre 9 e 14 anos, sendo menor para os mais idosos, é de se esperar que boa parte deles supere os 85 anos de idade! Parcela que, como os estudos demográficos vem indicando, só tende a aumentar nos próximos anos.
Portanto, os dados sugerem que o primeiro mito de que, para ter uma aposentadoria tranqüila, basta acumular reservas que garantam uma renda por 15 a 20 anos deve ser visto com cautela. O mais provável é que, quando chegar a sua vez de se aposentar, as novas tábuas de mortalidade indiquem uma sobrevida ainda maior, principalmente para as mulheres. Assim, quem não quer se surpreender deve se planejar para ter reservas que durem pelo menos 25 anos.
Mito 2. Certamente vou pagar menos IR
Ao seu aposentar você deixa de contribuir para a Previdência Social e para a Previdência Complementar. Afinal, sua fase de acumulação termina, e é hora de sacar os benefícios.
Para fins de declaração de imposto de renda, isso significa que você deixa de contar com duas deduções importantes, a da contribuição à Previdência Social, que pode ser integralmente abatida, e a da Previdência Complementar, que é limitada a 12% da sua renda bruta anual.
Também fica mais difícil justificar deduções com dependentes e educação, já que seus filhos, ainda que contem com a sua ajuda financeira, provavelmente não são mais elegíveis como dependentes pela legislação tributária. É bem verdade que são concedidos incentivos, como a parcela isenta para aposentados com mais de 65 anos, que permite considerar como isento de tributação até R$ 1.257,12 por mês dos seus rendimentos.
Mas, se considerarmos que esta parcela isenta não é corrigida em linha com a inflação, o mais provável é que, ao se aposentar, sua alíquota efetiva de imposto de renda seja bastante próxima daquela que paga atualmente.
Mito 3. Meus gastos devem cair!
Ainda que muitos dos seus gastos eventualmente desapareçam com o tempo, outros tendem a aumentar, e é preciso ficar atento a isso. Um exemplo prático são os gastos com remédios e saúde.
Para ilustrar o peso destes itens no orçamento das pessoas de mais idade, tomamos como base a composição do índice de inflação desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas, que é voltado à terceira idade: o IPC-3I. A maior diferença na composição do IPC-3I e o IPC-BR está na parcela dedicada a gastos com saúde e cuidados pessoais que, no caso do IPC-3I, têm peso de 15% na composição do índice e, no caso do IPC-BR, têm peso de 10%.
Mito 4. Finalmente, você vai viver de renda!
Isso não é necessariamente verdade, já que a inflação pode comprometer até mesmo patrimônios feitos para durar por vários anos. Assim, a capacidade que você terá de viver, ou não, da renda dos seus investimentos, vai depender do tipo de padrão de vida que você pretende ter.
Lembre-se que deixou de ser verdade a máxima de que os aposentados têm seus gastos reduzidos, pois não precisam mais arcar com gastos com filhos, etc. São cada vez mais comuns, no Brasil, os casos de aposentados que ajudam os filhos, pagando escola e/ou plano de saúde dos netos, por exemplo.
Não se deve esquecer que, na fase inicial da aposentadoria, muitas pessoas tendem a gastar mais com viagens e lazer. Afinal, esta é a hora de aproveitar a vida. A medida que o tempo passa, e você fica mais velho, é possível que tenha menos energia para viajar, e seus gastos eventualmente caiam.
Portanto, antes de sair gastando integralmente a renda obtida com seus investimentos, faça as contas com cuidado. Talvez o melhor, nesta primeira fase da sua aposentadoria, quando seus gastos ainda não caíram tanto, e você ainda está disposto, seja arranjar alguma ocupação temporária. A renda obtida pode ser usada para o sustento, e você pode adiar, por mais alguns anos, o saque os benefícios do seu plano de previdência, por exemplo.
Mito 5. Nunca mais você vai trabalhar
Além da necessidade de complementar a renda da sua aposentadoria, existem outras razões pelas quais você deve se manter profissionalmente ativo, mesmo após sua aposentadoria.
Em primeiro lugar, porque você se mantém mentalmente ativo e alerta, o que, em última instância, permite que aproveite ainda mais as coisas boas da vida. Você tem mais flexibilidade e maturidade para experimentar novos desafios, e porque não aproveitar para colocar em prática antigos sonhos, como dar aulas particulares, escrever um livro, montar um negócio?
Manter-se envolvido no mundo profissional, mesmo que de maneira limitada, como um consultor por tempo parcial, lhe abre mais portas, e lhe oferece mais chances de encontrar uma colocação, caso precise ou queira. A verdade é que ainda são poucas as pessoas que efetivamente se preparam para esta época de suas vidas, e aqui não estamos falando em termos financeiros, mas em termos de se manter ativo.
Procure identificar áreas de seu interesse e, porque não, hobbies, que ao se aposentar, além de ocupar o seu dia, possam eventualmente se transformar em uma fonte de renda alternativa. Não se esqueça que as pessoas estão vivendo cada vez mais, e que muitas delas, frente à maior dificuldade de encontrar emprego, acabam sendo responsáveis pelo sustento de filhos e netos. Manter-se ativo e ocupado pode acabar não sendo uma opção, mas sim uma necessidade.
I – ITEM
Antes de se aposentar, reflita se seu planejamento foi realmente adequado
InfoMoney
SÃO PAULO - Mais alguns meses e finalmente você vai se aposentar. Não é de hoje que vem se planejando para este dia, e a sua chegada o enche de animação, mas também de muita ansiedade.
Este tipo de sentimento é bastante natural, pois como funcionário você fazia parte de uma estrutura - a empresa -, e podia sempre compartilhar tanto os fracassos como os sucessos, o que proporciona uma sensação de segurança, ainda que ilusória.
Por sua vez, como aposentado você está sozinho: abandona a segurança de um salário, pela responsabilidade de administrar o dinheiro que acumulou e fazê-lo render de forma a lhe garantir um bom padrão de vida.
As questões são várias e, por mais que exista um grande prazer em estar no controle e ser o dono do seu próprio destino, é inegável que, em alguns momentos, é impossível não se sentir intimidado pela responsabilidade. Muitas vezes não é apenas o seu destino que está em jogo, mas aquele do seu cônjuge, e por que não, até dos filhos que, mesmo sendo independentes, poderiam se beneficiar de uma ajuda extra no início de suas vidas.
Decidindo quando parar
A primeira pergunta que vem à cabeça de quem está se aproximando da aposentadoria é como saber ao certo quando é a hora de parar. Antes de responder a esta pergunta é importante ter em mente que, quanto mais tempo for dedicado ao planejamento de sua aposentadoria, melhor e mais tranqüilo será o processo de transição de uma realidade a outra.
Portanto, se você goza de boa saúde, não é obrigado por contrato a se aposentar em uma idade pré-determinada, o melhor é se manter na ativa até que esteja seguro de que já diminuiu, de maneira significativa, toda a incerteza que tinha com relação à aposentadoria. Vale a pena investir algum tempo no entendimento de questões como:
 Que tipo de renda vou ter?
Não são raros os casos de pessoas que acham que, pelo simples fato de estarem idosos, poderão seguramente contar com algum tipo de aposentadoria oficial. Infelizmente isso não é verdade. Se você não contribuiu por pelo menos 15 anos, muito dificilmente conseguirá receber uma renda mensal da Previdência Social, que sirva para garantir seu sustento.
Mesmo para quem contribuiu, é preciso verificar a que tipo de benefício terá direito. Isso porque desde 1999 é aplicado um fator previdenciário que, aplicado ao valor do benefício, ajusta-o com base na expectativa de vida da população, o que significa que se aposentar antes dos 60 anos para as mulheres e dos 65 para os homens, pode implicar em redução do benefício a ser recebido.
Além da previdência oficial, você contribuiu para algum plano privado que irá complementar a sua renda? Possui outros rendimentos extras, seja de aplicações financeiras, de aluguel de imóveis que possui, ou de "bicos" que pretende fazer após se aposentar? Faça as contas com cuidado e, na dúvida, seja conservador. Planeje como estes rendimentos podem evoluir. No caso dos planos de previdência, eles recebem correção, em geral, com base na inflação; para as aplicações financeiras, faça suas projeções levando em consideração a inflação e os impostos!

 Qual será meu padrão de gastos?
A resposta a esta questão varia muito de pessoa para pessoa, pois depende do que pretende fazer ao se aposentar. Se a sua intenção é vender a casa onde mora, ir para um imóvel maior, ou ainda combinar isso com uma mudança para o interior, então você não só está reduzindo seu padrão de gastos, como acumulando uma reserva de dinheiro extra para garantir seu conforto durante a aposentadoria.
Por outro lado, se a sua intenção é finalmente aproveitar a vida, viajar muito e conhecer lugares que nunca teve tempo para ir, mas não quer abrir mão da casa que tem, pois acredita ser importante ter espaço para quando os netos visitarem, então seu padrão de gastos vai ser maior. Independente do que pretende fazer, você precisa fazer as contas do quanto sua nova realidade de vida irá implicar em termos de gastos e, com esta informação, deve verificar se ela se enquadra na sua realidade de orçamento, ou seja, na renda e no patrimônio que conseguiu acumular antes de se aposentar.
Para quem já investia no planejamento de orçamento, pode valer a pena começar usando este padrão de gastos como referência, para então efetuar os ajustes necessários com base na sua nova realidade de vida.

 Por quanto tempo terei que me sustentar?
Por mais que ninguém queira pensar nisto, é uma variável que deve ser levada em consideração, e que está intimamente relacionada com a data em que pretende se aposentar. Quanto antes você se aposentar, mais tempo terá que se sustentar.
Portanto, caso pretenda se aposentar cedo, o melhor é considerar mudanças como a que mencionamos acima, na qual a mudança de imóvel pode gerar um patrimônio extra para garantir seu sustento por alguns anos a mais. Não se esqueça que as expectativas de vida anunciadas para a população na verdade são médias. Portanto, se você goza de boa saúde, e teve um bom padrão de vida, certamente viverá muito além da expectativa de vida atual para os brasileiros. E isso deve ser levado em consideração nos seus cálculos!
Para se ter uma idéia da importância do tema, é preciso analisar a tabela divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que informa a expectativa de vida a uma determinada idade. Para quem acabou de nascer, ou seja, não completou 1 ano de idade, a expectativa é de viver até os 71,3 anos.
O fato de alcançar uma determinada idade significa que já superou alguns riscos, como o de morrer enquanto criança, e o de outras mortes mais associadas à juventude, de forma que, quem tem hoje 50 anos, conta com a expectativa de viver mais 28,2 anos, ou seja, de alcançar os 78 anos. Mas, se você já está com 59 anos, então a tabela projeta uma expectativa de que viva mais 21,3 anos, e, portanto, chegue aos 80 anos. Os dois anos a mais de sobrevida devem ser considerados nos seus cálculos.
Com base na resposta obtida para as perguntas acima você já terá uma boa idéia se planejou de forma correta a sua aposentadoria. Caso contrário, ainda é possível fazer algumas correções de curso! Para quem ainda não começou seu planejamento, não é preciso se desesperar, estaremos abordando os temas acima em artigos separados, de forma a ajudá-lo nessa tarefa.
II – ITEM
Planejando o futuro: o que fazer quando se está perto dos 60 anos?
InfoMoney
SÃO PAULO - Durante as várias fases de nossa vida precisamos rever a forma como investimos nosso dinheiro. Afinal, nossos objetivos mudam com o passar do tempo. Antes dos 40 anos, sua maior meta deve ser fazer o seu patrimônio crescer.
E a melhor forma de fazer isso, é expor-se um pouco mais ao risco. Afinal, como já discutimos em mais de uma ocasião: risco e potencial de retorno andam de mãos dadas. No caso do potencial de retorno não se confirmar, e você sofrer perdas, você tem tempo para recuperá-las.
Aos 60 anos: você acumulou um patrimônio
Mas, à medida que o tempo passa e você se aproxima da aposentadoria, e dos 60 anos, é preciso reduzir a exposição ao risco. Se você se planejou desde antes dos 40 anos, correu algum risco e poupou regularmente, então nesta fase da sua vida já acumulou um patrimônio significativo.
Vejamos, por exemplo, o caso de uma pessoa que poupou desde os 35 anos R$ 350 todos os meses, e que obteve um retorno médio de 1% ao mês. Ao chegar aos 60 anos, esta pessoa terá acumulado pouco mais de R$ 650 mil. Uma estratégia de investimento um pouco mais arriscada, que envolva ações poderia aumentar o retorno da carteira para 1,25%, o que possibilitaria juntar R$ 1,1 milhão.
Crescer é importante, mas preservar também
Seu objetivo agora deixou de ser fazer o patrimônio crescer o máximo possível. O crescimento ainda é importante, pois você precisa se proteger da inflação e se preparar para a eventualidade de chegar aos 100 anos, mas é preciso correr menos riscos.
Como você já acumulou uma reserva financeira, é hora de fazer o dinheiro trabalhar para você. A preservação deste patrimônio passa a ser um fator importante. Além disso, devido à proximidade da aposentadoria, lhe resta menos tempo para lidar com a volatilidade das aplicações mais agressivas.
Não se esqueça da matemática. Recuperar perdas de 10%, quando se acumulou um R$ 1 milhão, é muito mais difícil do que para quem acumulou apenas R$ 50 mil. Perdas desta magnitude nesta fase da sua vida podem forçá-lo a adiar a sua aposentadoria por alguns anos. Uma coisa é manter-se ativo por opção, para garantir uma renda extra na aposentadoria, outra, bem diferente, é ter que trabalhar para garantir o seu padrão de vida.
Menos renda variável
Esta é uma fase difícil da sua estratégia de investimento. É preciso encontrar equilíbrio entre a preservação do patrimônio e o seu crescimento. Quem não acumulou o suficiente, ou foi vítima de fatores destruidores de riqueza, pode se sentir tentado a correr riscos maiores.
Mas, é preciso cautela. O melhor agora é não colocar em risco a sua aposentadoria.
Por outro lado, ainda que precise reduzir sua exposição ao risco, você não deve abrir mão por completo do retorno que as aplicações em renda variável lhe trazem. Diminua a parcela investida em ações ou, se preferir, aplique em fundos multimercados. Faça o que lhe for mais atrativo: só não concentre tudo na renda fixa.
Nunca é tarde para a previdência
Por mais que a maioria das pessoas acredite que nesta fase da vida pode ser tarde demais para investir em previdência privada, tudo depende do que pretende fazer com o dinheiro após a aposentadoria.
Se você tem outros recursos com os quais pode contar nos primeiros anos da sua aposentadoria, pode adiar o resgate dos benefícios para alguns anos após a sua aposentadoria. Ao optar pela previdência, você se beneficia do diferimento de imposto, o que permite um retorno mais alto da sua carteira.
Além disso, a previdência pode ser uma alternativa interessante de transferência patrimonial para os seus herdeiros. Nesta fase da sua vida, um dos seus objetivos financeiros pode ser deixar uma determinada herança. Através da previdência, você efetua esta transferência de uma forma mais eficiente do ponto de vista fiscal.
III – ITEM
Aposentadoria: como recuperar o tempo perdido?
InfoMoney
SÃO PAULO - Aos 20 anos você achava que ainda não ganhava o suficiente e que devida aproveitar o momento. Depois com 30 anos, mesmo diante do significativo aumento salarial, você não conseguiu poupar nada, pois sempre havia uma outra prioridade mais imediata.
Agora com mais de 40 anos você começou a se preocupar com o futuro, mas não sabe ao certo como deve proceder para recuperar o tempo perdido. Afinal, quando o assunto é o planejamento da sua aposentadoria, antes tarde do que nunca!
Recuperando o tempo perdido
Para quem tem dívidas, a prioridade é o seu pagamento. Corte gastos e reveja suas necessidades: você vai se surpreender com o quanto do seu orçamento que é gasto com coisas que "gostaria de ter" ao invés de coisas de que "necessita".
Se você quiser poupar não existe outra forma a não ser gastar menos do que ganha, e se isso implicar em uma revisão do seu padrão de vida. Não pense duas vezes. Reflita da seguinte forma: ou você ajusta um pouco seu padrão de vida hoje, ou terá que ajustá-lo dramaticamente quando estiver aposentado, e mesmo assim pode não ser suficiente.
Direcione suas economias para aplicações que ofereçam tratamento fiscal mais vantajoso, isso porque suas economias crescerão mais rapidamente. Se investir em um fundo que rende 1,20% ao mês, mas cujos rendimentos são tributados semestralmente, o crescimento será mais lento do que se aplicasse em um fundo de mesmo rendimento, mas no qual o imposto só é pago no resgate.
Adicione um pouco mais de risco às suas aplicações, essa é uma forma de compensar o tempo perdido. Mas, não perca de vista o seu apetite por risco. Não estamos falando aqui de uma mudança drástica na forma como investe, mas sim de um pequeno ajuste. Se você é conservador, e teme a renda variável, pode valer a pena direcionar uma parcela pequena, de 5%, para aplicações mais arriscadas que possam ajudar na acumulação mais rápida do seu patrimônio.
Por mais que adie, uma hora terá que parar!
Outra recomendação é adiar a data de aposentadoria. Mas, aqui é preciso cautela, pois, se até agora você não conseguiu resistir aos impulsos de consumir, e entre gastar hoje ou poupar para o amanhã sempre escolheu a primeira opção, pode encontrar dificuldades de se manter na ativa quando seus amigos já estiverem gozando a aposentadoria.
Muitas pessoas adiam o início de um pé de meia porque acreditam que podem sempre trabalhar por mais alguns anos, e com isso poderão recuperar o tempo perdido. Para ver o impacto que cinco anos a mais de trabalho podem ter no patrimônio que você acumula, vamos imaginar que você poupe R$ 250 todos os meses.
Se optar por se aposentar daqui a 20 anos, então terá acumulado R$ 113 mil, assumindo retorno de 6% acima da inflação no ano. Mas, se trabalhar por mais 5 anos, poderá juntar R$ 169 mil, ou 49% a mais! Quando estiver desanimado com a possibilidade de trabalhar por mais alguns anos, pense nisso, que certamente encontrará forças para continuar.
Você vai viver mais!
Qualquer que seja sua intenção de aposentadoria uma coisa é certa: uma hora não poderá contar com uma renda de trabalho, e quando isso acontecer é bom que tenha acumulado um patrimônio se quiser repor essa renda. E não é só isso. É preciso se planejar para o caso de ter que parar antes do previsto, seja por desemprego, doença, ou qualquer outra razão.
Ninguém pode se planejar esperando sempre o melhor, senão quando acontecer uma emergência você não estará preparado. Além disso, você não pode se esquecer que pode acabar vivendo muito mais do que seus pais. Na prática isso significa que você precisa juntar um patrimônio maior, ou então estar disposto a baixar seu padrão de vida.
Para que tenha uma idéia do impacto que a expectativa de vida tem na sua renda futura, basta analisar o caso de uma pessoa que se aposentou com R$ 1 milhão. Se vier a falecer 10 anos após se aposentar, essa pessoa poderá ter uma renda mensal de R$ 11 mil, isso assumindo que o dinheiro aplicado lhe trará um retorno anual de 6% acima da inflação. Porém, essa mesma pessoa teria que viver com uma renda menor, de R$ 7,7 mil, se vivesse por mais 17 anos após a sua aposentadoria.
Se de um lado a expectativa de vida obriga um maior planejamento da sua parte, por outro lhe dá mais tempo para recuperar o tempo que perdeu.
IV – ITEM
Casais: aposentar junto nem sempre é melhor decisão
InfoMoney
SÃO PAULO - Decidir quando parar de trabalhar não é uma tarefa simples, sobretudo, quando se é casado. Afinal, é preciso planejar com calma a data da aposentadoria de forma que o casal possa aproveitar essa época da vida juntos. De que adianta você ter todo o tempo do mundo para uma viagem longa, se o seu cônjuge ainda está trabalhando integralmente?
Exatamente por isso o planejamento conjunto é tão importante, pois o ideal é que os dois se aposentem juntos, ou o mais próximo possível de forma a servirem de apoio um ao outro nessa nova etapa da vida. A situação se complica ainda mais quando existe uma grande diferença de idade entre os cônjuges, pois nesse caso é mais difícil conciliar interesses.
Diferença de idade exige cuidado
Se você já passou dos 60 anos e o seu cônjuge ainda está na faixa dos 40 anos, provavelmente não faz nenhum sentido ele parar de trabalhar para acompanhar o seu novo estilo de vida. Não só porque em termos profissionais não seja vantajoso, mas, sobretudo, porque financeiramente pode fazer muita diferença.
Nesse tipo de situação é bastante provável que o cônjuge mais novo sobreviva ao outro, o que significa que é preciso garantir o seu sustento também. Já imaginou se daqui a 20 anos, por falta de recursos, essa mesma pessoa, que parou de trabalhar aos 40 anos, tiver que voltar ao mercado de trabalho? Certamente enfrentará muitas dificuldades, isso se conseguir se recolocar.
Se você se encontra nesse tipo de situação é importante que se planeje adequadamente, não só financeiramente, mas em termos do que pretende fazer ao seu aposentar, pois é bastante provável que passe boa parte do tempo só. Por que não considerar algum tipo de colocação por tempo parcial, como consultor na área em que atuou, lecionando, ou simplesmente fazendo trabalho social? Pense da seguinte forma: tudo o que receber significa economia, pois não precisa sacar das reservas do casal, e pode manter aplicado, o que contribui para o aumento do patrimônio de vocês.
Antecipar aposentadoria não é recomendável
Porém, mesmo quando a diferença de idade é menor, é importante que o casal faça as contas com cuidado. Não são raros os casos de casais em que a parte mais jovem opta por antecipar a aposentadoria, "por apenas dois ou três anos", para acompanhar o cônjuge mais velho.
A menos que a situação de vocês seja muito tranqüila, isso não é recomendável. O ideal aqui é que, desde que possível, o cônjuge mais velho trabalhe por alguns anos a mais, o que contribuiria para o acumulo patrimonial do casal, mesmo que seja uma ocupação temporária.
E, não é só em termos do patrimônio acumulado que antecipar antes do tempo pode prejudicar as finanças, mas também em termos dos benefícios a serem recebidos. Isso porque na legislação atual, quanto antes você se aposenta menos recebe da Previdência Social, já que o benefício a ser recebido é ajustado por um fator previdenciário que diminui com o passar dos anos.
Na ponta do lápis!
Vamos imaginar um casal com 3 anos de diferença de idade, e que a mulher opta por se aposentar antes aos 60 anos. Nesse caso, assumindo que tenha contribuído por 20 anos, o seu fator previdenciário seria de 0,466, mas se trabalhasse mais 3 anos ele subiria para 0,613. Na prática isso significa que, por se aposentar antes você recebe apenas 46% do salário benefício, enquanto que no segundo caso receberia 61% deste valor!
Mas, a diferença não acaba ai. Imagine que o casal tenha acumulado R$ 1milhão e que mantivesse esse dinheiro investido com um retorno de 6% ao ano acima da inflação, o que é considerado conservador. Como o dinheiro deve durar por toda a vida do casal, analisamos a expectativa de vida de ambos ao se aposentar. Com 60 anos a esposa tem uma expectativa de 22,1 anos frente a 17,1 anos do marido.
Diante disso, tomamos a expectativa de vida da esposa como referência, e neste período o casal poderia ter uma renda de R$ 6,7 mil. Por outro lado, se a esposa esperasse outros três anos, não só poderia acumular mais, como a expectativa de vida baixaria para 19,8 anos. Os dados aqui são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Mesmo sem incluir nas contas a poupança extra desses três anos, o simples fato da expectativa de vida diminuir permitiria que a renda com investimentos fosse de R$ 7,1 mil, uma diferença de R$ 400! Isso não inclui o valor adicional que seria recebido da Previdência Social, pelo fato de ter trabalhado três anos a mais (61% do salário ao invés de 46%), ou a poupança extra que poderia fazer.
Frente a esses números e ao conforto financeiro que alguns anos a mais na ativa podem trazer ao casal, trabalhar por alguns anos a mais pode parecer mais atrativo, sobretudo, porque diante do aumento na expectativa de vida das pessoas, você ainda terá muito tempo para gozar a vida.
V – ITEM
Aposentadoria: como decidir quando parar de trabalhar?
InfoMoney
SÃO PAULO - Não importa quantos anos você tem, se já passou dos 30 anos, certamente já deveria ter começado a planejar o seu futuro. Como já mencionamos em vários artigos, quanto antes você começa a se planejar para o futuro, menor o esforço necessário, e certamente, maior a qualidade de vida que poderá garantir.
Planejar a sua aposentadoria significa responder a algumas perguntas difíceis, que iremos abordar em artigos separados. A primeira delas, e certamente extremamente importante é a de: quando parar! Pode se dizer que, como não temos controle sobre quanto tempo iremos sobreviver, essa decisão é que irá determinar por quanto tempo ficaremos aposentados, ou por quanto tempo, após parar de trabalhar, teremos que nos sustentar.
Quanto você quer juntar?
A grande dificuldade do planejamento de aposentadoria é que as variáveis que vão determinar o padrão de vida que você terá estão intimamente relacionadas. Assim, a sensação que muitas pessoas têm é que nunca encontrarão a resposta para suas dúvidas. Mas, não é bem assim!
Por exemplo, antes de definir quando parar, você precisa ter em mente quanto gostaria de ter acumulado ao seu aposentar. Com base nesse dado e na sua capacidade de poupança mensal é que você poderá entender quando poderá se aposentar. Afinal, a partir dessa data é possível que você não consiga mais poupar, ou reduza dramaticamente sua poupança!
Vamos assumir, por exemplo, que você queira se aposentar com R$ 1milhão, e que esteja disposto a poupar uma quantia fixa todos os meses até a sua aposentadoria, sendo que o retorno da sua aplicação será de 6% ao ano acima da inflação. Essa é uma hipótese relativamente conservadora, e a mesma usada pelas seguradoras e entidades de previdência para o cálculo de sua meta atuarial, de forma que consideramos apropriada.
Se optar por parar daqui a 25 anos, para juntar R$ 1 milhão, você terá que poupar R$ 1.479 nos próximos 300 meses. Por sua vez, se adiar a sua aposentadoria em 10 anos, e se aposentar daqui a 35 anos, então, para juntar o mesmo R$ 1 milhão, terá que poupar menos do que a metade disso, ou seja, R$ 728!
Por quanto tempo poderá se sustentar?
A decisão de quanto parar também deve ser função do quanto tempo poderá se sustentar com a quantia acumulada até a aposentadoria. E a resposta a essa pergunta irá depender do tipo de renda que você pretende ter ao se aposentar e, é claro, da sua expectativa de vida.
No que refere à expectativa de vida, é importante lembrar que até você se aposentar a tendência é que ela aumente ainda mais em relação às estatísticas atuais. Mas, na prática o que isso significa? Dados do IBGE apontam que os brasileiros que já chegaram aos 30 anos devem viver em média outros 45 anos, ou seja, devem falecer aos 75 anos. Porém, aqueles que já chegaram aos 50 anos devem viver em média outros 28,2 anos, ou seja, devem viver três anos a mais!
Isso significa que à medida que o tempo passa, a sua sobrevida aumenta, e isso impacta na renda que poderá ter. Caso não esteja disposto a abrir mão de um determinado padrão de vida, então a saída para esse impasse é se aposentar um pouco mais tarde, sobretudo, se você goza de boa saúde.
Afinal, a expectativa reflete uma média da população, ainda que não existam estatísticas por classe de renda, é bastante provável que as pessoas de maior padrão de vida tenham uma saúde melhor, pelo simples fato que podem ter acesso a tratamentos, que a população mais carente não tem.
Assumindo que o seu patrimônio investido continue rendendo 6% acima da inflação ao ano, após você se aposentar, então se quiser ter uma renda de R$ 7 mil ao mês, poderá se sustentar por 20,4 anos após se aposentar. Com base na tábua de expectativa de vida, essa é a expectativa de vida média dos brasileiros que já chegaram aos 60 anos.
Sobrevida pode comprometer renda
Em teoria, você poderia decidir se aposentar ao chegar a essa idade, porém, é bastante provável que quando alcançar os 60 anos a expectativa de vida dessa faixa etária seja ainda maior e isso irá comprometer sua renda prevista.
Como? Simples, se quando você chegar aos 60 anos, as pessoas dessa faixa etária tiverem uma expectativa de viver outros 25,4 anos, então terá que reduzir seu padrão de vida em 10% para garantir seu sustento. Em outras palavras, terá que viver com uma renda menor, de R$ 6,3 mil.
O "risco de sobrevida" é maior entre os mais jovens, pois é possível que ao se aposentarem a expectativa de vida da população seja muito maior. Se de um lado isso dificulta o planejamento, por outro você ainda tem tempo para aumentar a sua poupança mensal, de forma a acumular mais ao se aposentar.
Porém, se sua intenção e se aposentar em até dez anos, goza de boa saúde e não é obrigado por contrato a parar de trabalhar em uma idade pré-determinada, pode valer a pena rever a data em que pretendia se aposentar de forma a acumular mais recursos e garantir uma aposentadoria mais tranqüila.


VIII – BLOCO

Que renda precisarei ter ao me aposentar?
InfoMoney
SÃO PAULO - Uma variável importante no planejamento da sua aposentadoria é a renda que pretende ter ao se aposentar. O exercício é particularmente difícil para quem ainda está longe desta data, pois ainda não consegue pensar no seu orçamento sem os gastos com filhos, com a compra da casa, etc.
Antes de tentar responder a essa pergunta é preciso que você procure entender que tipo de padrão de vida pretende ter ao se aposentar. Como você pretende gozar o seu tempo livre? Quais são os sonhos que pretende realizar? Você vai querer viajar muito, ou pretende dar festas e receber os amigos com maior freqüência?
Renda pode ser menor
Em geral, as firmas norte-americanas especializadas em consultoria na área de planejamento financeiro recomendam que, para manter um padrão de vida em linha com o que tinha antes de se aposentar você deve planejar receber uma renda entre 70-80% daquela que recebia pouco antes de se aposentar.
A percentagem exata não só varia de acordo com os seus planos de gastos durante a aposentadoria, como também com o patamar de renda que você tinha ao se aposentar, com a sua realidade individual, etc. O percentual tende a ser menor no caso de aposentados solteiros, do que para os que têm companheiro, e para quem tinha uma renda mais elevada ao se aposentar, por exemplo.
Mas, se você está longe de se aposentar, estimar a renda pré-aposentadoria já é uma tarefa e tanto. Uma forma de fazer isso é projetar, somente com base na variação da inflação, qual será sua renda pouco antes de se aposentar. Essa é uma estimativa conservadora, visto que é de se esperar que você receba promoções no decorrer de sua carreira, e que com isso se beneficie de aumentos acima da inflação.
Quais as fontes com que poderá contar?
Esse raciocínio não inclui renda com ganho financeiro que, aos poucos, se à medida que acumula um patrimônio você poderá auferir, até porque acreditamos que essa renda não deva ser usada, mas sim acumulada para garantir seu sustento ao se aposentar.
Isso nos trás para a análise das fontes de renda que você pretende ter ao se aposentar, você já pensou nisso? Atualmente, o brasileiro pode contar com as seguintes fontes de renda: Previdência Social, Previdência Privada, Renda financeira e salário, esse último caso você opte por continuar fazendo bicos, ou trabalho temporário após se aposentar.
 Previdência Social
O valor a ser recebido vai depender do quanto você contribuiu durante toda a sua vida ativa e da data em que optar por parar de trabalhar. De qualquer forma, não se iluda, pois mesmo que tenha ganhado bem mais do que o teto da Previdência, não receberá mais do que isso ao se aposentar.
Além disso, desde 1999, é aplicado um fator previdenciário, que, de maneira simplificada, procura incentivar que você se mantenha na ativa por mais tempo, pois ajusta o seu benefício pela sua expectativa de vida. A participação dessa fonte de renda na garantia do seu futuro vai depender da renda que auferiu enquanto esteve ativo.
Para quem recebia entre 10 e 20 salários mínimos, é recomendável prudência, dado o desequilíbrio das contas da Previdência Social, novas reformas são inevitáveis. Na prática isso significa que para essas pessoas, os benefícios pagos pela Previdência Social não devem responder por mais de 10-15% da renda que precisa ter ao se aposentar.
Planos empresariais
Aqui estamos falando dos benefícios que você receberá por ter contribuído a um plano coletivo que era patrocinado pelo seu empregador. Como até pouco tempo os planos coletivos, ou empresariais, praticamente só existam entre grandes empresas, que empregam uma parcela pequena dos brasileiros, o número de brasileiros que pode ter acesso a essa fonte de renda ainda é pequeno.
Essa situação tende a mudar à medida que surgem novos planos multi-patrocinados que procuram atender empresas de menor porte, ou os planos instituídos, que sendo oferecidos pelas associações ou entidades de classe podem garantir proteção a quem não possui empregador formal, ou atua como autônomo, por exemplo. A grande vantagem aqui é que quando a empresa patrocina o plano, as contribuições são compartilhadas de forma que cada R$ 1 que você direciona ao plano a empresa direciona a mesma quantia. Isso exige menos esforço para acumular reservas.
Planos individuais
 Aqui estamos falando dos benefícios que serão pagos a você quando se aposentar devido ao fato de ter contratado um plano de previdência por conta própria. Tanto no caso dos planos empresariais quanto nos individuais é possível projetar que tipo de benefício você irá receber, já que as entidades que oferecem esses planos possuem modelos de simulação para isso.
Porém, é preciso cuidado! Isso porque como todo modelo o resultado depende das hipóteses que você considerar, se for excessivamente otimista com relação ao retorno obtido pela carteira do plano, isso pode levá-lo a acreditar que receberá um benefício maior do que o efetivamente receberá. Uma estimativa realista seria simular o benefício para vários cenários de juros reais, ou seja, de juros após a dedução da inflação.
Renda financeira
É a renda que você poderá obter da aplicação do patrimônio que acumulou antes de se aposentar. Em geral, recomenda-se que nos primeiros anos de sua aposentadoria, quando ainda pode fazer bicos, você não saque mais do que os juros obtidos com a aplicação dos investimentos.
Contudo, esses juros devem ser calculados em uma base real, portanto, se acumulou R$ 500 mil, e a sua carteira rendeu ganhos líquidos de 1% no mês, e que a inflação no mês foi de 0,2%! Nesse caso para manter o poder de compra do seu patrimônio ele precisaria ser de R$ 501 mil no mês seguinte, isso embute correção pela inflação.
Porém, na verdade o fato de ter auferido ganhos de 1% em termos líquidos, faz com que, ao final do mês, tenha um patrimônio de R$ 505 mil, portanto se quiser preservar seu patrimônio não deve sacar mais do que R$ 4 mil. Ainda que o patrimônio acumulado sirva para lhe garantir o sustento durante o resto da vida, o ideal é que nos primeiros anos de aposentadoria, você seja conservador, e procure preservar o seu patrimônio.
Renda de trabalho
Você se aposentou seja porque foi obrigado, ou porque já não agüentava a vida corporativa, mas isso não significa que precise parar de trabalhar. Dependendo do seu estado de saúde e do quanto pode contar das demais fontes de renda mencionadas acima, é provável que trabalhar após a aposentadoria seja uma necessidade e não uma escolha.
De qualquer forma, até mesmo pela sua qualidade de vida, pois trabalhar com moderação é saudável, é recomendável que se mantenha na ativa, obtendo renda com bicos e trabalhos esporádicos. O objetivo aqui é que você encontre colocações que lhe permitam utilizar sua experiência, mas que se acomodem à nova realidade de vida, em que gozar a vida passa a ser mais importante do que trabalhar.
A menos que você queira abrir mão de muita coisa na sua aposentadoria, o que reduziria a sua renda necessária ao se aposentar, é bastante provável que a soma da sua renda financeira com a sua renda de trabalho responda por cerca de 60% da sua necessidade de renda ao se aposentar. Quanto maior o patrimônio acumulado, menor a necessidade de trabalhar após se aposentar, e vice-versa.
Agora que tem uma idéia melhor do quanto precisará receber ao se aposentar e das fontes de renda com as quais poderá contar, pode incluir essas variáveis no seu planejamento de forma a garantir uma aposentadoria o mais tranqüila possível.
I – ITEM
Aposentadoria: será que você já juntou o suficiente?
InfoMoney
SÃO PAULO - Pensando em quando parar de trabalhar? Saiba que essa decisão depende de vários fatores como, por exemplo, do quanto você pretende acumular e da renda que pretende ter.
Exatamente por isso, o planejamento da aposentadoria exige muita atenção. É importante que, em seu planejamento, você sempre assuma que viverá por mais tempo do que as estatísticas atuais sugerem, pois a expectativa de vida das pessoas está aumentando cada vez mais.
Por quanto tempo terei que me sustentar?
Uma vez que você tenha decidido quando pretende parar de trabalhar, você pode usar as tábuas de expectativa de vida atuais, para estimar por quanto tempo terá que se sustentar.
Para isso basta acessar o site do IBGE (clique aqui) no qual poderá ver as tabelas de expectativa de vida para ambos os sexos. Para ter uma idéia da sua sobrevida, verifique na tabela a linha referente à sua idade, e desconte dos anos de expectativa os anos que faltam até a sua aposentadoria.
Por exemplo, se você é um homem e tem 30 anos de idade, e pretende se aposentar aos 65 anos, então com base na tabela do IBGE, você deve viver outros 42,7 anos. Ou seja, até os 72,7 anos. Porém, como pretende se aposentar somente aos 65 anos, então terá que se sustentar por apenas 7,7 anos. Aqui vale adicionar alguns anos a mais por precaução, pois é possível, que quando você acabe vivendo bem mais. Uma referência para ajustar a expectativa é usar a sua família como referência!
Que renda você pretende ter?
Com uma idéia mais clara do tempo durante o qual terá que se sustentar, para estimar o quanto precisa acumular basta definir o padrão de vida que pretende ter ao se aposentar.
Muitas pessoas acreditam que, por não terem que arcar com o sustento dos filhos, será possível viver com bem menos ao se aposentar. Porém, essas pessoas se esquecem de que na velhice os gastos com saúde e remédios tendem a ser muito maiores. De qualquer forma, estima-se que seja possível cortar em até 20% os gastos ao se aposentar.
Independente disso analise com cuidado o seu orçamento, e tente verificar quais despesas poderia eventualmente cortar ou reduzir ao se aposentar, assim como gastos adicionais que terá que incorrer. Será que ao aposentar você precisará de uma casa tão grande, ou pode ir para um imóvel menor? Você pretende manter dois carros, ou vai abrir mão de um deles? Sua intenção é pagar a escola dos netos, ou pode assumir que não terá gastos com educação? Você pretende viajar com mais freqüência, que tipo de acréscimo mensal isso implicará?
Não se esqueça dos impostos!
Com uma idéia mais clara dos gastos que pretende ter, você já pode estimar suas necessidades de renda. Aqui é importante que se lembre de incluir o pagamento de imposto de renda. Mesmo que parte da renda dos aposentados com mais de 65 anos possa ser considerada isenta, é provável que você acabe tendo que recolher imposto de renda.
Assumindo que você prevê que terá gastos de R$ 4 mil por mês, o que já embute 5% de gordura para gastos emergenciais, então para calcular a renda bruta necessária, considerando a legislação de IR vigente, você precisaria ganhar acima de R$ 4,5 mil. Sob a legislação atual, a base de tributação dos aposentados com mais de 65 anos pode ser reduzida em R$ 1.257,12 por mês, e do imposto devido pode-se reduzir um fator mensal de R$ 188,57 e R$ 502,58, respectivamente, dependendo se a alíquota utilizada for de 15% ou 27,5%.
Outra forma mais simples é assumir uma alíquota de 27,5%, que é a alíquota máxima vigente, e ignorar as isenções atuais, o que confere mais conservadorismo à projeção. Nesse caso, a renda bruta necessária seria de cerca R$ 5,5 mil. O conservadorismo aqui é recomendável, pois se acabar recolhendo menos imposto, o que sobrar é dinheiro a mais que você pode usar como quiser.
Na ponta do lápis!
Agora que já sabe que tipo de renda precisará ter, está na hora de pensar quanto desse montante poderá ser coberto pelo recebimento de aposentadoria da Previdência Oficial, ou de benefícios de fundo de pensão da empresa em que trabalhou.
Vamos assumir o caso mais drástico de uma pessoa que nunca contribuiu para a Previdência, e que, portanto, terá que viver da renda gerada pela reserva financeira que pretende acumular. Vamos assumir que, como no exemplo inicial, você tenha 30 anos e pretenda se aposentar aos 65 anos, e que, após analisar sua expectativa de vida constatou que deve ficar aposentado por 15 anos.
Com essas informações você sabe que, aos 65 anos, precisa ter o suficiente para lhe gerar uma renda de R$ 5,5 mil por 15 anos. Agora é hora de assumir com que taxa esse dinheiro será investido. Como apesar de baixa a inflação ainda afeta o rendimento das suas aplicações, em nossa análise utilizamos juros reais, ou seja, o rendimento que supera a inflação.
Assumimos que, após se aposentar o dinheiro, irá render 4% ao ano acima da inflação, de forma que para garantir uma renda de R$ 5,5 mil por 15 anos seria preciso juntar até a sua aposentadoria R$ 747 mil! Caso queira fazer suas próprias simulações, não deixe de conferir nossa calculadora.
II – ITEM
Preparando-se para o inevitável
InfoMoney
SÃO PAULO - Não existe nada mais fascinante do que as surpresas que a vida nos traz. Muitas delas são felizes, mas outras nos abalam de tal forma, que chegamos até mesmo a duvidar que sejamos capazes de começar de novo. O casamento, em geral, faz parte das surpresas felizes, mas pode, mesmo quando bem-sucedido, terminar de repente com o falecimento de um dos cônjuges, e é preciso estar preparado!
Este tipo de situação abala qualquer um. Nestas horas ninguém tem cabeça para pensar em finanças. Mas, infelizmente, as contas continuam vencendo, e você não pode largar tudo, pois aí, além do problema pessoal, pode acabar acumulando uma dificuldade financeira.
Mulheres estão mais expostas ao risco
Infelizmente as mulheres estão mais expostas a este risco. Afinal, com uma expectativa de vida maior, estão mais sujeitas a viúvez que os homens. Além disso, a maioria ainda prefere delegar a responsabilidade das finanças do casal para o marido.
O problema não está em delegar, pois a vida em comum deve mesmo prever o compartilhamento de responsabilidades, mas sim em não participar das decisões e não se manter informada (o) sobre a situação financeira do casal. Já imaginou se o inevitável acontecer antes do previsto? Será que você está preparada (o) para lidar com isso?
A melhor forma de evitar que este tipo de situação aconteça é estabelecer um dia por ano para discutir as finanças da família. Caso você já tenha filhos adultos é recomendável que participem, pois o envolvimento deles após um evento traumático como a perda de um cônjuge pode fazer toda a diferença.
Mas, se não tiver filhos adultos, então o simples fato de estar informada (o) sobre a situação poderá ajudá-la a comunicar o que deve ser feito para o seu advogado, irmãos ou outros familiares dispostos a ajudá-la (o) nesta etapa difícil de sua vida.
Dicas de como se preparar
Por mais difícil que seja para você considerar este tipo de situação, evitar o tema não é a saída. É importante que estabeleça na sua agenda um dia por ano (ou na freqüência que achar melhor) para discutir o tema. Abaixo foi selecionada uma lista de temas relevantes e que devem ser discutidos pelo casal.
 Com o que poderá contar?
Por mais incrível que pareça, não são raros os casos onde um dos cônjuges não tem uma idéia clara do quanto o casal possui. Em geral, sabe sobre o imóvel e os carros, mas não se inteira sobre as aplicações financeiras, plano de pensão etc.
Assim, é importante que vocês discutam tudo o que possuem. Mas, vá além dos ativos, informe-se sobre a existência de seguros, de vida ou acidente, sobre o plano de previdência, sobre dívidas etc. Caso vocês tenham financiado o carro ou casa própria, informe-se sobre a existência de cláusulas protegendo contra o falecimento.
O objetivo aqui é tentar entender com quanto poderá contar para recomeçar a sua vida, em caso de falecimento do cônjuge. Será que isso é suficiente para garantir, por exemplo, o ensino das crianças? Este é um momento importante de reflexão e, sobretudo, planejamento. Caso concluam que não acumularam o suficiente, é preciso definir que tipo de atitude será tomada, etc.

 Qual é a estratégia adotada?
Caso vocês tenham investimentos, é importante que o casal discuta sobre a estratégia que está sendo adotada. O cônjuge que não fica diretamente responsável pela gestão financeira do casal deve entender o funcionamento de cada classe de ativo, que tipo de risco ele implica, qual o retorno que tem sido auferido, qual a previsão de valorização no longo prazo e, extremamente importante, qual a liquidez da aplicação.
Uma vez que você tenha entendido a estratégia por trás dos investimentos que possuem, vale a pena falar sobre quais critérios devem ser considerados para decidir entre manter ou vender uma determinada aplicação. Não são raros os casos de esposas (ou maridos) que só se inteiram sobre as aplicações do cônjuge falecido, quando já não podem contar com ele (a) para discutir o que fazer como esta aplicação. A discussão anual é o momento para discutir isso abertamente, você pode não ter outra chance.

 Com quem poderei contar?
Por mais que você se esforce para entender como as finanças do casal estão sendo administradas, é provável que não se sinta confortável em tomar decisões, sobretudo financeiras, sem a ajuda de alguém.
Afinal, não se pode esquecer que se trata de um momento difícil na vida de qualquer um, de forma que é natural querer contar com o apoio de alguém. Daí a importância de se discutir quem poderá servir de apoio ou conselheiro neste tipo de situação. Caso optem por um aconselhamento profissional, é importante que você conheça este profissional, e que se sinta confortável com ele.

 A documentação está em ordem?
Este não é o momento para você procurar informações, documentos, ou ir atrás de extratos. Dependendo do grau de ordem que os documentos estiverem, esta pode ser uma tarefa bastante fácil, que pode ser feita por qualquer um, ou extremamente árdua.
O ideal, portanto, é que você e seu cônjuge mantenham as contas do casal em ordem, arquivadas, de forma que qualquer um possa assumir o controle da situação se preciso. Informe-se sobre onde se encontra a documentação referente às apólices, planos de previdência, financiamentos etc. Este é o tipo de informação que tem que estar à mão, pois você não vai ter cabeça para procurar depois.
Fazer um testamento é outra providência a ser tomada, pois facilita o processo de distribuição dos ativos do cônjuge falecido. Mas é importante que ele esteja atualizado!
Se tudo isso parece muito difícil e assustador, pode valer a pena investir um pouco mais de tempo na sua educação financeira. Comece mantendo-se informada (o) sobre os fatos importantes da economia, leia com mais atenção o jornal e pergunte quando tiver dúvidas sobre a relação causa e efeito. Informe-se sobre os produtos financeiros existentes, suas vantagens e desvantagens, leia revistas, sites ou livros especializados.
Não há dúvida que, à medida que se inteirar mais sobre o tema, sua confiança aumentará, e com ela o seu preparo para um dia ter que lidar com os eventos inesperados que a vida traz.
III – ITEM
Ao planejar seu futuro, não inclua chance de herança
InfoMoney
SÃO PAULO - Ao elaborar o seu planejamento financeiro, o ponto de partida deve ser a sua renda e não as suas despesas. É com base nela que você deve tentar acomodar as suas despesas, e não vice-versa. Na verdade, ao agir desta forma você simplesmente está garantindo que irá gastar apenas aquilo que recebe, e que, portanto, não irá se endividar.
Porém, ao determinar qual é a sua renda, é recomendável que tente estabelecer um padrão histórico, calculando a média em vários períodos de tempo, e excluindo todos os rendimentos extraordinários, ou variáveis, como bonificações, por exemplo.
Também não devem ser incluídas as receitas não recorrentes, como férias e 13º salário. A razão para isso é simples: e se você for demitido antes do final do ano? Neste caso, ainda que receba o benefício, ele não será integral, e você pode acabar em uma situação delicada. Se elaborar este tipo de planejamento enquanto você trabalha é difícil, imagine planejar como será o seu padrão de vida ao se aposentar!
Herança não é só para ricos
Mas, como fazer para o planejamento futuro? Que receitas você pode e deve considerar, ao tentar estimar o seu padrão de vida durante a aposentadoria? Basicamente você poderá contar com os benefícios da Previdência Social, caso tenha efetuado a contribuição, com os benefícios da Previdência Privada, caso tenha contribuído pela empresa ou individualmente a um plano, e com a renda gerada pelo patrimônio que acumulou ao longo da vida.
De maneira semelhante ao planejamento financeiro presente, você não deve incluir em suas contas a possibilidade de recebimento de herança. Ainda que o termo pareça estar associado a uma minoria milionária, a verdade é que nem sempre estamos falando de valores altos. Não são raros os casos de pessoas que "contam" com a venda da casa/carro ou outros bens dos pais, para juntar o pé de meia que precisam para realizar um determinado objetivo financeiro.
Mais do que conservadorismo, a recomendação é fruto da constatação de que o mundo está passando por significativas mudanças demográficas e que os hábitos de poupança estão mudando ao longo das gerações, o que deve influenciar nas chances de você receber a sua herança.
Vivendo mais
Incentivada pelas necessidades da guerra e pelo pedido dos governos para que poupasse, a geração da Segunda Guerra chegou à vida adulta com uma mentalidade mais poupadora, o que, junto com o boom econômico que se viu no pós-guerra, permitiu que acumulasse um patrimônio significativo. Não é a toa que estatísticas do governo norte-americano estimam que esta geração deva ter acumulado US$ 10 trilhões!
Em linha com o que vem acontecendo no mundo todo, a expectativa de vida desta geração é maior do que a dos seus pais. Com mais acesso à saúde, eles estão vivendo mais, o que acaba reduzindo o patrimônio que pode ser herdado. Esta situação só tende a piorar no futuro.
Se você tem 30 anos hoje, suas chances de vir a herdar alguma coisa dos seus pais são menores do que a chance dos seus pais herdarem algo dos seus avôs. Contribui para isso o fato de que seus pais não só irão viver mais que seus avôs, o que os fará necessitar de um patrimônio maior para garantir o seu sustento na aposentadoria, como também devem ter acumulado menos.
Nunca foi tão difícil poupar
Mas, o problema não é só o fato de que, por viverem mais, seus pais serão forçados a usar uma parcela maior do seu patrimônio. O patrimônio acumulado por eles também deve ser menor, proporcionalmente ao acumulado pelos seus avôs. E isso se deve, em grande parte, a uma mudança nos hábitos de consumo das gerações do pós-guerra.
Não só ficou mais difícil acumular um patrimônio, pois o crescimento econômico não se deu na mesma medida, como também a competitividade do mercado de trabalho aumentou. Além disso, a cada geração, aumenta o apego ao consumo, e nos realizamos cada vez mais em "ter".
Aos 40 anos você consegue viver sem um celular de última geração, mas precisa do aparelho, apesar de há pouco mais de uma década ele praticamente não existir no Brasil. Frente aos seus pais, você criou uma necessidade de consumo, que eles nunca tiveram durante suas vidas. Já o seu filho provavelmente não vê a situação da mesma forma, e não entende como você pode viver sem um aparelho mais moderno.
Caso receba, aí sim pense no que fazer
Na prática, isso significa que contar com a herança dos seus pais para garantir o seu futuro é uma estratégia extremamente arriscada, pelo simples fato que ela pode não vir, ou acabar sendo muito menor do que você imagina.
Caso ainda não esteja convencido, vale lembrar os dados de outro estudo do governo norte-americano. Ao entrevistar pessoas da geração pós-guerra, que em teoria teriam direito a US$ 10 trilhões, 5 em cada 6 entrevistados afirmaram que não receberam qualquer tipo de herança e não acreditam que irão receber.
A estratégia, portanto, é tratar uma possível herança da mesma forma como você trata os seus bônus: decida o que fazer com ela quando e se ela vier...
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Que renda poderei ter ao me aposentar?
IV – ITEM
Com um bom planejamento, você pode viver de renda
InfoMoney
SÃO PAULO - Você já parou para pensar que suas economias já podem ser suficientes para garantir uma renda mensal até o final de sua vida? Mesmo que você considere que já acumulou um patrimônio suficiente, é preciso cautela, pois, como já discutimos anteriormente, dependendo da forma como investir esses recursos e do seu padrão de resgate ele pode acabar não durando o tempo necessário.
Quanto ao resgate dos recursos, faça as contas com calma: só saque o retorno obtido depois de descontar a variação dos preços e todos os impostos. Na maioria dos investimentos, o recolhimento dos impostos é feito na fonte, mas em alguns casos não funciona assim, e você não pode correr o risco de sacar mais do que deveria.
Considerando que você já acumulou o patrimônio adequado e que ainda lhe restam alguns anos para se aposentar, então certamente em sua estratégia de investimento você poderá arriscar um pouco mais. Ao investir o seu patrimônio, sua preocupação deve ser não apenas preservar, mas também fazer o seu patrimônio crescer. A decisão de quanto alocar para preservação versus alavancagem do patrimônio vai depender do seu perfil enquanto investidor, do quanto já acumulou, e quanto tempo ainda tem até se aposentar.
Não invista apenas em imóveis. Diversifique!
Mesmo que você já tenha acumulado um patrimônio significativo, uma coisa é certa: nunca coloque todos os seus ovos em uma única cesta! Muitas pessoas que planejam viver de renda investem todas as suas economias em imóveis, na crença de que se trata de um investimento sem risco e de retorno garantido. Não é bem assim!
Investir em imóveis implica, sim, em riscos. Além da inadimplência, do inquilino não pagar o aluguel - o que certamente não ocorre nas aplicações em renda fixa - você corre o risco de vacância. De maneira simplificada, é possível considerar que o risco de vacância equivale ao risco de liquidez, de você não conseguir alugar o imóvel, e, portanto, não receber a renda esperada.
Mais ainda, caso o imóvel não seja alugado, cabe ao proprietário arcar com custos de condomínio, manutenção e IPTU do imóvel, o que reduz significativamente o retorno da aplicação. O maior problema é que, além de embutir alguns riscos, o aumento da oferta de imóveis para locação, sobretudo nos grandes centros, pressionou os aluguéis. Atualmente, é possível alugar um imóvel usado por algo como 0,6%-0,8% do seu valor, o que uma vez descontado o imposto de renda oferece retorno inferior ao da poupança, cujo risco é menor.
Diante disso, fica fácil entender que, independente do tamanho do seu patrimônio e perfil de risco, não se recomenda direcionar mais do que 30% das suas economias em imóveis, pois se trata de um investimento de pouca liquidez e você pode ter dificuldades para conseguir seu dinheiro de volta caso precise. Ainda que, ao investir em fundos imobiliários, esteja menos exposto a esses riscos, ainda assim não se pode negligenciar o risco de liquidez desta aplicação.
Preservando seu patrimônio e sua renda mensal
Para quem ainda não juntou o suficiente ou é conservador por natureza, sua maior preocupação deve ser a manutenção do seu patrimônio. Neste caso, uma boa opção de investimento é a renda fixa.
Por mais que os juros estejam em queda, o retorno deste tipo de aplicação ainda é bastante atrativo, sobretudo quando levamos em consideração aspectos como liquidez e retorno ajustado para o risco. Uma opção interessante na renda fixa é o investimento através do Tesouro Direto, em títulos públicos. De maneira geral, o retorno não é tão distinto daquele oferecido por boa parte dos fundos DI e de renda fixa, e os custos envolvidos são bem menores.
Mas, como o nome do jogo é diversificação, pode valer a pena direcionar uma parcela dos recursos para aplicações em fundos de renda fixa do tipo crédito, por exemplo. A diferença entre eles e os fundos de renda fixa tradicional é que, por aplicarem parte dos recursos em títulos de renda fixa privada, em geral obtém um retorno mais atrativo.
À medida que se patrimônio cresce, é possível reduzir a parcela direcionada a aplicações mais conservadoras. Porém, caso pretenda viver de renda, é preciso direcionar ao menos 75% das suas economias para aplicações voltadas à preservação do patrimônio. O porcentual exato e a forma como irá diversificar estes recursos dentre as aplicações discutidas acima vão depender do quanto acumulou e do seu perfil como investidor.
Como fazer seu patrimônio crescer?
A parcela das suas economias destinada a aumentar o valor do seu patrimônio no longo prazo deve ser aplicada em investimentos de maior rentabilidade e, conseqüentemente, maior risco, como por exemplo, investimento direto em ações, fundos de ações, fundos multimercados, etc.
Como o risco de investir em ações diminui quanto mais longo o período em que você deixa o dinheiro investido, você só deve aplicar em fundos de ações e derivativos a parcela das suas economias destinada a investimentos no longo prazo. Em outras palavras, recursos que não pretende sacar por pelo menos dois anos. A razão para isso é bastante simples: o investimento em ações implica em forte volatilidade.
Para se ter uma idéia, o principal índice da bolsa, o Ibovespa, amargou perdas por três anos consecutivos, 2000, 2001 e 2002 - período em que acumulou uma desvalorização de 35%. Desde o início de 2003, contudo, o mesmo índice já acumula alta de mais de 200% e, ainda assim, muitos analistas estão otimistas e projetam um crescimento de quase 15% para o Ibovespa até o final de 2006, o que levaria o índice superar a barreira a 41 mil pontos.
Este desempenho deixa claro que quem não pôde esperar a recuperação de 2003, pois precisava sacar o dinheiro em 2002, acabou registrando perdas, que teriam sido facilmente compensadas, não houvesse a necessidade do saque. Como a maioria dos investidores não se destaca pela frieza ao investir, nossa sugestão é que no máximo 25% dos seus recursos sejam destinados ao investimento no mercado acionário.
Além dos fundos indexados ao índice IBr-X, outra boa opção é investir nos fundos multimercados com renda variável, que limitam o investimento em bolsa a 49% da sua carteira. Para quem prefere montar sua própria carteira de ações, a melhor sugestão é dar preferência as que pagam bons dividendos, ou seja, aquelas que retornam uma boa parcela dos seus lucros para os acionistas na forma de dividendos.
O investimento em ações deste tipo é menos arriscado, pois pode ser quase comparado ao investimento em renda fixa, com os dividendos sendo equivalentes ao pagamento de juros na renda fixa. Dentre as empresas com este perfil podemos citar: Telesp, Souza Cruz, CSN, Telemar Norte Leste e AmBev.
A combinação de um bom planejamento orçamentário, de forma a evitar gastos desnecessários, com grande disciplina no controle de suas aplicações, deve ajudá-lo a continuar vivendo de renda sem colocar em risco o seu patrimônio.
V - ITEM
Saiba fazer seu dinheiro render mais ao se aposentar
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SÃO PAULO - Depois de anos planejando sua aposentadoria, finalmente chegou a hora de dizer adeus aos colegas de trabalho e aproveitar um pouco mais a vida. Os filhos estão crescidos, você já quitou sua casa e conta com um patrimônio que lhe permite gozar alguns prazeres.
Mas, não é agora que você está aposentado, que vai abandonar os hábitos adquiridos durante uma vida inteira de planejamento financeiro. Afinal, ao se aposentar, você não goza da mesma entrada de recursos de quando está na ativa. Exatamente por isso, é importante que não perca controle dos gastos.
Inegavelmente, o planejamento financeiro é a melhor receita para fazer render o dinheiro acumulado. Abaixo selecionamos algumas dicas úteis para quem procura cortar gastos após a aposentadoria:
 Faça um plano financeiro
Nada preocupa mais um aposentado do que o medo de ficar sem dinheiro e ter que depender da ajuda dos outros. Estabelecer um planejamento financeiro, sobre como pretende utilizar o dinheiro economizado ao longo dos anos, ajuda a combater estes medos.
Mesmo que, depois de elaborar o plano, você constate que precisa alterar drasticamente seus hábitos de consumo, o esforço terá valido a pena. Você agora tem uma visão mais clara da sua condição, e tempo para se ajustar à nova realidade. Trata-se de uma situação muito melhor do que descobrir, depois de alguns anos gastando mais do que podia, que suas reservas simplesmente acabaram.
Quanto você precisa dispor anualmente para manter o seu padrão de vida? Compare este valor com as suas fontes de renda: benefício de previdência social e privada, renda de aluguel etc. Com esta informação em mãos, verifique qual a melhor estratégia de investimento para o seu dinheiro.

É possível que valha a pena vender o seu imóvel, de forma a garantir maior liqüidez ao seu patrimônio. Mas este tipo de decisão só é possível depois de uma análise detalhada do seu patrimônio. Mantenha o hábito de rever sua estratégia de investimento e situação financeira periodicamente. Afinal, o mercado está constantemente mudando, e aquilo que parece um bom investimento hoje pode não ser amanhã.

 Evite corroer o seu patrimônio
Aplique de forma a poder viver da renda gerada por ele. Mas, se isso não for possível, você tem duas alternativas: pode rever seus gastos, ou sacar uma parcela maior do patrimônio.
Se optar pela segunda alternativa, não resgate mais do que 3-4% do que acumulou por ano. Este tipo de limitação irá garantir uma sobrevida maior para o seu patrimônio. Lembre-se que, dependendo da idade em que se aposentar, você tem mais ou menos anos para garantir o seu sustento. Ajuste este percentual de acordo com isso.

 Procure melhores taxas e custos
Ainda que investir na poupança seja bastante seguro, esta não é a aplicação que irá lhe render o melhor retorno. Pesquise e analise com cuidado as opções de investimento quanto ao risco e retorno que oferecem e reflita sobre a possibilidade de consolidar algumas aplicações.
Um erro comum entre os pequenos investidores é acreditar que, porque têm dinheiro aplicado em fundos DI e CDB, já estão diversificando e obtendo a melhor relação risco-retorno para o seu dinheiro. Isto não é necessariamente verdade. No caso de investir em um CDB pós-fixado, você não necessariamente reduz o risco, mas provavelmente prejudica o seu retorno.
Por quê? Simples: as taxas cobradas pelos bancos nos fundos tendem a ser mais baixas, quanto maior o valor aplicado. Ao invés de aplicar R$ 10 mil em dois fundos de renda fixa distintos, coloque a mesma quantia em um único fundo, e a diferença de taxas lhe garantirá um retorno bem melhor.

 Minimize a mordida do Leão
Invista algum tempo planejando o quanto gasta com imposto de renda, e buscando alternativas de reduzir esta conta. Se você tem mais de 65 anos, mesmo que esteja isento de entregar a declaração, talvez valha a pena fazê-lo. Pois, pode se beneficiar da parcela isenta de aposentadoria, o que pode lhe dar o direito à restituição de parte do imposto pago no decorrer do ano.
Avalie quais as alternativas mais eficientes de deixar herança. A previdência e a doação em vida são alternativas interessantes de redução do imposto.
Mas isso também vale para as aplicações financeiras. A mudança na tributação das aplicações financeiras exige que você planeje melhor a forma como investe. Afinal, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor tende ser a mordida do leão. Reveja seus investimentos e segmente a forma como são aplicados.

 Corte o desnecessário
Reveja com cuidado os seus gastos. Quanto você está gastando com tarifas bancárias? Verifique se não existe um pacote de custos mais baixos, agora que seu uso dos serviços bancários irá diminuir.
Enquanto trabalhava, você precisava ficar à disposição em caso de necessidade. Mas agora, o uso do celular deve ser menor. Sendo assim, por que não pesquisar se existe um pacote mais adequado ao seu padrão de uso do aparelho, ou simplesmente comprar um pré-pago? Por que não trocar o segundo carro por outro menor, e economizar em seguro, IPVA etc?
O mesmo vale para as apólices de seguro de vida. Avalie novamente suas necessidades. Quando você contratou o seguro pretendia garantir que, em caso do seu falecimento, sua família teria recursos para se sustentar por algum tempo. Faça as contas se isso ainda é necessário, ou se já acumulou o suficiente de forma que não mais precisa se preocupar com isso.
Aqui as opções variam de acordo com os hábitos de consumo, mas uma coisa é certa: basta um pouco de esforço e você logo identificará áreas onde poderá cortar gastos.

 Alugue antes de comprar
Não são raros os casos de pessoas que, ao se aposentar, procuram mudar o seu estilo de vida. As opções aqui variam, desde se transferir para uma região mais tranqüila da cidade, até mudanças mais radicais, de cidade ou Estado, por exemplo.

Mesmo que tenha passado os últimos anos pensando nesta hipótese e já esteja convencido de que esta é a melhor opção para você, não haja por impulso. Antes de comprar uma casa nova no local onde pretende morar, alugue. Experimente o novo estilo de vida. Afinal, você não quer correr o risco de ver seu patrimônio investido em um estilo de vida do qual não gosta.

 Aproveite os descontos
Até pouco tempo atrás os idosos não tinham acesso a nenhum tipo de desconto. Mesmo que este benefício ainda seja pequeno em comparação ao que estas pessoas fizeram pela sociedade, já é possível gozar de algumas vantagens.
Fique atento aos seus direitos. O Estatuto do Idoso, por exemplo, impede o reajuste por faixa etária dos planos de saúde para segurados acima de certa idade. Se você se enquadra nesta situação, reclame se notar alguma cobrança indevida!
Atenção às fraudes: muitas das vítimas são pessoas idosas atraídas por oportunidades únicas de negócio! Se até agora você nunca se envolveu em situações das quais não tinha absoluto controle, por que mudar de postura a esta altura da vida? Lembre-se: você demorou muitos anos para juntar o seu patrimônio. Dificilmente ele irá dobrar da noite para o dia, sem que você esteja correndo riscos excessivos.

IX – BLOCO

Envelhecimento da população desafia a Previdência
InfoMoney
SÃO PAULO - Um dos problemas que a Previdência enfrenta é o do envelhecimento da população brasileira. Isso porque uma parcela menor de pessoas ativas precisará cada vez mais arcar com os gastos das pessoas em idade inativa. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o país caminha para uma população mais idosa, a exemplo do que já ocorre com muitos países desenvolvidos.
Para se ter uma idéia da dimensão desse problema, o país tem hoje 4 milhões de idosos acima dos 75 anos, e as estimativas apontam para uma quantia de 23 milhões em 2050, que representaria um aumento de quase seis vezes.
Impacto na Previdência Social e na Privada
Com o aumento da parcela idosa no Brasil, os gastos do governo com o pagamento de benefícios previdenciários crescerão, sendo que atualmente já consomem cerca de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Para aqueles que aderem à Previdência Privada, será preciso poupar por mais tempo, ou investir valores maiores, para garantir um benefício por toda a vida, já que está cada vez mais longa.
Fica fácil entender assim, que os impactos do envelhecimento da população aparecem tanto na Previdência Social quanto na Privada. A chamada "fase de acumulação", que é o período em que as pessoas poupam os recursos, terá que se adequar à duração da "fase do benefício", o período em que as pessoas obtêm as parcelas da reserva acumulada. Em outras palavras, as pessoas terão que poupar por mais tempo, ou aumentar a quantia investida, se quiserem garantir o mesmo padrão de vida.
Maior expectativa de vida
A expectativa de vida das pessoas varia conforme a classe social e a região em que moram. Pessoas com melhor qualidade de vida tendem a viver mais do que aquelas que vivem em piores condições.
No Brasil, a expectativa de vida está em torno de 72 anos, mas acredita-se que ela alcance 81 anos em 2050. O avanço da medicina é o principal responsável por essa mudança demográfica verificada no mundo.
Para os planos de saúde, o envelhecimento da população também representa um problema, já que os gastos com saúde tendem a aumentar com a idade. Assim, quanto mais a pessoa sobreviver maiores os gastos com tratamento, e maior a necessidade de que as empresas se planejem para esses gastos.
Para uma idéia mais clara do impacto que alguns anos a mais de vida terão sobre as suas reservas financeiras, e conseqüentemente a renda que você poderá contar ao se aposentar você pode usar nossa calculadora de Aposentadoria.
I – ITEM
Envelhecimento mundial: será que estamos preparados para viver mais?
InfoMoney
SÃO PAULO - O avanço da medicina e as melhores condições de vida da população estão fazendo com que as pessoas vivam cada vez mais. Se por um lado, isso mostra um forte avanço, por outro, a sociedade não parece preparada para lidar com o cenário que está se configurando.
Os números atuais e as perspectivas para daqui a alguns anos surpreendem, porque a parcela de idosos deve crescer muito. Aliado ao fato de que as pessoas têm cada vez menos filhos, por conta do custo elevado de se educar uma criança e pela maior inclusão da mulher no mercado de trabalho, o fato preocupa.
O fenômeno é mundial, ainda que cada país esteja em um estágio diferente do ciclo demográfico. Certamente, a situação é mais grave nos Países desenvolvidos, mas mesmo entre os menos desenvolvidos, a situação exige atenção.
Proporção de idosos cresce
A proporção de pessoas com 60 anos ou mais está crescendo mais rápido do que em qualquer outra época, em todo o mundo. Preocupada com a tendência, a OMS (Organização Mundial de Saúde) elaborou estudo sobre o tema: "Envelhecimento Global: um triunfo e um desafio".
Nele estima-se que, entre 1970 e 2025, o crescimento dessa parcela da população seja da ordem de 694 milhões, ou 223%. Naquele ano, deverá existir 1,2 bilhão de pessoas nessa faixa. Para 2050, a expectativa é de que esse número atinja 2 bilhões, com concentração nos países desenvolvidos, onde viverão 80% deles.
Acima dos 80 anos, os números são menos expressivos, sendo que atualmente há cerca de 69 milhões de pessoas nessa categoria. Embora a faixa represente apenas 1% da população mundial e apenas 3% da população dos países desenvolvidos, é o segmento que cresce mais rápido dentre os idosos.
O mesmo estudo aponta que no ano de 2002 o Brasil contava com 14,1 milhões de idosos com mais de 60 anos, número que deve mais que dobrar até 2025, quando o total de brasileiros nessa faixa etária será de 33,4 milhões.
Impacto na força de trabalho
Uma das preocupações que surge com o envelhecimento da população é se a menor força de trabalho será capaz de suportar a parte da população que supostamente é dependente dela (como crianças e idosos), e por quanto tempo.
Vale destacar um índice que mede a proporção de pessoas em idade avançada (acima de 60 anos) sobre pessoas em idade ativa (entre 15 anos e 60 anos). O número varia muito de país para país.
No Japão, por exemplo, existem atualmente 39 pessoas idosas para cada 100 pessoas na chamada fase ativa. Até 2025, esse número deverá crescer para 66. Na América do Norte, a proporção é de 26 pessoas mais velhas para cada 100 pessoas entre 15 e 60 anos, sendo que o número deverá crescer para 44. Na Europa, a perspectiva é que sejam 56, e não mais 36 pessoas como atualmente.
O indicador tem sua importância, pois sinaliza quanto pesam na força de trabalho as pessoas inativas por conta da idade avançada. Mas apresenta imprecisões, uma vez que existem muitas pessoas acima dos 60 anos que trabalham, e que estão sendo contabilizadas como dependentes.
Como lidar com a situação?
A iniciativa pública e a privada devem prestar mais atenção a essa tendência, que é mundial, já que as necessidades da população variam muito conforme a faixa etária predominante.
Diante desse cenário, a OMS recomenda a adoção de programas e políticas que capacitem as pessoas a continuarem trabalhando de acordo com suas capacidades e preferências quando envelhecerem. Isso minimizaria o peso dos inativos sobre os ativos, melhoraria a qualidade de vida dessa fatia e facilitaria sua inclusão em círculos sociais.
Por outro lado, também são importantes iniciativas que previnam ou retardem doenças, mais freqüentes com a idade, e que são onerosas para os indivíduos, famílias e para o sistema de saúde. Ou seja, uma atenção maior deve ser dada a essa classe.
Para todos os países, em especial para os desenvolvidos, onde o movimento está mais acentuado, medidas para ajudar as pessoas mais velhas a continuarem saudáveis e ativas são estritamente necessárias.
II – ITEM
Terceira idade e aposentadoria: cada país enxerga de uma forma
InfoMoney
SÃO PAULO - Nem todas as pessoas enxergam da mesma forma a terceira idade e a aposentadoria. Há pessoas que planejam mais, enquanto outras se preocupam menos com a questão da previdência. Um estudo feito pelo grupo HSBC, "O Futuro da Aposentadoria", mostra que essa questão tem um fundo cultural, ou seja, as pessoas de uma mesma cultura se comportam de modo semelhante.
Isso não significa que todas as pessoas de um mesmo país pensam da mesma forma, mas sim que, na média, existem elementos em comum, e diferentes com relação aos outros países. A pesquisa foi realizada no Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Brasil, México, China, Hong Kong, Índia, Japão.
Terceira idade com otimismo
Segundo o estudo, os canadenses são extremamente otimistas com seus últimos anos de vida, que são vistos como um tempo de reinvenção, ambição, novas carreiras e relacionamentos mais próximos com amigos e família. Eles crêem que uma boa preparação é a chave para uma aposentadoria satisfatória e pensam que ela é responsabilidade deles próprios. Os canadenses freqüentemente revisam suas economias e investimentos e discutem o planejamento financeiro com profissionais e amigos.
Já os norte-americanos enxergam os últimos anos como um tempo para novas oportunidades, novas carreiras e religião. Eles têm uma imagem bastante positiva tanto sobre a juventude quanto sobre a velhice. De maneira semelhante, a preparação financeira é bastante valorizada pelos norte-americanos, que contribuem ativamente com fundos de pensão e procuram conselhos de profissionais, internet, jornais, revistas e amigos.
Filhos devem ajudar?
Existe uma clara diferença de opinião entre os países com relação à participação dos filhos nos gastos dos idosos. Os norte-americanos, por exemplo, não sentem que podem depender deles para dar um suporte financeiro em sua idade avançada.
Já os indianos pensam de outra maneira. Eles dificilmente pensam que precisarão arcar com seus gastos na aposentadoria. Também não acham que o governo tem essa responsabilidade, e sim seus filhos. Desse modo, não planejam o futuro, e consideram esse período como os melhores anos da vida.
Medo de solidão na velhice
Segundo sugere o estudo, os franceses parecem acreditar que as pessoas mais velhas têm poucos propósitos na vida. Eles mostraram certo medo de se tornarem chatos e sozinhos, ou então de ser um fardo para suas famílias nessa idade.
Muitos franceses também vêem essa fase como um tempo de sonhos e aspirações. Apesar de não acreditar que poderá contar com o suporte governamental, a maioria não está fazendo quase nada no sentido de se planejar e se preparar financeiramente para a aposentadoria.
Importância para a saúde
No estudo, os franceses mostraram uma ênfase maior na saúde durante a terceira idade do que em muitos outros países. Os japoneses também mostraram esse tipo de preocupação, assim como os indianos. Em Hong Kong, os resultados não foram muito diferentes.
Já nos Estados Unidos, a pesquisa mostrou que a questão da saúde não é vista como prioritária. O trabalho é entendido como uma parte importante da aposentadoria, e os norte-americanos são os opositores mais contundentes de qualquer restrição legal que possa limitar a liberdade do trabalho enquanto quiserem.
A família é uma fonte menos importante de felicidade ou suporte na idade avançada, na visão dos norte-americanos, diferente da maioria dos demais países.
Terceira idade como sinônimo de independência
Por sua vez, os britânicos consideram esses anos como um tempo para a auto-suficiência e independência. Os últimos anos da vida representam uma oportunidade para novos níveis de flexibilidade e liberdade para fazerem o que quiserem.
Eles se consideram os responsáveis por suas aposentadorias e se preparam bastante financeiramente. São fortes oponentes da aposentadoria obrigatória. Com relação ao trabalho, os britânicos planejam continuar, porém em meio período.
China: várias opiniões
Com a rápida modernização e urbanização da China, as opiniões a respeito da terceira idade divergem muito através das gerações. Enquanto os chineses mais velhos pensam que essa é a época para descansar, relaxar e não trabalhar, os mais jovens estão mais propensos a pensar que se trata de uma oportunidade para um novo capítulo em suas vidas e uma chance para uma nova carreira.
Para eles, a idade avançada chega cedo, aos 50 anos. Os chineses são ávidos leitores sobre planejamento da aposentadoria, mas poucos consultam profissionais para se prepararem.
E nós brasileiros?
O estudo do HSBC sugere que os brasileiros vêem esse período como um tempo para relaxar e gastar tempo com família, parentes e amigos, e para muitos para a dedicação religiosa. Nós normalmente entendemos que a juventude é a nossa melhor fase.
Poucos são preocupados com a preparação financeira para a aposentadoria, apesar de muitos estarem certos de que o governo não irá atender às suas necessidades, oferecendo benefícios abaixo do que deveria. As conclusões também mostram que os brasileiros esperam que os filhos e familiares forneçam um cuidado e suporte extra nessa época de suas vidas. Apesar de quererem trabalhar, a maioria procura combinar isso com lazer. Por fim, poucos pensam essa idade como um momento para conhecer coisas novas e se expor a desafios.
III – ITEM
Pensando em casar com alguém mais jovem? Atenção ao seu plano de previdência!
InfoMoney
SÃO PAULO - Não bastasse o envelhecimento da população, que pode ser constatado pelo aumento da expectativa de vida média das pessoas, outro problema dessa natureza tem merecido atenção por parte das empresas de previdência privada devido ao seu impacto nas reservas técnicas: o segundo casamento!
Cada vez mais comuns, os casamentos entre cônjuges com grande diferença de idade apresentam um desafio para as empresas do setor, já que implica na troca dos dependentes do plano por pessoas que viverão em média mais tempo, e com isso usufruirão mais dos benefícios da previdência. Mas, por que o ajuste?
Contribuição ou benefício?
Quando uma pessoa vai aderir a um desses planos, é feita uma análise para verificar quanto ela receberá pagando determinada quantia durante um certo período de tempo, também conhecido como "fase de acumulação", ou então, quando ela deverá investir para garantir um determinado benefício mensal ao se aposentar.
No primeiro caso o plano é chamado de Contribuição Definida (CD), pois é o valor da contribuição que é determinado, já no segundo os planos são conhecidos como Benefício Definido (BD), pois o que se determina é o valor que poderá ser resgatado. Em ambos os casos, mas em especial no plano BD, existe problema quando há um novo casamento com pessoas mais jovens.
Situação muda, e exige revisão
Um dos problemas no cálculo da mensalidade do plano é que ele incorpora a idade e a expectativa de vida dos usuários naquele instante de contratação. Por isso, para que as estimativas funcionem, não poderiam ser feitas alterações no grupo dos usuários do plano. Porém, quando há uma separação e um novo casamento, isso ocorre, e se fazem necessários ajustes.
Um casal da faixa etária de 60 anos irá usufruir por menos tempo dos benefícios do plano do que duas pessoas com idades de 60 e 30 anos, por exemplo. Vale citar que esse tipo de casamento tem se tornado cada vez mais freqüente. Há duas soluções simples que podem ser utilizadas, mas que precisam ser acertadas antes da contratação do plano de previdência.
Refazendo as contas
Em geral o participante pode optar entre pagar uma quantia adicional para compensar a diferença de ter um beneficiário mais jovem, ou aceitar uma redução do benefício equivalente aos anos a mais que serão pagos pelo plano de previdência. Enfim, o usuário e a instituição podem resolver qual medida tomar. Qualquer que seja o ajuste ele deve ser feito de forma a preservar os direitos do participante.
Para se ter uma idéia da magnitude do problema, a consultoria especializada em cálculos previdenciários, Mercer Human Resources Consulting, estimou que a troca de um cônjuge por outro que tenha 20 anos a menos pode exigir um aumento de 10% na reserva acumulada.
Portanto, se você está pensando e casar de novo e mudar seus beneficiários vale a pena checar com o seu corretor, ou gerente, qual será o impacto dessa decisão no seu planejamento de longo prazo.
IV – ITEM
Como investir seu dinheiro depois de ter se aposentado?
InfoMoney
SÃO PAULO - Após anos de trabalho, você finalmente se aposentou. Com muito esforço conseguiu juntar o patrimônio que planejou, mas teme que, se não investir corretamente, este dinheiro não será suficiente para garantir o seu futuro.
Sua preocupação é mais do que justificada! Afinal, os ganhos com a aplicação deste patrimônio provavelmente responde por uma parcela significativa da sua renda após a aposentadoria. Talvez você não saiba, mas a forma como aplica o seu patrimônio determina 90% do retorno que poderá obter, enquanto o momento do investimento responde por apenas 10% do retorno! Portanto, é preciso cuidado na hora de decidir onde investir.
Manter poder aquisitivo é prioridade
De um momento ao outro você sai da fase de acumulação, ou seja, de poupança para a aposentadoria, para a etapa de resgate, na qual precisa do dinheiro que acumulou para garantir o seu sustento. Em outras palavras, você precisa ser capaz de manter o seu poder aquisitivo após a aposentadoria.
Se você gosta de correr riscos, lembre-se que você depende da renda das aplicações para viver, e não conta com tanto tempo para esperar a recuperação de possíveis perdas. Reveja periodicamente a sua situação patrimonial, se necessário diminua a taxa de resgate mensal.
Preservar, sem esquecer da inflação
Sua prioridade agora é a preservação do patrimônio que juntou. Mas, em seu planejamento, você não pode se esquecer da inflação. Optar por uma estratégia excessivamente conservadora pode não garantir um retorno superior à inflação, o que compromete o seu patrimônio com o passar do tempo.
Portanto, mantenha entre 5-15% do seu patrimônio em aplicações com um perfil um pouco mais arriscado, que permitam um retorno médio dos investimentos maior. A parcela exata depende do quanto tiver acumulado, e das fontes alternativas de renda com as quais puder contar ao se aposentar.
Ações com perfil de renda fixa
Para quem optar por investir parte do patrimônio de forma mais arriscada é preciso saber escolher bem suas aplicações. Uma opção mais conservadora do que investir em ações, é optar pelos fundos multimercados, que direcionam apenas parte dos recursos para esse mercado. Você também pode optar pelos fundos de capital garantido, nos quais você abre mão de parte do ganho com ações, para garantir que não incorrerá em perdas.
Se você preferir investir direto em ações opte pelas empresas cuja política de dividendos é agressiva. Na prática, estas empresas tendem a pagar uma percentagem fixa dos seus lucros em dividendos aos acionistas e, portanto, assemelham-se às aplicações em renda fixa.
Para identificar empresas de política agressiva de dividendos, basta checar alguns indicadores como o dividend pay-out ou o dividend yield da ação. Na seção de análise do site da InfoMoney você pode selecionar as empresas de melhor dividend yield da Bovespa.
Na renda fixa, muita opção
Não há dúvida que, nesta fase da vida, a maior parcela do seu patrimônio (entre 85% e 95%) deve ser direcionada para aplicações de renda fixa. Apesar da queda dos juros, o retorno ainda é elevado, e mais do que suficiente para cobrir as perdas com a inflação.
Porém, no longo prazo isso deve mudar, daí o porquê de se destinar, como sugerido acima, até 15% do seu patrimônio para aplicações mais arriscadas. Existem várias opções na renda fixa, como detalhamos abaixo:
 Fundos DI: tratam-se de fundos que aplicam preferencialmente em títulos pós-fixados, cuja rentabilidade está atrelada ao desempenho do CDI. Exatamente por isto, beneficiam-se de cenários incertos como o atual em que, com a inflação em alta, é possível que os juros se mantenham elevados, chegando inclusive a subir.

 Fundos de renda fixa:ao contrário dos fundos referenciados, cuja rentabilidade é pós-fixada, estes têm uma rentabilidade pré-fixada, e são boas alternativas de investimento, se você está apostando em uma queda nas taxas de juros. O risco destes fundos depende de como está alocada sua carteira de investimentos, entre títulos públicos (federais ou estaduais), títulos privados e derivativos. Vale lembrar que o uso de derivativos não necessariamente significa um maior perfil de risco, pois em alguns casos os derivativos somente são usados para hedge, isto é, como forma de diversificação de risco.

 Certificado de Depósito Bancário - CDBs: caso você prefira, pode comprar títulos de renda fixa diretamente no mercado, e não indiretamente através de fundos de investimentos. Entretanto, é preciso que você se sinta confortável quanto ao risco destes títulos, já que, ao contrário das aplicações em fundos, você é responsável pela diversificação dos riscos da sua carteira.
Os títulos mais comuns disponíveis no mercado são os CDBs de bancos, que podem ser pré ou pós-fixados, e de prazos variáveis entre 30 e 360 dias. Dentre eles os CDB-DI, que garantem liquidez diária, são os preferidos. O surgimento da conta de investimento também diminuiu a desvantagem destas aplicações em termos de incidência da CPMF e, como se trata de investimento direto, não é cobrada taxa de administração.

 Investimentos imobiliários: existem duas alternativas de investimento em imóveis: através da compra direta ou através dos fundos imobiliários. Em ambos os casos, a rentabilidade da aplicação varia entre 0,8% e 1,2% ao mês, que equivale ao rendimento com aluguel. Mas, não se pode esquecer a possibilidade de ganho com a valorização do imóvel.
Assim como no investimento em imóveis, este tipo de aplicação sofre com a baixa liquidez, pois mesmo a venda de cotas de fundos é difícil, já que não existe um mercado organizado. Exatamente por isto, recomenda-se que você invista em imóveis somente a parcela do seu patrimônio da qual não vai precisar no curto prazo.

 Letras hipotecárias: você também pode optar pela aplicação em letras hipotecárias, mas neste caso os valores investidos são mais altos e o prazo de investimento mínimo, em geral, de pelo menos 180 dias. A rentabilidade deste tipo de aplicação está vinculada ao valor nominal do financiamento imobiliário, ajustado pela inflação ou variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
A grande vantagem deste tipo de aplicação reside no seu tratamento fiscal, pois, ao contrário das aplicações em fundos de investimento, você só é tributado sobre a parcela que exceder o retorno acordado em contrato. O prazo mínimo de aplicação é de 180 dias e o prazo máximo, apesar de não ser estipulado em geral, não ultrapassa 24 meses.
Entretanto, a alocação perfeita para o seu patrimônio depois que você se aposentar depende em última instância da sua situação financeira, padrão de vida e perfil de investimento. Ninguém mais do que você para saber o que é melhor para o seu dinheiro.


X – BLOCO

Aposentadoria: o que as pessoas esperam dela?
InfoMoney
SÃO PAULO - Em 2050 o mundo contará com mais pessoas acima de 60 anos do que jovens abaixo dos 15 anos. Ao contrário do que muitos acreditam, não se trata de um fenômeno passageiro acarretado pela chegada à maturidade da geração nascida após a 2ª Guerra Mundial, os baby boomers.
O envelhecimento mundial, como constata o estudo do HSBC o "Futuro da Aposentadoria", divulgado na última quarta-feira (26), é reflexo de mudanças na atitude e comportamento das pessoas e da sociedade e está reestruturando as sociedades do mundo.
Mas o que a população acha do envelhecimento? Como elas encaram a aposentadoria? Segundo o estudo do HSBC, a maioria tem uma visão positiva desta fase da vida e anseia por aproveitá-la ao máximo.
Quando vale a pena esperar para se aposentar?
Ainda que rejeitem a idéia de aposentadoria compulsória, tanto indivíduos quanto empregadores defendem que a aposentadoria não deve ser muito tardia, para que a pessoa tenha forças para aproveitar integralmente esta fase da vida. Para um quarto dos entrevistados, a principal razão que justificaria uma aposentadoria tardia seria a necessidade financeira.
Percentual ligeiramente menor de entrevistados, 22% e 21%, respectivamente, acredita que "ter algo para fazer" e "manter-se fisicamente ativo" também são razões que justificam a aposentadoria tardia.
No Brasil, percentual semelhante (23%) defende a aposentadoria tardia por necessidade financeira. Mas, uma parcela maior (32%), atribui esta decisão à necessidade de "se manter fisicamente ativo". Apenas 17% alegam ser importante "ter algo para fazer".
Aposentadoria significa liberdade
Dois terços dos entrevistados associam esta época da vida ao conceito de liberdade, felicidade e satisfação. Apenas um quarto dos entrevistados vê a aposentadoria de forma negativa, associando-a a sentimentos de tédio, solidão e medo.
Entre os brasileiros, a percepção é semelhante, sendo que uma parcela ligeiramente maior associa a aposentadoria à liberdade (69%), e uma menor à felicidade (62%). Quanto aos sentimentos negativos, 26% dos brasileiros associam esta fase ao medo, 25% ao tédio e 23% à solidão, confirmando que cerca de um quarto da população tem uma visão negativa da aposentadoria.
O que irá garantir a felicidade?
Dentre as prioridades, os aposentados apresentam a família, os amigos e a aptidão física. Esses fatores são considerados mais importantes do que a situação financeira.
No Brasil, a família e os amigos vêm em primeiro lugar, apontados por 77% dos entrevistados como fator principal de felicidade, em seguida vem a saúde (59%). Religiosos, mais da metade dos brasileiros (53%) acreditam que a fé será fonte de tranqüilidade nesta fase da vida.
Bem atrás na lista de prioridades, e confirmando o ditado de que dinheiro não traz felicidade, apenas um terço dos entrevistados apontam a falta de preocupação com dinheiro como a principal razão do porque a aposentadoria será uma fase boa de suas vidas. Cerca de 30% dos brasileiros acreditam que "evitar estresse" e "ter um trabalho que lhes dê prazer" são fatores que irão contribuir para a sua felicidade na aposentadoria.
Descanso ou novo começo?
A maior parte dos entrevistados não acredita que a aposentadoria será uma repetição da sua vida anterior a ela, ou o "começo do fim".
A percepção, contudo, é ligeiramente distinta entre os entrevistados das economias mais desenvolvidas e aqueles das economias em transição. O primeiro grupo acredita que a aposentadoria será um novo capítulo de suas vidas, enquanto para o segundo será uma época de descanso e relaxamento.
Mas, o que significa um novo capítulo da vida? Para três quartos dos entrevistados, significa passar mais tempo com a família e amigos, enquanto que dois terços acreditam que seja viajar. Metade dos entrevistados planeja fazer atividades voluntárias ou adotar novos hobbies.
Em linha com o pensamento dos países em transição, 52% dos brasileiros afirmam que a aposentadoria será uma fase de descanso e relaxamento. Para a maior parte dos brasileiros, isso se traduz em viagens (83%) ou mais tempo com a família e amigos (78%).
Estudo e trabalho na terceira idade
Apesar de apenas 17% dos brasileiros apostarem que a aposentadoria representa a oportunidade de iniciar um novo capítulo na sua vida, dois terços dos brasileiros planejam adotar um novo hobbie e 72% querem fazer trabalho voluntário.
Talvez por necessidade de complementar seus rendimentos na aposentadoria, ou por procurarem novos desafios, 63% dos brasileiros entrevistados querem se envolver em novos tipos de trabalho e 67% pretendem continuar estudando.
Mesmo que a maioria não atribua a felicidade na aposentadoria ao dinheiro, 80% dos brasileiros afirmam que esperam desfrutar suas economias nesta época da vida. Somente dez por cento dos brasileiros entrevistados têm uma visão extremamente negativa da aposentadoria e acreditam que ela seja o início do fim.
I – ITEM
Risco de pobreza na velhice é maior entre as mulheres
InfoMoney
SÃO PAULO - A constatação faz parte de estudo recente do Banco Mundial, "Apoio a Renda dos Idosos no Século XXI: uma perspectiva internacional", divulgado em 2005, no qual a instituição abordou a questão da pobreza na velhice, assim como defendeu a realização de novas reformas nos vários sistemas previdenciários mundiais, que levem em conta a nova realidade social.
Ainda que a afirmação seja perturbadora para a maioria das mulheres, ela deve ser analisada cuidadosamente e levada em consideração no planejamento da sua aposentadoria. Nunca é demais lembrar que se trata do sistema de Previdência Social, de forma que, para quem pode, é sempre possível complementar os benefícios através do acúmulo de um patrimônio que lhe gere uma renda complementar ao se aposentar.
Renda menor prejudica acúmulo de poupança
Em seu estudo, o Banco Mundial ressalta o fato de que, apesar do forte aumento da mão-de-obra feminina, a maior parte dos sistemas previdenciários do mundo, inclusive o brasileiro, não leva isso em consideração. Mas, no que as mulheres diferem dos homens, que exige um tratamento distinto em termos de Previdência Social?
Em primeiro lugar, é preciso considerar que as mulheres, mesmo ocupando posições semelhantes, ainda têm uma remuneração menor do que a dos seus colegas do sexo masculino. Na prática, isso significa que irão receber um benefício menor ao se aposentar. Este é o caso, por exemplo, do sistema brasileiro, no qual a contribuição à Previdência Social varia conforme a renda.
Segundo a última PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), referente ao ano de 2004, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em agosto de 2005, enquanto 19,8% dos homens com mais de 10 anos ganham até um salário mínimo, entre as mulheres este percentual é maior: de 26,1%.
Porém, ainda que uma parcela semelhante de homens e mulheres ganhe até um salário mínimo, o mesmo não se pode afirmar quando se analisa a parcela da população que ganha mais de 10 salários. Aqui a diferença entre homens e mulheres é enorme: 10,6% dos homens têm este tipo de rendimento, frente a 4,8% das mulheres!
Saída temporária do mercado de trabalho
Não bastasse isso, os sistemas em geral calculam o benefício com base em um período mínimo de contribuição, o que é determinado em função da premissa de que os trabalhadores contribuem de forma contínua e crescente ao longo da vida. Porém, isso nem sempre é verdade, sobretudo entre as mulheres.
E aqui é preciso considerar não só o desemprego, que vem crescendo no mundo todo, mas, sobretudo, o aumento da informalidade, que faz com que, mesmo empregado, o trabalhador continue à margem do sistema previdenciário. Para se ter uma idéia, ao analisarmos o grau de ocupação dos trabalhadores brasileiros, o que se constata é que enquanto 56% dos brasileiros com mais de 10 anos estão ocupados, entre as mulheres o grau de ocupação cai para 38%.
Aqui vale lembrar que, no caso das mulheres, particularmente as de menor capacitação profissional e consequentemente remuneração, muitas optam por se afastar do mercado de trabalho para a criação dos filhos. Afinal, como a remuneração recebida não cobre os custos que terão para contratar alguém para cuidar dos filhos, acabam se rendendo à realidade econômica e abandonando o mercado de trabalho por alguns anos.
Ao retornar, após alguns anos fora do mercado, não só elas enfrentam dificuldade de recolocação, como muitas vezes acabam ganhando ainda menos ou permanecem na informalidade. O resultado de anos sem contribuição é que muitas enfrentam dificuldades para requerer a aposentadoria oficial, mesmo após terem atingido a idade para se aposentar.
Sustentando as famílias
Para aqueles que alegam que estas mulheres devem sobreviver aos seus maridos e, portanto, poderão gozar do benefício de pensão, além do de aposentadoria, o que complementaria a sua renda na velhice, o estudo do Banco Mundial lembra que os índices de divórcio estão aumentando.
Segundo o Banco Mundial, na maioria dos países que compõem a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) os divórcios são tão freqüentes que mesmo a sobrevivência de metade dos casamentos parece pouco provável. Aliando este dado ao fato de que as mulheres vivem mais, o que o estudo prevê, na prática, é que elas deverão chefiar sozinhas as famílias, e que estão em maior risco de pobreza na velhice.
No Brasil, por exemplo, a expectativa média de vida das mulheres é de 75,2 anos, sete anos e meio a mais do que os homens, cuja expectativa é de 67,9 anos. Ainda que estes dados se refiram à expectativa ao nascer, e que devam baixar com o passar do tempo, o que se verifica é que, mesmo entre a população que já alcançou os 30 anos, as mulheres vivem em média pelo menos seis anos a mais.
Esta situação é particularmente preocupante nos países em desenvolvimento, não só porque os diferenciais salariais tendem a ser maiores, mas, sobretudo, porque nestes países as mudanças no mercado de trabalho e o envelhecimento da população vêm acontecendo antes do enriquecimento, ao contrário do que ocorreu nos países desenvolvidos.
O estudo recomenda, portanto, que os regimes de previdência sejam adaptados para levar a realidade das mulheres em consideração e para evitar que isso aconteça. Entre a parcela da população feminina que tem como controlar o seu futuro, pois trabalha e consegue poupar, mais do que aguardar reformas que podem nunca vir, o recomendável é planejar desde já a sua aposentadoria.
II – ITEM
Na hora de investir, mulheres precisam planejar mais!
InfoMoney
SÃO PAULO - Infelizmente para nós, mulheres, o planejamento financeiro é uma necessidade ainda maior que para os homens. Em um primeiro momento, a afirmação pode até parecer absurda, mas quando analisamos os dados referentes à renda, expectativa de vida, e até mesmo os hábitos de consumo das mulheres, fica mais fácil entender o porque.
Mesmo estudando mais, as mulheres ainda ganham menos que homens em postos profissionais semelhantes. Esta constatação é comprovada pela análise dos dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), referente ao ano de 2004, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano passado.
Apesar de instrução, ganham menos
Em 2004, as mulheres respondiam por 51,3% da população. Deste total, cerca de 26% havia estudado por mais de 10 anos, percentual que cai para 22% entre os homens. Mais ainda: aproximadamente 4,9% das mulheres afirmam ter estudado por 15 anos, o que equivale a concluir a universidade. Para os homens, esta parcela é ligeiramente menor de 4,1%.
Apesar disso, as diferenças persistem em termos de remuneração. Tanto que a mesma PNAD constata que, entre os homens economicamente ativos com mais de 15 anos de estudo, cerca de 14% ganham mais de 20 salários mínimos. Entre as mulheres em situação semelhante, contudo, apenas 3,7% têm este tipo de rendimento.
Vivem mais, portanto precisam acumular mais
Se poupar é mais difícil quando se ganha menos, planejar uma reserva financeira que atenda às suas necessidades após se aposentar é ainda mais difícil caso a sua expectativa de vida seja maior.
Isso acontece porque as reservas que acumula antes de se aposentar precisam durar por mais tempo, para garantir o seu sustento, certo? É exatamente esta situação que enfrenta a mulher moderna. Segundo o último estudo sobre Expectativa de Vida da população brasileira, divulgado no ano passado pelo IBGE, expectativa de vida média do brasileiro ao nascer é de 71,7 anos.
Porém, esta média reflete uma expectativa de apenas 67,9 anos para os homens ao nascer e de 75,5 anos para as mulheres, uma diferença de sete anos e meio. Ainda que esta discrepância diminua com o passar dos anos, é inegável a necessidade que as mulheres têm de se planejar financeiramente. Aos 30 anos, a expectativa de vida de uma mulher é de 78,5 anos, cerca de seis anos a mais que um homem na mesma idade, cuja expectativa é de 72,7 anos.
Investindo em informação e educação financeira
Além de discriminatória, esta diferença tem um impacto significativo no orçamento das mulheres, pois além de ser mais difícil poupar, já que ganham menos, precisam fazê-lo por mais tempo, pois vivem mais.
Ainda que as mulheres tenham ganhado muito espaço no mercado de trabalho, e sejam, na maioria dos casos, responsáveis pela gestão do orçamento de suas famílias, na hora de investir ainda se expõem menos. E é isso que precisa mudar: precisamos adotar uma postura mais ativa na gestão dos nossos investimentos, o que só é possível através da informação e educação financeira. Por que deixar para o seu namorado, companheiro, pai ou irmão decidir onde investir o dinheiro que você ganhou?
A menos que tenham um objetivo financeiro em comum, e mesmo assim você deve participar da decisão, a escolha do melhor investimento depende dos seus objetivos e perfil enquanto investidora. E isso nem sempre coincide com o perfil das pessoas mencionadas acima.

A medida em que você se sentir mais confortável com as alternativas de investimento existentes no mercado, a relação entre risco e retorno de cada uma delas, você vai notar que está tão preparada quanto qualquer um para decidir onde investir seu dinheiro. Mas, não se esqueça do que discutimos acima: nós vivemos mais e em média ganhamos menos, o que significa que juntar uma reserva financeira é mais difícil, pois exige uma dose maior de planejamento.
III – ITEM
Síndrome do Marido Aposentado afeta maioria das mulheres
InfoMoney
SÃO PAULO - Seu marido se aposentou há poucos meses e você, ao invés de se sentir feliz e contente com o fato de poderem ter mais tempo juntos, está cada vez mais nervosa e ansiosa? Em primeiro lugar não se desespere! Porém, fique atenta, pois é possível que você esteja sofrendo de um distúrbio bastante curioso: a Síndrome do Marido Aposentado!
Conhecido como RHS, que é a sigla em inglês para Retired Husband Syndrome, o distúrbio foi designado pelo Dr. Nobuo Kurokawa, um dos maiores especialistas em RHS, que o usou pela primeira vez em uma apresentação na Sociedade Japonesa de Medicina Psicossomática, em 1991.
Desde então o termo passou a ser utilizado em livros e jornais especializados. Para quem não conhece, a doença é resultado do estresse vivido por essas mulheres quando seus esposos passam a ficar em casa por muito mais tempo do que quando trabalhavam.
Mulheres à beira de um ataque de nervos?
Não é a toa que o distúrbio foi diagnosticado pela primeira vez no Japão, país onde a tradição, sobretudo, entre os mais idosos, ainda tem um peso bastante forte na vida das pessoas. Apesar de, entre os mais jovens, o papel da mulher estar se ampliando na sociedade japonesa, na medida em que ganha espaço no mercado de trabalho, a tradição da esposa como uma espécie de "empregada" para o marido ainda é muito forte, principalmente entre os idosos.
As pacientes são senhoras que passaram suas vidas de casadas dedicando-se a afazeres domésticos, criação dos filhos e obedecendo aos respectivos maridos, como lhes era exigido. Com a aposentaria dos maridos, suas obrigações se multiplicam e a cobrança também, o que gera um nível bastante alto de estresse.
Kurokawa estima que cerca de 60% das mulheres casadas cujos maridos estão aposentados sofram de algum grau de RHS, desenvolvendo úlceras estomacais, irritações na pele em volta dos olhos, assim como sofrendo dificuldade para falar, assim como outros distúrbios psicossomáticos.
RHS deverá atingir proporções assustadoras
Em um País que tem o maior percentual do mundo de população idosa, com um quinto da população com idade igual ou superior a 65 anos, e uma expectativa de vida recorde, a questão está se tornando preocupante.
Além do já alto número de mulheres afetadas pela RHS, a expectativa é de que haja uma explosão do distúrbio diante do descomunal número de homens que devem se aposentar nos próximos anos, quando devem começar a se aposentar os primeiros babyboomers.
Segundo uma pesquisa, enquanto 85% dos homens que estão próximos da aposentadoria se mostram muito felizes com a idéia de descansar, 40% de suas esposas se declaram deprimidas com a perspectiva.
Quanto a recomendações dos médicos para tratar o problema, o Dr. Kurokawa costuma dar apenas um conselho para as senhoras que lhe procuram: fazer terapia e passar o maior tempo possível longe do marido!
IV – ITEM
Síndrome do Marido Aposentado afeta maioria das mulheres
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SÃO PAULO - Seu marido se aposentou há poucos meses e você, ao invés de se sentir feliz e contente com o fato de poderem ter mais tempo juntos, está cada vez mais nervosa e ansiosa? Em primeiro lugar não se desespere! Porém, fique atenta, pois é possível que você esteja sofrendo de um distúrbio bastante curioso: a Síndrome do Marido Aposentado!
Conhecido como RHS, que é a sigla em inglês para Retired Husband Syndrome, o distúrbio foi designado pelo Dr. Nobuo Kurokawa, um dos maiores especialistas em RHS, que o usou pela primeira vez em uma apresentação na Sociedade Japonesa de Medicina Psicossomática, em 1991.
Desde então o termo passou a ser utilizado em livros e jornais especializados. Para quem não conhece, a doença é resultado do estresse vivido por essas mulheres quando seus esposos passam a ficar em casa por muito mais tempo do que quando trabalhavam.
Mulheres à beira de um ataque de nervos?
Não é a toa que o distúrbio foi diagnosticado pela primeira vez no Japão, país onde a tradição, sobretudo, entre os mais idosos, ainda tem um peso bastante forte na vida das pessoas. Apesar de, entre os mais jovens, o papel da mulher estar se ampliando na sociedade japonesa, na medida em que ganha espaço no mercado de trabalho, a tradição da esposa como uma espécie de "empregada" para o marido ainda é muito forte, principalmente entre os idosos.
As pacientes são senhoras que passaram suas vidas de casadas dedicando-se a afazeres domésticos, criação dos filhos e obedecendo aos respectivos maridos, como lhes era exigido. Com a aposentaria dos maridos, suas obrigações se multiplicam e a cobrança também, o que gera um nível bastante alto de estresse.
Kurokawa estima que cerca de 60% das mulheres casadas cujos maridos estão aposentados sofram de algum grau de RHS, desenvolvendo úlceras estomacais, irritações na pele em volta dos olhos, assim como sofrendo dificuldade para falar, assim como outros distúrbios psicossomáticos.
RHS deverá atingir proporções assustadoras
Em um País que tem o maior percentual do mundo de população idosa, com um quinto da população com idade igual ou superior a 65 anos, e uma expectativa de vida recorde, a questão está se tornando preocupante.
Além do já alto número de mulheres afetadas pela RHS, a expectativa é de que haja uma explosão do distúrbio diante do descomunal número de homens que devem se aposentar nos próximos anos, quando devem começar a se aposentar os primeiros babyboomers.
Segundo uma pesquisa, enquanto 85% dos homens que estão próximos da aposentadoria se mostram muito felizes com a idéia de descansar, 40% de suas esposas se declaram deprimidas com a perspectiva.
Quanto a recomendações dos médicos para tratar o problema, o Dr. Kurokawa costuma dar apenas um conselho para as senhoras que lhe procuram: fazer terapia e passar o maior tempo possível longe do marido!
IV – ITEM
Aposentadoria: estudo define as cinco fases emocionais desta época da vida
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SÃO PAULO - Não há como contestar que, muitas vezes, ao decidirmos sobre o que fazer com o dinheiro, somos influenciados pelo estado de espírito em que nos encontramos. Essa constatação tem levado à divulgação de estudos sobre o comportamento emocional das pessoas com relação ao dinheiro.
Não há como negar que a aposentadoria é uma fase da vida em que é preciso alcançar equilíbrio financeiro e emocional. Porém, se de um lado o planejamento financeiro desta fase da vida é, cada vez mais, levado a sério pelas pessoas, não se pode dizer o mesmo do planejamento emocional.
Estudo avaliou pessoas com 40 a 75 anos
Nos EUA, contudo, Ameriprise Financial, consultoria norte-americana especializada em estudos sobre aposentadoria, divulgou no início de 2006 um estudo inédito, que analisa os cinco estágios emocionais da aposentadoria. O estudo se baseou em pesquisa de mercado conduzida pela Harris Interactive, que envolveu cerca de duas mil entrevistas telefônicas com adultos entre 40 e 75 anos.
Quando perguntados sobre os melhores aspectos da aposentadoria, 44% dos entrevistados afirmaram ser a capacidade de controlar o próprio tempo; 23% acreditam que seja a possibilidade de relaxar; enquanto para 17%, esse seria o melhor momento para reinventar a vida. Preocupações com a saúde e perda de renda foram as duas reclamações mais comuns, sendo apontadas por 24% dos entrevistados. Em seguida ficou a perda de vínculos sociais de trabalho (22%).
Sobre as cinco fases
Porém, a constatação mais interessante do estudo, sem dúvida, foi a de que, do ponto de vista emocional, a aposentadoria deve ser vista como tendo cinco fases. Ainda que esse não tenha sido o objetivo do estudo, que avaliou apenas os aspectos emocionais, abaixo avaliamos cada uma dessas fases do ponto de vista das decisões financeiras que você deve tomar.
 Imaginação: 15 anos antes
Essa fase começa ao redor dos 45 anos, uma vez que a decisão de quando parar varia de pessoa para pessoa. Faltando ainda um bom tempo para a aposentadoria, nessa fase as pessoas tendem a manter uma atitude bastante positiva. O estudo constatou que, pouco menos de metade (44%) afirmou estar se preparando para a aposentadoria, sendo que a expectativa da maioria é de que a aposentadoria será uma época para aventuras (65%) e de assumir controle (53%).
Do ponto de vista financeiro, contudo, esse é um momento importante, em que é preciso planejar, definir o que pretende fazer durante a aposentadoria, pois só assim é possível ter uma idéia clara do quanto será preciso acumular antes de parar de trabalhar. Em geral, nessa fase as pessoas se encontram em um estágio mais avançado de suas carreiras, onde a renda é maior, o que exige um esforço maior de poupança, se você quiser ter uma aposentadoria tranqüila.

 Antecipação: 5 anos e contando
Com a maior proximidade da aposentadoria, apesar da maior ansiedade, a maioria dos entrevistados demonstrou estar otimista, tanto que 80% deles afirmaram que poderão finalmente alcançar seus sonhos.
Porém, com o passar do tempo, faltando menos de dois anos para a aposentadoria, as preocupações crescem e 22% já afirmam ter um sentimento de perda com a chegada dos anos de trabalho. No que refere à decisão de quando parar, os dois aspectos mais importantes são: a independência financeira (18%) e a chegada de um aniversário significativo como, por exemplo, completar 65 anos (16%).
O momento, do ponto de vista financeiro, é de revisão do seu planejamento, sobretudo nos casos em que, devido a erros de percurso, a pessoa ainda está longe de alcançar a meta financeira estimada na fase de imaginação. A menos que você, efetivamente, não possa se manter na ativa, não é recomendável que pare de trabalhar antes de ter acumulado o suficiente. Apesar de faltarem poucos anos, o peso em termos de poder aquisitivo durante a aposentadoria pode ser grande.

 Liberação: o primeiro ano
O primeiro ano após a aposentadoria é marcado por muita felicidade, alívio e entusiasmo: 78% dos aposentados afirmam estar aproveitando ao máximo essa época da vida. Porém, assim como acontece no casamento, passada a "lua de mel", que, neste caso, descreve o período até três anos após a aposentadoria, o sentimento de liberação é substituído pelo de preocupação.
Essa é uma época em que é preciso ter cuidado com os gastos, pois saques excessivos nos primeiros anos podem acabar comprometendo a sua qualidade de vida nos anos seguintes. Em geral, a recomendação é de que os saques não superem 5% do valor do patrimônio.

 Redirecionamento: 15 anos depois
Passado o período inicial, até 15 anos após a aposentadoria, o entusiasmo inicial é substituído por sentimentos de vazio (49%), preocupação (38%), aborrecimento (34%). Nessa etapa da aposentadoria o estudo constatou que a maior parte dos entrevistados, cerca de 40%, é composta por pessoas que se sentem preocupadas e lutam para sobreviver.
É nessa fase da aposentadoria que os erros de planejamento financeiro são mais sentidos, até porque, em alguns casos, coincidem com uma época de deterioração da saúde física e, conseqüentemente, aumento de gastos. Não é à toa, portanto, que nessa fase a maior preocupação seja de garantir a duração do patrimônio. Nos casos em que ficar evidente que isso não é possível, é preciso rever expectativas e planos.
E isso é bastante duro, sobretudo nesta fase da vida, quando é particularmente difícil identificar novas fontes de renda, de forma que qualquer melhoria orçamentária deve, necessariamente, passar pelo corte de gastos.

 Reconciliação: mais de 15 anos depois
Essa é uma época para reflexão e, em muitos casos, de contentamento e aceitação pessoal. Nessa fase da aposentadoria, as pessoas já se acostumaram ao novo ritmo de vida, e têm uma visão mais clara do que ainda podem esperar da vida.
Para 5% dos entrevistados, o momento é marcado por uma leve depressão: 22% afirmaram ficar tristes ao pensar que devem refletir sobre o final de suas vidas. Mais conformadas com o sentido que deram para as suas vidas, esses aposentados se preocupam, sobretudo, em deixar um legado pessoal. Em alguns casos, essa meta pode ser financeira, ou seja, existe intenção real de deixar uma herança para os filhos ou netos. É hora, portanto, de pensar na melhor forma de efetuar essa transferência patrimonial.


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XV – BLOCO

@@@@@MENSAGEM DE TEXTO
04/12/06 14:29 ( Fonte: Reuters)
Mundo terá 380 milhões de diabéticos em 2025, mostra estudo
Por Andrew Quinn
CIDADE DO CABO (Reuters) - A epidemia global de diabete vai afetar 7 por cento da população adulta do mundo em 2025, conforme os países em desenvolvimento adotarem os hábitos prejudiciais à saúde associados a um melhor nível de vida, disseram especialistas na segunda-feira.
O quadro pessimista da rápida disseminação mundial da doença -- que deve atingir 380 milhões de pessoas daqui a 20 anos -- é ilustrado pelo novo "Atlas da Diabete", lançado no Congresso Mundial de Diabete, na Cidade do Cabo.
"A enormidade da epidemia de repente ficou clara para todos", disse Martin Silink, futuro presidente da Federação Internacional de Diabete (IDF), numa entrevista coletiva.
Os especialistas afirmam que a diabete mata tanta gente quanto a Aids, e que será um dos principais desafios na área da saúde no século 21, especialmente nos países em desenvolvimento. Na América do Sul, as taxas de ocorrência do problema devem dobrar. Na África, elas devem subir 80 por cento.
A IDF estima que a diabete -- uma doença crônica que ocorre quando o corpo não consegue produzir ou não consegue utilizar a insulina, que é essencial para o processamento do açúcar -- já atinja 246 milhões de pessoas no mundo todo. Há duas décadas, esse número era de apenas 30 milhões.
Cerca de 3,8 milhões de mortes são atribuídas à diabete por ano, a maior parte por complicações como derrame e enfarte.
Todo ano, mais 7 milhões de pessoas são afetadas pela diabete, a maioria nos países em desenvolvimento, em que o progresso econômico está trazendo doenças ligadas ao estilo de vida, como a obesidade.
Para os especialistas, campanhas de conscientização para que as pessoas prestem atenção a suas dietas e façam mais exercício -- estratégia que não surtiu efeito nos países ricos -- ainda é o instrumento mais importante no combate à epidemia.
Os pesquisadores também vão conhecer os resultados mais recentes de ensaios com drogas que visam a conter ou prevenir a doença.
O Atlas da Diabete mostrou que a diabete tipo 2, que surge quando o indivíduo já é adulto, está se disseminando mais rápido nos países do leste do Mediterrâneo e no Oriente Médio.
Os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita, por exemplo, têm taxas de prevalência de diabete de entre 16 e 20 por cento de suas populações adultas.
O pequeno país de Nauru, no Pacífico Sul, tem a maior prevalência de diabete do mundo, com mais de 30 por cento, enquanto Índia e China possuem os maiores números absolutos de diabéticos, com mais de 40 milhões cada, segundo o Atlas.
Jonathan Shaw, do IDF em Melbourne, na Austrália, disse que as projeções para o futuro mostram que a diabete vai se espalhar mais rápido nos países em desenvolvimento. "Não se trata apenas de uma questão de saúde, de bem-estar social; é uma questão econômica", disse ele, acrescentando que os países mais gravemente afetados não terão condições de suportar os custos associados à assistência a diabéticos.
O Atlas também mostra o impacto do estilo de vida urbanizado sobre o crescimento da diabete, comparando pessoas de origem étnica semelhante que vivem em ambientes econômicos diferentes.
Os árabes da Tunísia, que é rural, por exemplo, têm uma prevalência de menos de 10 por cento de diabete, enquanto
nos Emirados Árabes Unidos a prevalência é o dobro, disse Shaw.

@@@@@MENSAGEM DE TEXTO
Plano ou seguro de saúde: qual é o melhor para você?

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SÃO PAULO - Se tomarmos como base a última pesquisa de orçamento feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) pode se constatar que os gastos com saúde respondem por 5,35% do total de despesas das famílias brasileiras.
Para quem considerou o percentual baixo, vale lembrar que se trata de uma média nacional de toda a população, o que inclui, por exemplo, pessoas que utilizam a rede pública de atendimento e, portanto, gastam bem menos com saúde.
De qualquer forma, não se pode negar que os gastos com saúde pesam cada vez mais no bolso do brasileiro, de forma que a contratação de algum tipo de cobertura nesta área passou a ser o objetivo de boa parte da população, mesmo a mais carente. Mas, o consumidor ainda se sente perdido na hora de escolher o produto mais adequado à sua necessidade e bolso.

Plano ou seguro saúde?
Em primeiro lugar, é preciso entender qual a diferença entre um plano e um seguro de saúde. Se você quer ter liberdade de escolha de médicos e hospital, os seguros são mais indicados, pois com eles é possível consultar médicos e entidades que não sejam conveniadas, o que já não acontece nos planos de saúde.
Apesar de reembolsarem gastos médicos em todo o país, o valor reembolsado vai depender do tipo de seguro que você escolheu. Infelizmente, na maioria dos casos o custo das consultas aumentou mais do que o valor de reembolso. Apesar do seguro ser mais flexível no que refere à escolha do médico de sua preferência, é mais econômico optar por médicos conveniados, pois o reembolso é total.
Ao contrário das administradoras de planos de saúde, que podem ser hospitais, cooperativas de médicos ou empresas de medicina de grupo, as seguradoras podem trabalhar com estes profissionais, mas não podem administrar diretamente hospitais ou clínicas médicas.

O que mudou com a Lei dos Planos de Saúde
A Lei dos Planos de Saúde, que ainda causa muita controvérsia, foi aprovada em 1998. Nela ficou estabelecido, por exemplo, que tanto as seguradoras quanto as administradoras de planos foram obrigadas a trabalhar com novos contratos, passando a oferecer basicamente dois tipos de planos.
 Planos de referência: oferecem uma cobertura mais completa (consultas, exames, hospitalar e obstetrícia) para todas as doenças listadas pela Organização Mundial de Saúde;

 Planos segmentados: ao contrário dos planos de referência que são mais completos, estes planos não são tão completos e tendem a se especializar em alguns segmentos. Existem quatro tipos de planos segmentados: ambulatorial, hospitalar, hospitalar com obstetrícia e odontológico.
A Lei também regulamentou o aumento por faixa etária, que passou a ser permitido apenas aos 18, 30, 40, 50 e 60 anos, sendo que reajustes para segurados com mais de 60 anos só são possíveis com autorização da ANS e em casos especiais. A Lei também prevê que a diferença entre a primeira e a última faixa não pode ser de mais de seis vezes. Além disso, o contrato deve estabelecer os percentuais de reajuste para cada uma das faixas, permitindo que o consumidor planeje seus gastos.

Escolhendo o seu plano de saúde
As mensalidades dos planos de saúde dependem não só do seu perfil de risco, como também das coberturas a que você quer ter direito. Desta forma, a primeira coisa a fazer é determinar quais coberturas são absolutamente necessárias. Você está pensando em ter filhos? Você quer cobertura hospitalar?
Para aqueles que querem cobertura máxima, os planos de referência certamente são a melhor opção, mas como era de se esperar isto tem seu preço e estes tendem a ser os planos mais caros. Portanto, se você não tem como arcar com estes custos, o melhor é identificar suas necessidades e combinar alguns planos segmentados, permitindo uma garantia mais ampla sem custos exagerados.

Por exemplo, para um jovem solteiro a melhor opção pode ser a combinação de um plano ambulatorial com um hospitalar. Enquanto para mulheres em idade fértil o melhor pode ser a combinação do plano obstétrico com o ambulatorial.
O plano ambulatorial pode ser a melhor opção para quem não quer gastar muito, mas como não inclui opção de internação hospitalar o barato pode acabar saindo caro se você precisar ser internado, já que os maiores custos são exatamente os de internação. Em geral, as pessoas com crianças pequenas preferem este tipo de plano, pois a maioria dos gastos com saúde tende a ser consultas de controle preventivo, como consultas ao pediatra.